Pedro Branco: estórias de executive search

Pedro Branco, chief executive officer (CEO) da Header™ | Top Executive Partners, acedeu a contar-nos algumas estórias e alguns segredos da atividade de executive search. Falámos sobre o início da sua carreira nesta área, da criação da Header™ e ainda de alguns casos reais que aconteceram no passado recente – garantindo, naturalmente, toda a confidencialidade dos processos, das empresas e das pessoas.

Texto: Wellow™ Group

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Boa tarde, Pedro! Muito obrigado pela sua disponibilidade para esta conversa. Em primeiro lugar, gostávamos que nos explicasse como veio parar a este mundo do executive search.

Boa tarde e muito obrigado pelo interesse! É uma estória longa, que tentarei encurtar. Formei-me em Turismo, em 1995, e trabalhei oito anos nessa área, naquilo que é agora a AICEP. Entretanto, mudei para a área das viagens onde trabalhei exclusivamente mais uns três anos. Em 2008, com a crise do subprime, a empresa onde trabalhava fez uma restruturação e acabei no Departamento de Recursos Humanos, onde aprendi tudo pela via empírica, tendo estado inclusivamente perto de um ano numa subsidiária em Espanha. Mais tarde fiz um mestrado académico e um mestrado executivo em Gestão de Recursos Humanos. Em 2014, numa ótica de desenvolvimento profissional e de carreira, arrisquei e ousei aceitar um convite para ser diretor executivo numa empresa de headhunting, onde estive três anos e meio. Estava havia cerca de um ano como diretor comercial e de projetos RH quando surgiu o convite do atual Wellow™ Group para vir criar e lançar uma empresa de executive search. E assim nasceu a Header™ | Top Executive Hunters. Com a criação das novas unidades de Learning e Talent Consulting, ajustámos o nome para Header™ | Top Executive Partners.

E como tem corrido o negócio? Porque apostaram em tantos serviços?

O negócio tem corrido muito bem, felizmente. Uma empresa com três meses conseguir suportar uma pandemia, vários confinamentos, entre outras adversidades, e conseguir sair mais forte dessa experiência, se não é resiliência, não sei o que é. [risos]. A aposta em serviços diversificados sempre esteve no horizonte. Serem logo quase todos no arranque, foi mais uma resposta aos tempos conturbados de 2020. Tivemos de diversificar, para sobreviver. Mas já era nossa intenção fazê-lo, pois temos uma equipa muito sénior e com valências muito diversificadas. Unicamente a atividade de executive search tornava-se muito limitativo nos termos da experiência do consultor. Ter a oportunidade de ir fazendo coisas diferentes faz com que o trabalho se torne mais leve. Por outro lado, para os nossos clientes, ter um provedor capaz de responder a qualquer desafio na área do talento também se revela bastante confortável. Portanto, e em jeito de conclusão, está a correr muito bem, mas também fizemos muito por isso.

Já têm clientes a experimentar diferentes serviços?

Sim, temos vários clientes a experimentar vários serviços. Temos um cliente do sector farmacêutico, que tem usado muito o executive search, com quem já fizemos assessments vários, executive coaching e formação. Noutro, uma multinacional da eletrónica de consumo, já fizemos vários processos de executive search, montámos também um plano de sucessão, com planos de desenvolvimento e de fidelização. No entanto, o recordista é um cliente nosso, do sector automóvel, que já experimentou o executive search e fizemos um programa de transformação que passou por employer branding, processos de recrutamento e seleção, onboarding e formação. Para nós, acaba por ser uma lufada de ar fresco irmos fazendo coisas diferentes. Não obstante, o executive search e a formação acabam por ter o maior peso na nossa faturação.

«Atuamos em todas as fases do ciclo de vida do colaborador, bem como em todas as temáticas ligadas à liderança para consecução dos melhores resultados organizacionais. Tudo o que tenha que ver com pessoas, nós resolvemos.»

Em termos de estórias de sucesso, existe alguma que possa partilhar connosco?

