Com o objetivo de apoiar na resposta à escassez atual e futura de profissionais que as empresas de restauração enfrentam, ao mesmo tempo que promove a inclusão e a capacitação de pessoas em situação de vulnerabilidade social ou desemprego, a Central de Cervejas desafiou a Associação CAIS, o Turismo de Portugal através da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa (EHTL) e a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal para juntos lançarem o programa «Reconectar». É um programa de capacitação e empregabilidade que visa dotar os participantes de uma formação teórica e prática certificada.
A edição piloto conta com 10 participantes e teve início no passado dia 4 de novembro. O programa tem a duração de cerca de um mês e uma carga horária de 44 horas, seguido de um estágio de 160 horas.
Durante a formação, os participantes poderão adquirir diferentes conhecimentos relevantes para o sector, ao longo de três módulos, ministrados pelas entidades promotoras, nas áreas de competências pessoais e sociais, serviços de restaurante e bar, e formação sobre o processo de produção, ingredientes e método de tiragem de cerveja.
Os participantes são identificados e selecionados pela Associação CAIS com base em diferentes critérios, como a sua apetência para trabalhar na área da restauração e adequação do perfil ao programa, para além de serem privilegiadas pessoas que se encontram em situação de desemprego prolongado. A CAIS é a entidade responsável pelo primeiro módulo de formação em desenvolvimento de competências e gestão emocional.
Através deste programa, os participantes terão a oportunidade de receber formação certificada pela Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, no curso de Serviço de Restaurante/ Bar, incluindo higiene e segurança alimentar, com acesso a conteúdos adaptados às necessidades da área da restauração.
Para além do suporte a bolsas para os formandos, a Central de Cervejas ficará ainda responsável pela formação sobre o processo de produção, ingredientes e método de tiragem/ serviço de cerveja, num módulo que será lecionado na Cervejeira de Vialonga. A empresa está também focada no envolvimento dos seus clientes no programa «Reconectar», no sentido de ampliar oportunidades de colaboração e de rede de contactos para os participantes.
Por sua vez, a AHRESP irá desempenhar o papel de facilitador na ligação dos participantes a oportunidades de estágio no alojamento e na restauração, e à inserção destes no mercado de trabalho, através da sua Bolsa de Emprego.
Salomé Faria, diretora de comunicação e relações institucionais da Central de Cervejas e Bebidas, refere: «Com este programa, procuramos ampliar o nosso impacto positivo na sociedade. Queremos “juntar os diferentes mundos”, reconectar os diferentes stakeholders para, em conjunto, dotarmos os participantes das condições necessárias para terem acesso a emprego qualificado e a novas oportunidades económicas.»
Para Matilde Cardoso, presidente da Associação CAIS, trata-se de um programa «de grande relevância alinhado com os projetos de apoio e acompanhamento para a integração no mercado de trabalho». Mais: «Esperamos um impacto social relevante na vida dos participantes desta primeira edição que, idealmente, irão conseguir construir um percurso de vida autónomo, ao mesmo tempo que valorizam o seu perfil pessoal e profissional.»
Por sua vez, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, refere: «OTurismo de Portugal é já responsável por um conjunto de iniciativas, muitas delas implementadas ou apoiadas pela sua rede de 12 escolas de hotelaria e turismo, que visam a sustentabilidade, a inclusão e o apoio às comunidades locais. Por isso, e através da Escola de Lisboa, orgulhamo-nos de integrar o projeto ‘Reconectar’, colocando a nossa formação de excelência ao serviço de um projeto que, também através do turismo, contribui positivamente para a construção de um futuro melhor.»
Finalmente, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, considera que, «no atual contexto de escassez de trabalhadores, todas as iniciativas de capacitação e empregabilidade são bem-vindas». E adianta: «Isto muito especialmente quando conseguimos aliar uma solução, que é urgente, à possibilidade de ajudar a resolver um problema social como aquele que enfrentam as pessoas em situação de vulnerabilidade social e/ ou desemprego.»Ana Jacinto refere ainda: «É um enorme gosto participar no ‘Reconectar’. A falta de recursos humanos não pode ser um travão à recuperação económica, nem pôr em causa a competitividade do turismo português, uma das principais fontes de receita para o país. Afinal, só num país economicamente saudável será possível continuar a tentar sanar as situações de adversidade que ainda existem na nossa população.»
A SCC
Estabelecida em 1934, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) integra o Grupo Heineken desde 2008 e atua na produção, na comercialização e na distribuição de cervejas, sidras, refrigerantes e águas, tendo inclusivamente uma distribuidora de bebidas que atua nacionalmente, a Novadis – Unipessoal Lda.
A SCC conta com três unidades de produção, nomeadamente, a Cervejeira de Vialonga, onde são produzidas e engarrafadas as cervejas da marca Sagres e as suas variantes com e sem álcool, a cerveja Sagres Bohemia e a sidra Bandida do Pomar. Detém ainda duas unidades onde são captadas e engarrafadas, por um lado, a água mineral natural de Luso e a água de nascente do Cruzeiro, e por outro a água mineral natural gaseificada Castello.
O portefólio da SCC integra também algumas das mais prestigiadas cervejas internacionais, destacando-se a marca premium Heineken.
O Grupo Heineken tem um forte compromisso com a sustentabilidade, transversal a todas as suas operações, através do programa «Brew a Better World», que conta com três pilares estratégicos (Ambiente, Responsável e Social). Tem como ambição «produzir» um mundo mais sustentável, inclusivo, justo e equitativo, tendo com prioridades o atingimento da neutralidade carbónica em toda a cadeia de valor em 2040, zero emissões de carbono na produção em 2030, a proteção e a preservação dos recursos hídricos e ecossistemas onde são captadas as águas do portefólio, a circularidade de embalagens e a transição crescente para energias renováveis. O grupo é ainda um forte promotor do consumo responsável e do apoio continuado às comunidades em que opera.
Com sede em Vialonga, a SCC conta com cerca de 1.600 colaboradores.