Depois do branco de 2017 – apresentado em maio –, é agora a vez do produtor do Douro Lavradores de Feitoria lançar o vinho homólogo, mas na versão rosado. De norte a sul do país e nas ilhas, já é possível pedir um Lavradores de Feitoria rosé 2017, um vinho cuja cor líchia salmonado desperta os sentidos para o verão, que teima em não chegar em pleno.
Texto: Redação Human
À semelhança das duas últimas colheitas criadas pela equipa de enologia da Lavradores de Feitoria, liderada por Paulo Ruão, o Lavradores de Feitoria rosé 2017 resulta de um casamento entre a Touriga Franca, uma casta autóctone que ainda vai dar muito que falar no Douro, a dominar 70% no lote, e uma mistura de outras variedades de uvas. Uma referência que se estreou na empresa com a colheita de 2012 – na altura um rosé de Touriga Nacional em extreme – e que tem vindo a adaptar-se ao perfil dos consumidores.
As uvas, colhidas em vinhas com idades compreendidas entre os 25 e os 30 anos plantadas em solos de xisto, foram submetidas a fermentação e a estágio em inox. Sob supervisão rigorosa, todo este processo resultou num vinho com um aroma muito fino e elegante. É um rosé bastante floral, mas com igual presença de fruta fresca, como toranja, com nuances de morango, o que o torna agradável no nariz. Na boca, a entrada é fresca e equilibrada, apresentando sabores a frutos vermelhos, como o morango e alguma cereja, além de nuances de citrinos. É um vinho leve e fresco, muito agradável de beber como aperitivo, mas também para levar à mesa a acompanhar refeições igualmente leves, como saladas, sopas frias, peixes magros, mariscos, carnes brancas (frango e peru) ou massas com molho branco.
A Lavradores de Feitoria
Criado em setembro de 2000, este projeto único resulta da união de 15 lavradores, proprietários de 18 quintas distribuídas pelos melhores terroirs do Douro, repartidas pelas três sub-regiões: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior. Pela primeira vez na região, um grupo de convictos durienses associou saberes e experiências, inovação e tradição, num esforço conjunto e solidário que marcou uma nova época para o Douro. Partilha e associativismo, concertados de uma forma moderna, razoável e inteligente, são os valores subjacentes à Lavradores de Feitoria. Atualmente são 48 os acionistas, dos quais 15 são lavradores proprietários de 18 quintas. Acresce a Quinta do Medronheiro, comprada em 2011 com capital da empresa. No total, tem ao dispor uvas provenientes de mais de 600 hectares de vinha.