Não podemos partilhar muito, por questões de confidencialidade. Mas vou tentar contar uma das mais recentes, não identificando os intervenientes, naturalmente. Recebemos um contacto de uma multinacional francesa, diretamente de França, a solicitar uma reunião para falarmos de um potencial processo de executive search. Tinham uma subsidiária em Portugal, do sector industrial (um segmento de nicho) com um country manager estrangeiro, que veio da casa mãe. Os resultados não estavam a aparecer e consideraram que era um problema de comunicação, que era uma questão eminentemente cultural. Solução: encontrar um country manager português, conhecedor daquele nicho de negócio e extremamente competente. Foi definido, com o cliente, o perfil técnico e comportamental, o pacote salarial, prémios e benefícios. Basicamente, um líder fortíssimo, carismático, extremamente competente e conhecedor do negócio; segundo o cliente, um Napoleão, com «mão de ferro», mas «luva de veludo». Claro que, enquanto português, disse-lhes que o que eles precisavam era de um D. Nuno Álvares Pereira. [risos] Entregámos uma shortlist com três candidatos muito alinhados com o projeto, totalmente dentro do perfil traçado. Adicionalmente, apresentámos um D. Nuno Álvares Pereira, com uma expectativa salarial de mais do dobro dos demais. Depois das entrevistas, muita negociação, ficaram com o Condestável. Objetivo: findar o primeiro ano com um determinado prejuízo, o segundo ano perto do breakeven point, o terceiro com lucro. Mas não foi isto que aconteceu. A tática do quadrado rendeu lucro logo no final do primeiro ano. O cliente assumiu que valeu muito a pena, pois o investimento feito no candidato foi logo amplamente recuperado (três vezes mais) nos primeiros 12 meses.

Estão muito consolidados, já, particularmente no executive search e na formação. Têm alguma área em que queiram apostar de seguida?

Estamos já com muitos projetos de talent consulting, muito diversificados. Temos feito muitos talent assessments, particularmente de promoções internas para cargos de direção. Já fizemos muitos planos de sucessão, normalmente «aditivados» com propostas de desenvolvimento e planos individuais de fidelização do talento. Fizemos projetos de employer branding, onboarding, fidelização, outplacement, entre vários outros. Posso dizer que atuamos em todas as fases do ciclo de vida do colaborador, bem como em todas as temáticas ligadas à liderança para consecução dos melhores resultados organizacionais (board services, coaching, mentoring, comunicação, neuroliderança, etc). Tudo o que tenha que ver com pessoas, nós resolvemos.

Uma última pergunta. Porque é que as empresas devem escolher a Header™ para resolverem os seus problemas, ou seja, qual é o vosso fator diferenciador?

Sem dúvida, a equipa. A nossa equipa é muito competente e muito experiente. Depois, é também muito focada na solução. Nós não entregamos só por entregar; nós fazemos a diferença em termos de resultados. Porque, se assim não for, não é bom para o cliente, e quando uma das partes não resolve o seu problema, essa parte não fez um bom negócio; consequentemente, não irá voltar a contratar. Ora, nós gostamos muito de fidelizar os nossos clientes. Esse tem sido o principal segredo do nosso sucesso: a satisfação – e consequente fidelização – dos nossos clientes.

Muito obrigado, Pedro! E continuação de muito sucesso para a Header™!

Muito obrigado! Um abraço e até breve!

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»» Pedro Branco é mestre em Gestão de Recursos Humanos e detentor de um Executive Master em Human Resources Management. Foi, nos últimos anos, diretor executivo e comercial de consultoras especializadas em headhunting, formação e consultoria de recursos humanos. É atualmente chief executive officer (CEO) da Header™ | Top Executive Partners, empresa que pensou e lançou no mercado português, especializada em executive search, talent consulting e learning, oferecendo serviços integrados de gestão do talento e de liderança. É coach, formador e docente de formação executiva e cocoordenador da pós-graduação Desenvolvimento Organizacional e Capacitação de Equipas e Pessoas na Universidade Católica Portuguesa.