O regresso de um dos grandes músicos portugueses à literatura

Sérgio Godinho de volta ao romance

Vida e Morte nas Cidades Geminadas (ed. Quetzal), de Sérgio Godinho é uma história de encontros e desencontros que se centra em duas personagens: Amália, portuguesa que canta fados em ré e tem o apelido Rodrigues, e Cédric, francês que trabalha numa morgue. É nas cidades geminadas de Guimarães e Compiègne que vivem as personagens desta história também de coincidências que, apesar de decorrer na atualidade, atravessa várias gerações – e várias línguas.

Entre Amália e Cédric nasce um amor cheio de coincidências e dificuldades: nasceram no mesmo dia e no mesmo ano, ela em Portugal, ele em França. Partilham as mesmas perplexidades, a mesma busca por uma identidade e a mesma sede de amor, entrando em conflito com o passado e com o presente. O confronto é por vezes burlesco, por vezes enternecedor, mas também trágico, sombrio e multicolorido. São o humor e a graça que determinam como é a vida – e como se pode escapar à lei da morte.

Vida e Morte nas Cidades Geminadas estará disponível a 8 de fevereiro.

Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos 20 anos, altura em que saiu de Portugal. Estudou Psicologia em Genève durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960. Gravou em 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais de três dezenas de registos discográficos. Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos 50 anos. Sobre si próprio disse: «Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.» O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte. Voz polifónica, levou frequentemente a sua escrita a outras paragens. Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles!), séries de televisão, histórias infanto-juvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (Palavras São Imagens São Palavras), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos. Estreou-se na ficção com Vidadupla, um conjunto de contos publicado em 2014, a que se seguiram os romances Coração Mais Que Perfeito e Estocolmo.

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