Conversas InPar

Incrementar os níveis de motivação

5 de março de 2024. O Salão Nobre da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa, é a casa escolhida para realizar a edição 48 das Conversas InPar, com o tema «o que fazer para incrementar os níveis de motivação das nossas pessoas», na senda de querermos «ser organizações saudáveis e felizes».

Texto: Patrícia Oliveira

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8H00. Os que colaboram na InPar e que já estão presentes preenchem o salão com as organizações finais.
Preparamo-nos para receber aqueles que já são família, parceiros e amigos nestes anos de vida, com a alegria e o entusiasmo de quem vai poder ver, estar e partilhar com parentes apenas distantes no dia-a-dia pela localização geográfica, hoje mais uma Conversa InPar. Celebramos.
Ansiamos também por receber os novos membros desta família, que se juntam a nós pela primeira vez. Queremos que se sintam muito bem-vindos.
Posso falar por todos: estamos altamente empenhados e motivados para o que aí vem.
Rui Santos, diretor geral da InPar, traz-nos inspiração na forma como comunica e permeia-nos com tendências, traz-nos a realidade nua e crua de estudos, dados, mas também reflexões acerca do papel de cada um de nós nas empresas, da importância de termos colaboradores motivados e felizes. A curva de clientes satisfeitos e felizes cresce a par e passo, quando as pessoas estão de facto disponíveis e motivadas.
Mostra-nos ainda o papel importantíssimo da liderança, confronta-nos com a percentagem de pessoas que já abandonou uma empresa por desgaste relativamente à sua relação com o líder.
E deixa-nos esta reflexão: Como podemos então potencializar nas pessoas a vontade de ficar, ainda que a motivação mais duradoura e eficaz seja sempre a intrínseca. Que condições teremos de dar-lhes para que sintam, no final de tudo, que são mais felizes na e com a organização do que seriam numa outra?
Lideranças, com gap geracional relativamente aos seus colaboradores, não serão certamente o fator que impossibilita pessoas motivadas e felizes, desde que tenhamos em conta o que motiva de facto diferentes gerações, e sobretudo cada pessoa individualmente. Dotemos os líderes de ferramentas que lhes permitam conhecer, acreditar e extrair o melhor das pessoas, tratando-as como únicas.
Se o leitor tiver curiosidade, podemos ajudá-lo neste caminho.
De seguida, a RHmais presenteia-nos com uma apresentação fantástica de Raquel Canoa. Retive em particular uma mensagem poderosa, que reflete o que acredito ser o propósito gigante da liderança e de cada organização: que «as pessoas se desenvolvam e se tornem boas pessoas na organização», que percebam o porquê das tarefas que fazem ou que terão de fazer, como podem fazê-lo, tendo obviamente o suporte necessário para depois realizarem o que têm de fazer. Seguindo esta ordem, é sem dívida mais fácil obter um sentido de missão e a importância do que nos pedem para o todo.
De seguida, passamos para a mesa-redonda, onde temos a presença de Susana Martins a representar a Iberdrola, Raquel Canoa e Ana Sofia Dias, a representar RHmais. Confesso que adorei ouvir cada uma falar com um brilho nos olhos, acerca do sentimento de pertença, da necessidade de vermos e ouvirmos as pessoas no dia-a-dia. Bastante interessante a presença de Nuno Norte, da Enghouse, empresa de soluções tecnológicas, a partilhar como a tecnologia pode ajudar de facto em tarefas mais rotineiras e contribuir para a transparência dos resultados obtidos por cada colaborador face aos objetivos; por exemplo, das chamadas e do dia, abrindo espaço para sermos um contacto muito mais humanizado dos nossos clientes e caminho para novas profissões.
Finalmente, o momento em que todos nos sentamos com pessoas de empresas diferentes da nossa, trabalhamos agora em equipa, que é sempre um mistério porque vamos conhecer perspetivas e realidades bem diferentes das nossas, e refletir acerca de ferramentas de motivação.
Deixo-vos o ranking de hoje:

  • Promover e contribuir para o sentimento de pertença lidera a tabela de todos os grupos, juntamente com a necessidade de ter líderes mais próximos, que procuram dar voz à operação e fomentam autonomia.
  • De seguida, surge a necessidade de adaptar o feedback a cada pessoa e à personalidade com que se apresenta.
  • Grande parte dos grupos refere ainda ser bastante importante a criação de momentos frequentes e contínuos de partilha, para ouvir as equipas, as pessoas, bem como a importância de criar momentos lúdicos disruptores do dia-a-dia profissional. Trazer humor às pessoas permitindo-lhes perceber que podem sentir-se felizes nas organizações, potenciando relações de confiança.
  • Seguidamente, escutar e olhar as e para as pessoas, perguntar-lhes como estão, percebendo o momento mais adequado. Parar e querer de facto ouvir e compreender as pessoas, gerindo expectativas, trazendo sinceridade e transparência e agindo sobre o compromisso inicial.
  • Surge então a ideia de implementar questionários de satisfação dos colaboradores e a sua comunicação.
  • Muito importante ainda, reconhecer o trabalho das pessoas, dizendo-lhes o quanto foi bom e importante o que fizeram e com remuneração, quando possível.
  • É necessário ajustar os benefícios às pessoas, quem são, o que valorizam.
  • Premiar a assiduidade e a pontualidade é algo mencionado e considerado.
  • E por fim, mas não menos importante, é preciso valorizar e incentivar as pessoas a procurarem um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, fazer ações nesse sentido (exemplo: dia de sair mais cedo para estar com a família, ou ações de voluntariado).
    Concluo e reflito que é premente e urgente a formação contínua da liderança. Afinal, um líder feliz será certamente um líder mais próximo, que reflete continuamente, inspira e promove todas as ferramentas mencionadas e, mais ainda, ajudando a desenvolver melhores pessoas e mais felizes.
    Obrigada a todos! Hoje vim mais rica para casa.
    Obrigada, Rui! Por seres um líder feliz e inspirador, que nos dá asas para queremos ser e estar na nossa organização.

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»»»» Patrícia Oliveira é consultora da InPar.
A InPar foi fundada por Rui Santos, um profissional com mais de 25 anos de experiência acumulada em cargos de direção, administração e consultoria de empresas, nas áreas de Customer Service, CRM (Customer Relationship Management), Contact Centers e Customer Experience Management. A consultora tem como trabalho diário identificar e recolher de forma sistemática e estruturada as melhores práticas internacionais, adotadas pelas empresas de referência (aquelas que têm verdadeiras legiões de fãs, assinala) e colocar todo esse know-how à disposição dos clientes, através dos serviços que tem para lhes prestar. Rui Santos assinala mesmo: «Decidi constituir a InPar por constatar existir uma crescente necessidade das empresas e organizações em fidelizar os seus clientes, convertendo-os idealmente em seus fãs, sem contudo saberem muito bem como o fazer de modo economicamente sustentável.»

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