Nasceu uma nova onda de solidariedade, a Associação Surf Social Wave, organização sem fins lucrativos que atua na área do surf e que através da prática deste desporto e de todos os ensinamentos que o mesmo traz procura melhorar a vida de três segmentos da sociedade, crianças, jovens e adultos, em situação de exclusão social ou em risco de exclusão.
Texto: Redação Human
São dois os pressupostos da Surf Social Wave: o primeiro assenta no surf e no que a prática deste desporto pode acrescentar à vida das pessoas, enquanto elemento de aprendizagem para o dia-a-dia; o segundo é o impacto que o surf tem hoje em Portugal do ponto de vista económico, do número de participantes e do ecossistema de profissões que originou.
A associação irá trabalhar com três grupos distintos, procurando através de aulas de surf e do contacto com o oceano dar resposta às suas necessidades e alargando os seus horizontes e as suas soluções. Os grupos são: crianças entre os 10 e os 14 anos de idade, onde serão trabalhados essencialmente três aspetos, a resiliência, a autoestima e o sucesso escolar; jovens com faixas etárias entre os 15 e os 21 anos, sendo que no decorrer do ano letivo lhes serão apresentadas diferentes profissões relacionadas com o ecossistema do surf e onde no final do ano escolar terão a possibilidade de ter uma experiência profissional; adultos em situação de desemprego ou à procura do primeiro emprego, onde primeiramente lhes serão apresentadas as profissões ligadas à prática de surf, tendo um curso certificado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) com a duração de um ano, seguido de um estágio que abrirá horizontes e a possibilidade de empregabilidade dentro do universo do surf.
Os promotores do projeto Surf Social Wave afirmam que lutam para vencer muitas ondas na vida, ondas que quando superadas se tornam uma mais-valia para o crescimento pessoal. É este o principal fundamento do surf, assinalam, uma escola cheia de vida, de profissões, de gente solidária e disponível para ajudar o próximo.
De assinalar que no passado dia quatro um grupo formado por oito crianças, provenientes da Casa Pia de Lisboa, já teve a oportunidade de agarrar a primeira onda e viver o seu primeiro contacto com o surf.
O projeto conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, do IEFP, da Casa Pia de Lisboa e da Vieira de Almeida – Sociedade de Advogados.