Destacada empresa em transformação do desenvolvimento das pessoas nas organizações, a CEGOC, que integra o grupo CEGOS, apresentou os principais resultados do estudo internacional «Transformation, Skills & Learning». Este estudo teve como principal objetivo analisar e compreender o momento absolutamente desconcertante provocado pelo surto pandémico surgido em 2020 e o impacto que já começou (e vai continuar) a ter no futuro próximo de todos os profissionais, de todas as organizações e de todos os prestadores de serviços do sector da formação e do desenvolvimento profissional.
Se durante muito tempo se verificou um desenvolvimento acelerado (mas constante) a nível da disrupção tecnológica e das transformações no mercado de trabalho e nas práticas de desenvolvimento do talento, quase sempre pautado pela emergência de novas (mas esperadas) tendências, abordagens e necessidades, hoje o cenário de rutura entre as práticas formativas passadas e de futuro é mais evidente do que nunca.
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Quatro tendências
O estudo revela uma aceleração acentuada de quatro tendências fundamentais:
1. desenvolvimento de competências está a tornar-se cada vez mais estratégico
– os diretores de recursos humanos (RH) reconhecem que as competências utilizadas em 45% das profissões existentes nas organizações poderão tornar-se obsoletas nos próximos três anos;
– o desenvolvimento de competências é a primeira alavanca ativada por 75% dos departamentos de RH para lidar com o impacto das transformações tecnológicas;
– 89% das organizações ajustaram a sua oferta formativa durante a crise pandémica;
– ações levadas a cabo pelos responsáveis de RH em resposta às transformações tecnológicas: 69% optaram pelo upskilling dos profissionais existentes e 48% contrataram profissionais com novos perfis.
2. A transformação digital na formação está a acelerar
– 81% dos responsáveis de RH consideram que será dada maior ênfase à formação on-line à distância depois da pandemia;
– 64% dos colaboradores participaram em percursos de aprendizagem à distância durante o confinamento;
– 21% dos colaboradores estão preocupados com a utilização da tecnologia;
3. A necessidade de consolidar competências sociais e digitais está a aumentar
– é o que afirmam os responsáveis de RH: que as soft skills, competências sociais, comportamentais e humanas (34%), e as competências digitais (35%) precisam de ser rapidamente reforçadas;
– 77% dos colaboradores consideram que as transformações digitais podem alterar por completo a sua forma de trabalhar;
– 27% dos colaboradores afirmam que as transformações digitais podem levar à extinção dos seus postos de trabalho.
4. Os colaboradores estão cada vez mais envolvidos na sua formação
– 90% dos colaboradores europeus estão dispostos a aceder a percursos de aprendizagem por conta própria para responderem eficazmente às mudanças nas suas profissões e no mercado de trabalho;
– 45% dos colaboradores estão dispostos a financiar parte da sua formação;
– 71% dos colaboradores aceitariam frequentar uma formação no seu tempo livre.
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Testemunhos
Estas quatro tendências foram ilustradas com testemunhos de learning leaders de organizações altamente reconhecidas em diferentes sectores. Partilhamos alguns a seguir.
– Patrick Benammar, learning and developing vice-president do Grupo Renault «Nos últimos meses, observámos que os modelos de negócio ditos tradicionais, que muitas vezes eram desafiados por novos players, foram atingidos fortemente pela crise gerada pela Covid-19. A queda nas vendas e a urgente necessidade de encontrar formas de dar resposta às novas solicitações dos clientes gerou uma necessidade crítica e sem precedentes ao nível das competências. (…) Temos observado, ao longo dos anos, a crescente utilização da tecnologia digital, mas a crise deu-lhe um impulso incrível e permitiu que as pessoas viessem a conhecer percursos de aprendizagem de excelente qualidade a que poderiam aceder apenas com recurso a alguns clics. Esta nova experiência de aprendizagem pôs fim a alguns preconceitos sobre a aprendizagem digital, que eram muitas vezes infundados. Entrámos numa nova era de possibilidades e somos agora capazes de executar e assegurar alguns programas-piloto verdadeiramente surpreendentes.»
