Inteligência Artificial

Dicas para usá-la em L&D

Num webinar organizado pelo Grupo Cegos, representado em Portugal pela CEGOC, e que teve a presença de mais de 1.000 pessoas, abordaram-se as oportunidades e os desafios da utilização da Inteligência Artificial (IA) na formação. A IA, como qualquer grande poder, não é isenta de riscos, mas é já uma realidade e o seu domínio uma vantagem competitiva para pessoas e organizações.

Texto: CEGOC

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O Grupo Cegos, representado em Portugal pela CEGOC, realizou o «Unleashing AI’ Power – Digital Learning», um evento internacional on-line centrado no impacto da IA na aprendizagem digital, que contou com as presenças de Patrícia Santos, group chief corporate offer and solutions do Grupo Cegos, e Liliana Louro, editorial manager for the corporate offer, também do Grupo Cegos

Mais de 1.000 pessoas inscreveram-se neste webinar, onde se abordou o tema da IA enquanto tecnologia que está a revolucionar o mundo do trabalho, e por consequência, a indústria da formação. Pretende-se, desta forma, abrir novas possibilidades para formadores, designers, programadores e formandos.

Um dos aspetos fundamentais, transmitidos pelas oradoras, prende-se com algo que muitos temem, mas que importa desmistificar. A IA não vai roubar ou destruir o emprego de ninguém. Mas, quem souber utilizar da melhor forma e adaptar-se à transformação social em curso, naturalmente, vai ter uma vantagem competitiva. A IA encontra aqui o seu lugar, ao nível da soma e cooperação com a inteligência humana. É por isso que o upskilling e o reskilling são agora centrais.

Na sequência deste evento, emanam sete grandes conclusões para a componente de L&D (learning and development). São as seguintes:

Comece a testar através de simples tópicos de produtividade Por exemplo, através do pedido de apoio para resumir um documento, escrever uma descrição para um programa, criar um argumento de venda que envolva os formandos. Dessa forma, poderá tornar-se mais consciente das funcionalidades e limites da IA Generativa.

Aprenda a comandar a IA Formule perguntas e dê instruções para obter da IA generativa os resultados desejados. Não pergunte aquilo que não sabe.

Seja cuidadoso com conteúdos mais sensíveis Lembre-se de que os dados que fornecer poderão alimentar terceiros. Fique atento a tudo aquilo que diga respeito à propriedade intelectual e lembre-se dos perigos que poderão daí advir.

Não leve à letra tudo aquilo que a IA transmite O ChatGPT foi não programado para dizer a verdade. Reveja e valide qualquer conteúdo antes de o publicar.

Não substitua… Melhore! Por um lado, é necessário abraçar esta mudança e preparar a sua equipa. Por outro lado, não assuma que tudo será criado automaticamente. Agora, mais do que nunca, é fundamental ter consigo designers especializados, formadores e especialistas. Melhore e requalifique as suas equipas da forma mais célere possível.

Seja transparente para com os seus stakeholders Se utilizar a IA para desenvolver um vídeo, diga-lhes claramente.

Seja humano! Assuma a sua Humanidade Talvez o mais importante.

Patrícia Santos comenta: «Esta foi uma excelente oportunidade para abordar um tema que causa tanto choque, como entusiasmo. E, sem querer deixar de lembrar os riscos que a IA traz, quisemos passar uma palavra de otimismo, de vontade de enfrentar a mudança e encontrar respostas, que potenciem as pessoas, as equipas, que as levem a novos patamares profissionais. É assim que nos queremos posicionar, e com este este objetivo que estamos a colaborar com os nossos parceiros e clientes para que  aproveitem o imenso potencial da IA e aumentem a produtividade das suas organizações enquanto motivam e fazem evoluir as suas equipas e colaboradores.»

A IA reduz o tempo de chegada ao mercado e facilita algumas etapas do processo de criação de conteúdos formativos, mas não dispensa de forma alguma os especialistas num determinado tópico. A inteligência humana deve ser o ponto de partida, estar presente ao longo de todo o processo e validar cada etapa. A IA é o copiloto, pode ser um GPS mas a palavra final é de quem vai no lugar do condutor e aí temos a inteligência humana.

Também na produção e localização de conteúdos a IA é uma mais-valia, especialmente para uma empresa global como a Cegos, com os seus conteúdos traduzidos em mais de 20 idiomas. Contudo, mais uma vez as vantagens não dispensam cuidados e cautela: a produção de media com avatares é muito diferente da utilização de atores de carne e osso. Desde logo, os nossos vários testes de protótipo levaram-nos a concluir que é comum as pessoas não estarem confortáveis a ser «formadas» por um avatar. É um desafio para os designers criar um avatar, que não crie constrangimentos e distrações no formando. Acima de tudo tem sempre de ser absolutamente transparente e do conhecimento de todos que estamos a utilizar um avatar.   

As implicações e potencial da IA na formação são várias. As interações entre o formando e o formador são igualmente impactadas. Já existem soluções que identificam as áreas as competências específicas que o formando necessita de desenvolver e desenham percursos de aprendizagem personalizados.

As possibilidades são muitas. A mudança está aí. Vamos abraçá-la e vencer.

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Nota: se não teve oportunidade de acompanhar o webinar, ou se pretende revê-lo, pode aceder aqui.

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»»»» A CEGOC foi criada em dezembro de 1962 e faz parte do Grupo CEGOS, um grupo internacional. Como empresa em destaque na transformação do desenvolvimento das pessoas nas organizações, desenvolve soluções de aprendizagem que potenciam a transferência do Saber para o Fazer, garantindo um impacto significativo e mensurável no negócio dos seus clientes e contribuindo para a concretização de transformações críticas nas suas equipas e organizações.

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