Um estudo da Cognizant
Lisboa escolhida como um dos «21 Lugares do Futuro»

A capital portuguesa destaca-se pela sua capacidade de empreendedorismo entre mais de 150 cidades de todo o mundo, e é uma das três únicas cidades europeias a integrar a lista final.

Texto: Redação Human

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A Cognizant anunciou que Lisboa foi escolhida entre mais de 150 cidades de todo mundo como um dos «21 Lugares do Futuro», de acordo com um extenso estudo. A empresa norte-americana, referência em transformação digital à escala global, destaca que Lisboa, que é uma das três únicas cidades europeias que integram a lista final, foi selecionada após uma rigorosa avaliação, segundo um amplo conjunto de parâmetros, tendo sido considerada como uma cidade sofisticada, que se destaca por:

– ter um governo/ administração local estável;

– qualidade das universidades;

– acesso ao capital privado;

– excelentes infraestruturas;

– ser uma cidade sustentável ou «verde»;

– ser um lugar onde é fácil trabalhar;

– vasta oferta cultural e de entretenimento que disponibiliza;

– segurança;

– oferecer um bom nível/ custo de vida;

– ser um grande pool de talentos.

Lisboa surge posicionada neste estudo ao lado de cidades como as seguintes: Tel Aviv (Israel), São Paulo (Brasil), Wellington (Nova Zelândia), Dundee (Escócia), Toronto (Canadá), Atlanta, Sacramento e Portland (Estados Unidos), Kochi (Índia), Songdo (Coreia do Sul), Tallinn (Estónia), Shenzhen e Haidian, Qu-Pequim (China), Nairobi (Quénia), Lagos (Nigéria) e Da Nang (Vietname). Além das 17 cidades situadas nos vários hemisférios, a lista final deste estudo integra também quatro lugares que são designados como «omnisphere», por não terem nenhuma localização física específica, e que são: Remotopia, Virtual Space, Outer Space e Nova Hanseatica.

Manuel Ávalos, diretor geral para o sul da Europa da Cognizant, assinala: «Os lugares do futuro estimulam o trabalho do futuro. Depois da pandemia da Covid-19, a Cognizant percebeu que as pessoas estão a tentar reconstruir-se. Identificámos Lisboa como um foco de inovação global e de novas ideias, que certamente irão criar e impulsionar o futuro do trabalho. A quarta revolução industrial e a pandemia estão a transformar a economia à escala global e são necessários novos talentos, novas competências e novas atitudes. Sou um apaixonado por Lisboa, porque acho que é uma cidade que conseguiu algo muito difícil: ser desejada e admirada em todo o mundo. Lisboa conseguiu transformar-se num hub de empreendedorismo sem precedentes. Na Cognizant já estamos a trabalhar para identificarmos mais talentos nesta cidade e para nos tornarmos numa empresa fortemente valorizada pelos seus cidadãos.»

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Um centro para o trabalho do futuro

A capital portuguesa também é reconhecida pelo estudo como sendo um «lugar para o trabalho do futuro», já que nela se identificou a utilização intensiva da automatização, dos algoritmos e da inteligência artificial – as novas tecnologias que se repercutem nas nossas vidas profissionais e pessoais, e de onde emergirão os novos empregos.

Recorde-se que também em casos anteriores, como Manchester (de raiz uma pequena cidade rural e hoje a primeira cidade industrial do mundo) e/ ou Silicon Valley (que era uma região predominantemente agrícola e hoje é uma das maiores referências tecnológicas do mundo), as inovações que mudaram o mundo surgiram em lugares inesperados que se tornaram grandes centros de inovação e polos de geração de emprego com repercussões à escala global.

As cidades e os lugares selecionados por este estudo têm em comum o desejo de criar um futuro que ofereça às pessoas os empregos do amanhã. À medida que o mundo tenta superar a pandemia do coronavírus, os lugares que são bolsas de inovação e de novas ideias, acessíveis e agradáveis para trabalhar e viver, serão aqueles para aonde irão as pessoas.

O «21 Lugares do Futuro» é um roteiro que permite às empresas, aos governos e às pessoas aprenderem com o sucesso de outros lugares em expansão e para lá das histórias de sucesso mais óbvias (Londres, Nova Iorque, São Francisco e Sydney).  


Lugares que definem o futuro

A Cognizant desenvolveu uma metodologia para identificar os principais 21 lugares em todo o mundo onde a inovação está a florescer. Por mais diversos que sejam, a única coisa que os 21 lugares têm em comum é o desejo de criar ou recriar o futuro para oferecer às pessoas os empregos do amanhã.

Utilizando a metáfora de um átomo, a tecnológica procedeu à análise dos «núcleos» e dos «eletrões» de cada lugar, criando um «átomo de sucesso» para cada uma das cidades/ lugares que surgem no estudo.

No centro encontram-se três elementos bem definidos e que são considerados essenciais para o sucesso de cada uma das cidades: governo local, qualidade das escolas e universidades e acesso ao capital privado. No entanto, cada núcleo precisa de eletrões à sua volta. No estudo, os eletrões são constituídos por oito componentes: infraestrutura física, ambiente (sustentabilidade), estilo de vida (diversidade e inclusão), cultura e entretenimento, «tijolos» (arquitetura), «clics» (infraestrutura digital), grupos de talento e acessibilidade. A esta informação foram adicionados dados provenientes de fontes como o World Economic Forum, o Projeto de Justiça Global e o ESI ThoughtLab.

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