De acordo com o estudo da Mercer «2017 Global Talent Trends», salários justos e competitivos, bem como oportunidades de promoção estão no topo das prioridades dos colaboradores este ano – uma conclusão que decorre do atual clima de incerteza e de mudança.
Como resultado, as multinacionais estão cuidadosamente a avaliar os custos dos pacotes de expatriados para os seus colaboradores internacionais. O vigésimo terceiro estudo anual da Mercer – «Cost of Living» – revela que fatores como a instabilidade dos mercados imobiliários e a inflação de bens e serviços contribuem para o custo total das expatriações no atual ambiente global.
Diogo Alarcão, chief executive officer (CEO) da Mercer em Portugal, assinalou a propósito: «A globalização dos mercados está a ser cada vez mais monitorizada, com um número crescente de empresas a promoverem uma estratégia assente na mobilidade internacional dos seus colaboradores para incrementar a experiência de futuros gestores. Existem inúmeras vantagens em enviar colaboradores para o estrangeiro, independentemente de se tratar de missões de longa ou de curta duração, incluindo desenvolvimento de carreira através de uma experiência global, criação e transferência de competências e realocação de recursos.»
De acordo com o estudo global sobre o custo de vida de 2017 da Mercer, Lisboa desceu três posições no ranking, passando da posição 134 em 2016 para a 137 este ano, permanecendo como uma cidade relativamente pouco dispendiosa para expatriados a nível global.
Segundo o mesmo estudo, as cidades asiáticas e europeias – particularmente Hong Kong (2), Tóquio (3), Zurique (4), e Singapura (5) – lideram a lista das cidades mais caras para expatriados.
A cidade mais cara, devido ao preço dos bens e à segurança, é Luanda, a capital de Angola. As outras cidades que fazem parte do top 10 do estudo da Mercer são Seul (6), Genebra (7), Xangai (8), Nova Iorque (9) e Berna (10). As cidades menos caras para os expatriados, ainda de acordo com o estudo, são Tunis (209), Bishkek (208), e Skopje (206).
O estudo da Mercer é um dos mais abrangentes a nível mundial e foi especificamente desenhado para ajudar as empresas, as organizações e os governos a definirem os subsídios de remuneração para os seus colaboradores expatriados. Os movimentos cambiais têm como referência o dólar norte-americano. O estudo inclui 209 cidades de cinco continentes e determina o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento.
Diogo Alarcão referiu ainda: «Apesar de historicamente a mobilidade, a gestão de talento e a compensação serem geridas de forma independente, as organizações estão a adotar atualmente uma abordagem mais holística para melhorarem as suas estratégias de mobilidade. É importante garantir a competitividade da compensação em processos de expatriamento e, por isso, as políticas de mobilidade devem ser determinadas com base no custo de vida, na moeda e na localização.»
Mais informações sobre o estudo aqui.