Formação

Inovar? Porquê? Para quê? Três razões

Ouvi estas perguntas tantas vezes. Eu que tanto fiz para ter a «sorte» de trabalhar no que gosto, dependendo agora de muitos patrões (os clientes), consigo e quero que a empresa inove regularmente, por três razões que vou referir adiante.

Texto: Daniel Lança Perdigão

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Se vos disser que trabalhamos na área da inovação e da comunicação visual, vão perguntar-me: «O que é que isso tem a ver com gestão de pessoas?» Pois, percebo… Mas se vos disser que desenvolvemos formação e ações de consultoria e comunicação para que pessoas e empresas se interliguem mais, se desenvolvam por vontade própria, inovem e sejam mais produtivas e felizes, isso já vos faz sentido.

Chega de falar de nós.

Inovar não pode ser uma iniciativa pontual. Inovar não tem de ser sobre lançar um novo produto tecnológico. Inovar não é propriedade de start-ups. Inovar é algo que devemos fazer em qualquer organização, de forma transversal, recorrente e envolvendo o maior número possível de interessados. Diria antes «inovando», como referência ao ato contínuo de inovar.

Mais importante do que um departamento de inovação – muitas vezes associado às áreas de tecnologias de informação – é implementar uma estratégia e desenvolver uma cultura de inovação.

Dou muito destaque às questões da estratégia e da cultura, pois, quando estas se cruzam, nem as direções têm de se esforçar para conseguir a adesão dos colaboradores, nem as pessoas em geral têm de convencer as suas direções ou administrações a inovar. E muito importante também é o facto de que o mercado já o espera e nenhuma empresa quer desiludir os clientes.

Vamos criar valor. Interessa-vos?

Uma estratégia de inovação é uma missão de todos, suportada num plano detalhado, com vista a criar valor, pelo qual os clientes estão dispostos a pagar. Inovação não acontece por acaso, depende do ambiente e de procedimentos criados para o seu desenvolvimento.

A estratégia de inovação clarifica prioridades e objetivos, promove o alinhamento, evita o status quo e facilita a mudança para o sucesso.

E cultura de inovação existe quando tudo está enraizado num ambiente que promove o pensamento criativo, a autonomia e o alinhamento, e que leva à criação de valor económico e social para a organização e para as suas pessoas, clientes e parceiros.

A cultura de inovação é como uma atmosfera onde se respira criatividade, entusiamo e espírito de equipa, que vão muito para lá dos departamentos ou «silos» – como por vezes se designa.

Já se está a ver porque escolhi este tema, pois quem está no centro são as pessoas, sem as quais as organizações não funcionam – isto aplica-se nas empresas e no sector público.

Cultura de inovação existe quando tudo está enraizado num ambiente que promove o pensamento criativo, a autonomia e o alinhamento, e que leva à criação de valor económico e social para a organização e para as suas pessoas, clientes e parceiros.

Concluo com as três razões por que isto é importante para nós e em qualquer organização:

1. As pessoas sentem-se mais motivadas, pois sabem que regularmente haverá novas áreas, serviços, processos ou produtos em desenvolvimento e novos clientes, e recuperam o entusiasmo que as levou a juntar-se à organização, ajudando à sua retenção e melhorando a atratividade;

2. A organização não continua a fazer o habitual, não fica sentada sobre os louros até ser ultrapassada por outras (exemplos como a Kodak e outros) e pode até ser mais divulgada só porque criou o hábito e o mindset;

3. Os clientes ficam mais atentos, não esgotam as oportunidades de colaboração por já terem adquirido «o» vosso serviço ou produto, pois sabem que em breve haverá novidades e que essas podem ajudar a criar valor.

Já vos dei os tópicos. Vão inovando!

Estou sempre disponível se quiserem debater ou desenvolver este tema.

Até breve.

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»»»» Daniel Lança Perdigão é chief energiser officer (CEO) da UpSideUp.

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