Mais de metade dos inquiridos portugueses apontam o desenvolvimento de novas competências como a principal razão para uma mudança de trabalho (54%); 34% procuram uma melhor condição salarial e 30% pretendem uma evolução na carreira. Esta é uma das principais conclusões do estudo «Índice de Confiança Laboral», da Michael Page, relativo ao primeiro trimestre de 2019 e que analisa a perceção que os profissionais têm acerca do atual mercado laboral. Tem por base a resposta dos profissionais que se candidataram a ofertas de emprego através do site da conhecida consultora global de recrutamento, num total de 603 respostas em Portugal.
Mais de 50% dos profissionais portugueses consideram a situação económica e laboral positiva, o que demonstra um clima de otimismo (58%). Em relação aos objetivos profissionais, 69% dos trabalhadores sentem-se confiante sobre o desenvolvimento de novas competências, 61% esperam executar novas funções e 55% esperam ser promovidos. No que diz respeito à mudança de emprego, 57% dos candidatos acreditam que irão encontrar um trabalho nos próximos três meses e acima da média europeia, e 63% acreditam que o mercado de trabalho irá melhorar nos próximos seis meses.
O estudo aponta ainda que 55% dos portugueses inquiridos consideram aceitar trabalhos temporários. A possibilidade de enriquecer as competências e a experiência (60%) e trabalhar com empresas diferentes e experimentar novas funções (44%) estão entre os principais motivos para considerar um trabalho temporário. Relativamente aos que não consideram este tipo de trabalho (45%), as razões prendem-se com a falta de estabilidade financeira (68%) e o fraco desenvolvimento de competências (41%).
O índice de confiança em Portugal registou um aumento de um ponto percentual, fixando-se nos 56%. A média europeia situa-se nos 57%, sendo que a Alemanha é o país da Europa mais satisfeito com o mercado laboral, com 68%, e a Itália revela o menor índice de satisfação, com 44%.
«Os indicadores de confiança laboral mostram o dinamismo do mercado português e o crescente otimismo dos trabalhadores no futuro laboral e na economia, afirmou Álvaro Fernández, diretor geral da Michael Page Portugal.
Mais informações sobre o estudo aqui.