De 7 a 13 de setembro, o Cinema São Jorge recebe a edição 15 do «MOTELX, Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa». A programação reflete o ADN que o evento tem vindo a refinar ao longo dos anos, mudando o panorama cultural da capital portuguesa ao retirar o medo do cinema de género e cruzando-o despudoradamente com outras expressões artísticas.
Texto: Redação Human
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Num misto de visão para o futuro do cinema de terror – ainda que com os olhos bem abertos para o que se passa no presente, no mundo e na arte – o número redondo desta edição do «MOTELX, Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa» assume tom de celebração. As honras de abertura recaem na ante estreia de «The Green Knight» (2021), uma releitura tão misteriosa como assustadora, tão fantasiosa como profunda, da lenda arturiana de Sir Gawain, com assinatura do aclamado realizador David Lowery.
Mas se em 2020 o foco da programação recaiu sobre as questões de racismo sistémico, este ano, a partir da seleção de filmes feministas para a competição oficial como «Black Medusa», de Ismaël e Youssef Chebbi, ou «Violation», de Madeleine Sims-Fewer e Dusty Mancinell, a inspiração bebe-se no movimento #metoo.
Na seleção oficial, destaque ainda para o muito antecipado «Um Fio de Baba Escarlate» (2020), de Carlos Conceição, e para o novo documentário de Rodney Ascher, «A Glitch in the Matrix» (2020). A pandemia é a personagem principal do taiwandês «The Sadness» (2021), em que o vírus promove uma regressão civilizacional.
Mas o «MOTELX» deste ano tem mais novidades, muitas mais.