Festival MARé, na Póvoa de Varzim
De volta em dezembro

É já em dezembro que o Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim, recebe a segunda edição do Festival MARé. Os dias 9, 10 e 11 serão recheados de projetos de várias regiões da Europa, tendo a música de raiz como impulso criativo, com as primeiras confirmações.

Texto: Redação human

.

Depois dos tempos adversos trazidos pela pandemia, a cultura tem o seu desejado regresso, e quer fazê-lo em grande. De mãos dadas com este retorno, o Festival MARé, uma coprodução entre o Cine-Teatro Garrett e a Banzé, anuncia a sua 2segunda edição, agendada para os dias 9, 10 e 11 de dezembro no emblemático espaço da Póvoa de Varzim. Zeca Medeiros, Maria Monda e as The Sey Sisters são os primeiros nomes confirmados para o festival, que conta ainda com um alinhamento de artistas por anunciar de várias latitudes da Europa, em que a música influenciada pelas suas raízes é o mote que os une. A primeira edição do festival aconteceu em 2019, repleto de música para ouvir e aprender, num mar de géneros que uniram vários músicos num só dia e viram a estreia do MARé.

Zeca Medeiros nasceu em Vila Franca, São Miguel (Açores) e é músico, compositor, ator e realizador, mas também um amante das rotas e sons do Atlântico, onde a sua voz encontra as palavras que canta. Será no palco do MARé que serão celebrados os mais de 40 anos de atividade criativa do músico, num trabalho de cantautor intimista, repleto de obras de arte na língua portuguesa.

Maria Monda, por sua vez, é uma lufada de ar fresco. O trio formado por Sofia Adriana Portugal, Susana Quaresma e Tânia Cardoso partilha o gosto pela pesquisa vocal, sonora e cénica. Estas são as três mulheres que mondam canções e saberes antigos de forma contemporânea, através do canto polifónico e dos ritmos da percussão.

E, por fim, The Sey Sisters entram em palco vestidas a rigor com roupas que combinam a tradição africana com a cultura europeia, num trio surpreendente de vozes negras. As Sey Sisters convidam-nos a embarcar numa viagem desde o gospel à música africana, com cantos impregnados de profunda emoção que emergem da luta contra a injustiça, do movimento de direitos civis e da esperança por um futuro melhor.

Ainda sobre o MARé, José Costa, o promotor, assinala: «As expectativas da programação do MARé passam pela solidificação da criação de uma oferta diversificada em formato festival, das mais vastas raízes tradicionais até à exploração e à recriação dessas mesmas fontes.»