A Rumos, empresa portuguesa de formação e certificação técnica do grupo Rumos – Knowledge Sharing, acaba de lançar, em colaboração com a Flag e a Galileu, os resultados do estudo «Como será o desenvolvimento das competências profissionais em 2021?». O estudo pretende: sistematizar as mais importantes mudanças trazidas pela pandemia ao processo de desenvolvimento de competências dos profissionais; perceber a crescente importância da formação de colaboradores e o seu papel na resiliência e crescimento das organizações; as áreas com maiores défices de qualificações e como as empresas os estão a identificar e combater; e a evolução de novos métodos de formação que permitem dar continuidade ao desenvolvimento de competências de forma eficaz e eficiente, num contexto pandémico e pós-pandémico.
Ao analisar a importância da formação dos colaboradores, foi possível apurar que esta nunca foi tão importante. Globalmente, o número de profissionais requalificados aumentou substancialmente no último ano, o que pode ser justificado pelo aumento do número de empresas a conseguir reconhecer a sua responsabilidade na redução do défice de qualificação dos seus colaboradores. De facto, o inquérito realizado pela Rumos demonstra que hoje, mais do que nunca, a requalificação dos colaboradores é essencial sendo que em Portugal 96,3% dos inquiridos afirma ter realizado formação em 2020.
Apesar da mais-valia que a formação apresenta tanto para o negócio como para os colaboradores, ainda é difícil para os gestores e responsáveis de learning and development (L&D) delinear e implementar planos de formação eficazes. Esta dificuldade deve-se sobretudo à falta de tempo (61% dos L&Ds e 47% dos profissionais de TI, tecnologias de informação, afirmam que a carga de trabalho diário não permite ter disponibilidade para a participar em ações de formação) e a restrições de budget (cerca de 40% dos entrevistados referem restrições de budget como um obstáculo à formação). No entanto, para 2021, em Portugal, 30% dos inquiridos afirmaram que vão aumentar o seu investimento em formação.
Jorge Lopes, diretor da Rumos Formação, explica: «O desenvolvimento tecnológico e a crescente digitalização dos negócios têm vindo a acentuar a diferença entre as necessidades das empresas e as competências digitais dos seus colaboradores. A análise dessas lacunas de competências e a identificação das necessidades de formação acabam por ser um processo fulcral para o sucesso da capacitação das equipas. O estudo surgiu com o objetivo de sistematizar as mais importantes mudanças trazidas pela pandemia ao processo de desenvolvimento de competências dos profissionais e demonstrar a importância da formação nas empresas. Através dos seus resultados conseguimos perceber que quanto mais avançamos neste nova realidade, mais é notória a importância da capacitação de colaboradores para garantir a resiliência e a prosperidade de indivíduos e organizações e é, cada vez mais, necessário que o investimento no capital humano esteja na linha da frente da visão estratégica das empresas.»
Com a elaboração deste estudo, foi também possível identificar que o plano de formação das empresas é elaborado, maioritariamente (57%), com base na realização prévia de um levantamento de necessidades de formação, tanto por sugestão das chefias (48%) como dos próprios colaboradores (45%).
Entre as principais prioridades reportadas pelas empresas portuguesas para o ano de 2021 destacam-se as áreas tecnológicas de Programação, Big Data, Redes e Sistemas, as relacionadas com Cloud Computing e, sobretudo, o desenvolvimento de competências em Cibersegurança. No campo das competências empresariais, denota-se uma maior preocupação nas áreas de Gestão, Marketing e Comunicação.
Quanto à experiência formativa, a pandemia obrigou a novas formas de responder à necessidade de distanciamento social e permitir a continuidade do desenvolvimento de competências dos profissionais. A formação não presencial, até aqui utilizada maioritariamente para situações especiais, tornou-se a norma e essa parece ser a tendência para o futuro. Neste estudo foi possível apurar que apenas 10% dos inquiridos pretende realizar formações presenciais em 2021 e apenas 3% pretende optar exclusivamente pelo formato presencial, crescendo a preferência por formatos híbridos (de formação síncrona e assíncrona).
Os profissionais inquiridos destacam ainda, como aspetos positivos da experiência de formação online, a flexibilidade horária e melhor gestão do tempo (47%), a ausência de deslocações (26%), o acesso a uma maior diversidade de temas e disponibilidade de conteúdos (24%), a flexibilidade geográfica (18%) e a comodidade (14%).
«O mercado da formação deve acompanhar as tendências deste novo normal, de digitalização, flexibilidade de horários, descentralização geográfica e consequente democratização de acesso à aprendizagem. Há certamente ainda espaço para tornar a aprendizagem on-line mais humana e social, com melhores ferramentas tecnológicas e dinâmicas de formação, mas não há dúvida que a formação online e híbrida, continuarão no topo das preferências tanto das organizações como dos indivíduos, no futuro pós-pandémico», conclui o responsável.
Além destes dados, e no que diz respeito à Rumos, foi possível apurar que, em 2020, 76% dos formandos realizaram formação online, um crescimento exponencial face aos 5% registados em 2019. A análise dos inquéritos pós-formação revela também que a satisfação geral dos formandos Rumos com a formação online síncrona (live training) é alta, e sem diferenças significativas em relação à formação presencial, confirmando assim que o futuro da formação passa pela continuidade deste formato.
Os dados presentes no estudo resultam de um inquérito realizado em fevereiro de 2021 a 162 profissionais portugueses, dos quais 81 representam responsáveis por planos de formação.
Mais informações sobre o estudo aqui.