O Grupo NUCASE, que existe desde 1978, é especializado no apoio à gestão empresarial, nas áreas de contabilidade, fiscalidade, tesouraria, gestão de recursos humanos e consultoria. Criada por dois sócios portugueses, a sigla NUCASE nasceu do apelido de ambos.
Texto: Redação «human» Fotos: DR
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Com cinco escritórios e mais de 160 colaboradores, o Grupo NUCASE atua sobretudo no distrito de Lisboa e presta apoio à gestão de mais de 1.600 empresas, «ajudando-as a prosperarem, a ser mais competitivas e a cumprirem as suas obrigações fiscais», assinala Sónia Nunes, administradora e diretora de recursos humanos do grupo.
A responsável refere que «nos últimos anos assistimos a uma mudança radical e disruptiva das empresas de diferentes áreas de negócio e sectores na gestão do capital humano», e «o motor desta mudança histórica foi a pandemia, que transformou a forma de relacionamento com o trabalho». Mais: «Com a necessidade de responder rapidamente à situação imposta de confinamento, as empresas reinventaram-se. Numa velocidade nunca vista, trouxeram para cima da mesa novos processos de trabalho adaptados, principalmente utilizando os meios tecnológicos, muitos deles já existentes e que até então eram utilizados por empresas mais ligadas à tecnologia ou em circunstâncias muito particulares.» Ou seja: «Mudou a organização e mudaram os processos de trabalho. Mudou a forma de relacionamento entre as equipas, o contacto com o cliente, a liderança das pessoas, a forma de reunir e de dar formação a colaboradores. Mudou a dimensão de tempo e espaço e, principalmente, veio pôr em causa a forma de medir o trabalho. Com esta mudança, assistimos a uma alteração de vinculação do colaborador com a empresa e com o reconhecimento. Quando tomámos consciência do verdadeiro impacto, já tinha mudado.»
Sónia Nunes faz notar que, «com os últimos tempos vividos, surgiu uma preocupação mais alargada pelo universo empresarial, sobre as boas práticas ao nível da gestão de pessoas», e partilha: «Verificou-se uma necessidade galopante das empresas em recorrer a profissionais da área de gestão de recursos humanos, o que até então era uma função existente sobretudo em grandes empresas, mas menos em PMEs [pequenas e médias empresas]. Assiste-se, cada vez mais, à gestão de topo a colocar na agenda preocupações não só financeiras e/ ou operacionais do negócio, mas também centradas nas pessoas. O foco é em desenvolver, estruturar e implementar políticas e benefícios para a atração sistemática de talento, e especialmente para o sucesso na sua permanência dentro das organizações, sob pena de perda acentuada de pessoas na ‘caça de talento’ que verificamos de forma transversal no mercado.»
No Grupo NUCASE foi recentemente implementada para todas as funções operacionais a possibilidade de realizar o trabalho em modelo híbrido. Já existia esta possibilidade para algumas funções, mas agora abriu-se o leque. Para além desta flexibilidade, e dado que existem vários escritórios no distrito de Lisboa, há igualmente a possibilidade de os colaboradores trabalharem em cowork num escritório mais perto da sua residência, por exemplo.
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Equilíbrio da vida pessoal com a vida profissional
Sónia Nunes diz que «a estratégia de recursos humanos vai ao encontro do plano estratégico do grupo, delineado e acompanhado sistematicamente pelos órgãos de gestão». E acrescenta: «Um dos vetores, e que está também na base da nossa estratégia de sustentabilidade dentro da dimensão social (que designamos internamente por MOVE People) é o equilíbrio da vida pessoal com a vida profissional. Hoje, não são só os jovens que valorizam, mas todos os colaboradores. Depois da pandemia, as pessoas ao experienciarem os resultados do teletrabalho passaram a relacionar-se de forma diferente com o trabalho.» Refere também que no grupo sempre tiveram uma preocupação com esta temática e em desenvolver políticas que sejam benéficas para todos. «Por exemplo, manter um número menor de horas de trabalho diárias face ao contrato coletivo de trabalho. No entanto, o pós-pandemia veio trazer outros desafios impactantes que não eram equacionados, como o trabalho híbrido, até porque na nossa atividade principal, contabilidade, ainda temos a questão dos documentos físicos como preocupação/ limitação», faz notar.
Para a responsável, «o relacionamento interpessoal saudável entre as pessoas é fundamental para o sucesso da organização; quando as pessoas se relacionam bem, são mais propensas a colaborar, a trabalhar em equipa e a resolver problemas de forma mais eficiente», diz, assinalando ainda: «Além disso, um ambiente de trabalho com relacionamentos saudáveis promove a permanência de talentos, melhora a eficácia do trabalho e contribui para um clima positivo na equipa. A empatia é a chave para manter os bons relacionamentos profissionais. A capacidade de nos colocarmos no lugar da outra pessoa, respeitando as suas particularidades e dificuldades e indo ao encontro de soluções que promovam e facilitem o bem-estar de cada pessoa dentro da organização, e com isso extrair o melhor de cada uma.»
Realce ainda para «o objetivo de ser uma referência no seu sector de atividade, disponibilizando um serviço de excelência, ajustado às necessidades e expectativas de cada um dos clientes». Tendo isto em vista, o Grupo NUCASE, partilha Sónia Nunes, «ambiciona potenciar negócios responsáveis, com um percurso mais sustentável e com melhor performance, recorrendo a uma equipa de técnicos especializados e experientes, adotando uma política de formação contínua, de melhoria dos processos e de investimento em tecnologia». E «procura acrescentar valor ao negócio, promovendo os princípios da sustentabilidade, em benefício dos stakeholders e da comunidade em geral».
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Ideias criativas e inovadoras
As boas práticas implementadas no Grupo NUCASE resultam das linhas estratégicas da empresa, da sensibilidade e de ouvir os colaboradores em vários formatos, como reuniões individuais ou de equipa, mas também por sugestões diretas dos colaboradores. Com 45 anos de existência, o grupo tem há pelo menos 20 um processo estruturado de apresentação de sugestões, que visa fomentar a contribuição de todas as pessoas no processo de melhoria contínua. «Fazemo-lo de forma séria», diz Sónia Nunes. «Queremos mesmo que todas possam contribuir com ideias criativas e inovadoras, sugestões ou soluções, sejam quais forem. Para isso, existe um processo de registo obrigatório da sugestão na Qualidade, que determina a obrigatoriedade de uma resposta a quem apresentou. Se são exequíveis, já é uma análise posterior da Direção responsável, que responde e implementa, se for o caso. Atribuímos, por isso, um prémio trimestral à melhor sugestão e outro a quem no ano em vigor apresentou o maior número de sugestões.»
No grupo existe um questionário de clima e cultura organizacional que engloba diferentes dimensões. A responsável considera-o «uma ferramenta poderosa para medir o nível de satisfação dos colaboradores», explicando que «é aplicado periodicamente para se entender o fluxo da organização e da sua cultura». Através dessa análise, a área de Gestão de Pessoas dá à Administração «importantes dados para a criação de estratégias que visam tornar o ambiente de trabalho saudável», partilha Sónia Nunes, explicando ainda: «A análise das práticas de recursos humanos é essencial na ajuda à organização para que esta alcance os seus objetivos, para melhorar o desempenho organizacional, atrair, desenvolver e manter os profissionais qualificados e também garantir a motivação e o compromisso dos colaboradores. Possibilita o desenvolvimento e a manutenção da qualidade de vida no trabalho, administra as mudanças e contribui de forma contínua com os esforços organizacionais, de modo a que seja possível obter melhores níveis de qualidade, produtividade e resultados.»