Profissionais em teletrabalho acusam maior stresse

São os profissionais que se encontram em teletrabalho quem mais acusa o aumento nos níveis de stresse, quando em período laboral, 64%. Já entre os trabalhadores que não se encontram em teletrabalho, apenas 50% considera que o período do seu dia mais stressante seja durante o trabalho. Estes são alguns resultados de um inquérito realizado por alunos da Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, que concluiu ainda que o impacto da pandemia no bem-estar dos portugueses foi principalmente sentido entre as mulheres e pelos jovens, entre os 18 e os 24 anos.

O estudo revela que 75% dos inquiridos reporta um aumento nos níveis de stresse em resultado da pandemia. Entre as mulheres, este valor sobe para os 78%, enquanto nos homens cai para 61%. Outra diferença entre homens e mulheres reside nos momentos em que a ansiedade mais se faz sentir: enquanto para a maioria das mulheres os níveis de stresse sobem, principalmente durante o trabalho (56%), para os homens os momentos de maior stresse são durante os momentos de descanso e com a família (53%).

Já ao longo da vida, é nos jovens que a pandemia mais parece ter deixado marcas: 90% dos jovens entre os 18 e os 24 anos revelam um aumento nos níveis de ansiedade, seguidos pela faixa etária entre 25 e os 34 anos de idade. O maior impacto nos níveis de stresse volta a ser sentido a partir dos 55 anos. São também os jovens quem mais assume já ter sentido a necessidade de pedir apoio.

É igualmente entre as mulheres que a necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar e saúde mental é mais prevalente, 52%, o que compara com 25% dos homens. O mesmo acontece em relação aos trabalhadores que se encontram em teletrabalho, com 62% a assumirem esta necessidade, enquanto entre os trabalhadores que se encontram em funções nos seus locais de trabalho tradicionais o valor cai para os 42%.

Diego Costa Pinto, diretor do Marketing Analytics Lab da NOVA IMS, assinala: «Com o teletrabalho, as relações entre o trabalho, a família e os momentos de descanso deterioraram-se, com jornadas mais longas, o que aumenta os níveis de stresse e ansiedade entre os profissionais. Por outro lado, este período de incerteza e de maior risco de desemprego parece afetar particularmente as mulheres e os jovens. Infelizmente, a pandemia acabou por acentuar diferenças entre as gerações e entre géneros.»

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A NOVA IMS

A NOVA IMS é a escola de Gestão de Informação e Ciência de Dados da Universidade Nova de Lisboa. Dedica-se à conversão de dados em valor («From Data to Value»), através de um vasto conjunto de atividades de ensino, investigação e projetos com empresas ou em parceria com outras instituições. A qualidade da sua formação é reconhecida globalmente, através de diferentes acreditações, nacionais e internacionais, e posições de destaque alcançadas nomeadamente no ranking Eduniversal (seis dos mestrados e pós-graduações reconhecidos entre os melhores do mundo nas respetivas áreas). A NOVA IMS possui mais de 30 anos de experiência acumulada no tratamento e na análise de dados, que agora coloca ao serviço da transformação digital e dos ambientes de big data em que vivemos, nomeadamente através de um amplo conjunto de laboratórios (NOVA ANALYTICS LABS powered by NOVA IMS). Conta hoje com mais de 2.700 alunos, provenientes de mais de 70 países, e elevados níveis de internacionalização em todas as atividades que desenvolve a partir de Lisboa para o mundo.