– Fabien Lagriffoul, director of training and professionalisation doEDF Group «No mundo eminentemente digital de hoje, a proficiência digital é uma necessidade crítica que não se limita aos profissionais das tecnologias de informação. Quaisquer que sejam as funções dos nossos colaboradores, devemos proporcionar formação para lhes ensinarmos competências digitais. E se os próprios percursos de aprendizagem incluem componentes digitais, então estas pessoas precisam de aprender competências digitais enquanto têm formação. (…) Um colaborador que está disposto a aprender de forma continuada é obviamente um ativo para uma empresa, e deve ter a oportunidade de fazê-lo.»
– Annick Bruyère, head of learning and services-mail – Parcels Branch University, Grupo La Poste «O Grupo La Poste passou nos últimos anos por uma grande transformação. Esta situação incentiva o envolvimento dos colaboradores no desenvolvimento das suas competências e leva-os a desempenharem eles próprios um papel determinante nesta missão. (…) Desenvolvemos incentivos para encorajar e otimizar a vontade de aprender dos nossos colaboradores. Dentro de cada filial, os resultados são muito satisfatórios, uma vez que em apenas cinco anos mais de 30.000 pessoas completaram uma formação blended com pelo menos 70 horas de duração. (…) Nos últimos cinco anos, desenvolvemos novas formas de aprendizagem, especialmente em formatos à distância. Depois de nos focarmos inicialmente em módulos digitais, estamos agora a desenvolver classes virtuais. O desenvolvimento de competências está bem integrado pelos responsáveis de formação, e aqui, uma vez mais, confiamos amplamente nos nossos talentos internos para introduzir novas tecnologias (realidade virtual, realidade aumentada, etc) que podem ajudar a cumprir os nossos propósitos de formação.»
– Malika Hadj Boaza, diretor da Total Learning Solutions «Nos negócios, as competências sociais, comportamentais e humanas estão a ultrapassar a expertise. Na Total Learning Solutions costumávamos estar muito focados nas competências técnicas. Mas as nossas prioridades mudaram e estamos agora a apostar mais nas soft skills. As novas contratações apresentam, muitas vezes, a formação técnica necessária e conhecem bem a sua função, mas para se adaptarem e contribuírem verdadeiramente para o sucesso coletivo acreditamos que as competências sociais, comportamentais e humanas são as mais importantes. O desenvolvimento destas competências é uma tendência clara dentro o nosso grupo. (…) A transformação digital da formação tem sido também uma componente-chave do nosso plano a longo prazo desde 2017. Todas as equipas da Total Learning Solutions têm estado a trabalhar nesta prioridade: 75% dos projetos que realizámos para as nossas filiais incluíram uma componente digital. Esta tendência ganhou velocidade com o confinamento, uma altura em que a formação ganhou um novo foco estratégico para a construção de competências e a adaptação aos desafios do chamado novo normal.»
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Catarina Correia, head of marketing and communication na CEGOC, assinala: «Ao fazer parte do grupo CEGOS, líder europeu na área de L&D [learning and development], a CEGOC entende que a partilha de estudos internacionais de relevo como este faz parte do seu ADN e da sua missão – responder ao desafio crucial de ajudar a desenvolver competências de uma forma sustentável e responsável. É por isso que recomendamos a leitura e a análise atentas dos resultados surpreendentes encontrados no estudo ‘Transformation, Skills & Learning’, que nos ajudam a antever (e a preparar) as principais tendências no campo da aprendizagem e nos recordam, agora mais do que nunca, o poder estratégico da formação e do desenvolvimento de competências, como forma de nos adaptarmos a esta nova realidade e encararmos o futuro com confiança.»
O download da totalidade dos testemunhos e do estudo completo pode ser feito aqui.