Jovens portugueses são dos que mais valorizam a saúde emocional

Quando se trata da saúde, os jovens portugueses preocupam-se mais com a saúde emocional do que com a saúde física. Para mais de nove em cada 10 (94,4%) portugueses da Geração Z (19-25 anos) e pelos Millennials (26-36 anos), a saúde emocional é, de facto, aquela que mais importa, ainda que a física venha logo a seguir (com 92,5% das respostas), o que nos coloca, na Europa, juntamente com a Polónia, entre aqueles que mais lhe atribuem importância. Estes são apenas alguns dos dados de um inquérito realizado pela Merck em 12 países da Europa, que quis saber o que move os jovens em áreas como a saúde emocional e física, sustentabilidade, inovação e futuro.

Para as gerações mais jovens, o tema da equidade e justiça entre géneros é também muito importante e, a par dos jovens gregos (84%) e italianos (87%), os portugueses (84%) são os que mais valorizam a equidade de género na vida.

Questionados sobre os seus hábitos de autocuidados com a saúde, os jovens portugueses revelam algum descuido, sobretudo ao nível da realização de check-ups regulares, com apenas 30,6% a admitirem fazê-los regularmente, o que nos coloca no conjunto dos quatro países que menos têm este hábito. Em Espanha, o valor situa-se em 24,6%, no Reino Unido, 25,4% e nos Países Baixos, em  27,7%. O hábito de autocuidado que os portugueses mais cultivam é dormir e descansar (80,6%).

As redes sociais foram também alvo de avaliação pela Geração Z e pelos Millennials e o cenário traçado pelos jovens, tradicionalmente os mais adeptos destas formas de comunicação, não é o mais animador, com 54,2% dos inquiridos portugueses a considerarem que as redes sociais lhes causam ansiedade e stresse, 60,4% a afirmarem que lhes reduzem a atenção e 44,7% a partilharem o receio de, se não estiverem nas redes, perderem alguma coisa e sentirem-se, desta forma, excluídos (o chamado FOMO – «Fear Of Misssing Out»). No entanto, de forma positiva, quase 79% dos inquiridos olha para as redes sociais como uma inspiração para aprender novas competências e a experimentar coisas novas.

E em quem confiam os jovens como fonte de acesso à informação na área da saúde? Os portugueses (93%) e italianos (90%) são os europeus que mais confiam na informação prestada pelos profissionais de saúde, sendo a confiança em recursos que recorrem a Inteligência Artificial, como o ChatGPT, ainda muito baixa (20,5%).

Ao olhar para o futuro da investigação na área da saúde, os jovens portugueses da Geração Z e dos Millennials são, entre os europeus, os que mais gostariam que a investigação fosse vista pelos sistemas de saúde como um investimento e não como uma despesa, mostram ainda os dados do inquérito realizado pela Merck.

Pedro Moura (na foto), diretor geral da Merck Portugal, refere: «Sentimos a necessidade de perceber o que sentem estas gerações, uma vez que são os próximos médicos, doentes, colaboradores e parceiros. E porque tudo o que fazemos é pelo progresso da sociedade, nada melhor do que examinar, questionar e conhecer as suas preocupações, para os ajudar, pensando no futuro da melhor forma possível. A curiosidade e o espírito de descoberta são o que nos define.»

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O inquérito

O inquérito da Merck sobre a saúde emocional da Geração Z e dos Millennials «O que move os jovens europeus?» tem como tópicos a saúde emocional e física, a sustentabilidade, a inovação e o futuro e foi realizado junto da Geração Z (19-25 anos) e dos Millennials (26-36 anos) de 12 países europeus, incluindo Portugal.

Foram analisados Itália (com 623 respostas), Países Baixos (639 respostas)  Polónia (641 respostas), Portugal (643 respostas), Suíça (607 respostas), Reino Unido (598 respostas), Alemanha (627 respostas), Bélgica (622 respostas), Dinamarca (622 respostas), Espanha (504 respostas), França (630 respostas) e Grécia (639 respostas).

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