No Meridional
A terceira carta

No âmbito da iniciava TM Acolhimento, o Teatro Meridional, em Lisboa, apresenta, de 9 a 20 de fevereiro, «Cochinchina», uma adaptação livre do romance de Afonso Cruz «Princípio de Karenina».

Texto: Redação «human»

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No Teatro Meridional, «Conchinchina» vem encerrar uma trilogia de cartas de amor e morte que Sandra Barata Belo iniciou com «Morreste-me», de José Luís Peixoto, e continuou com «Carta de uma Desconhecida», de Stefan ZWeig. Para além de serem cartas que falam de amor e de morte, estas criações têm em comum o facto de serem obras literárias que a atriz adaptou para teatro.

Em «Cochinchina», um homem vive na dualidade do que está para além da sua porta e dentro da sua porta. O estrangeiro tanto o inibe como o fascina. Até ao dia em que uma empregada da Cochinchina vai trabalhar para sua casa e quebra todas as fronteiras criadas primeiramente pelo pai e depois por ele. A partir daqui, há uma luta constante entre o amor e a desilusão, a coragem e a cobardia, entre ir ou ficar, e estranhamente está tudo certo. No fim da sua vida, quando não há mais para adiar, restando-lhe apenas a morte, o homem parte para o Oriente em busca de uma filha que nunca o irá conhecer e escreve-lhe uma carta, revelando a sua história.

Interpretações de Margarida Vila-Nova, Patrícia André e Vítor D’Andrade.