Mais de 9.700 postos de trabalho foram criados pelas empresas de retalho e distribuição, em pleno ciclo económico negativo, entre 2011 e 2015, ano em que o sector empregava já um total de 110.800 colaboradores. Os números são da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que analisou os principais indicadores dos recursos humanos e as práticas de gestão.
Estes números fazem parte do estudo «As Nossas Pessoas – Um Retrato Social da Distribuição», realizado pela APED e que assinala ainda que 72% dos colaboradores das empresas associadas tinham vínculo de efetivo no ano de 2015 e mais de metade se encontrava a trabalhar na mesma empresa havia pelo menos cinco anos.
De acordo com o documento, o perfil do colaborador do sector tem vindo a alterar-se, tornando-se cada vez mais especializado e com maiores competências técnicas. A aposta na formação tem sido uma das prioridades das empresas associadas da APED, que em 2015 investiram 28 milhões de euros em formação profissional, um valor acima da média dos anteriores cinco anos.
«O investimento do sector da distribuição nos seus colaboradores é uma das prioridades das empresas, porque sabemos a sua exata importância para a construção de um sector que acrescente valor ao consumidor», afirmou Ana Isabel Trigo Morais, diretora geral da APED, para acrescentar: «Mesmo em tempos de conjuntura económica negativa, sempre tivemos uma responsabilidade natural para com os nossos recursos humanos – quer no que respeita ao emprego e à qualidade das condições laborais, quer no que está relacionado com o nível de vida e a conjugação da vida pessoal com a vida profissional.»