Navigator reduz horário de trabalho e garante fundo de pensões aos colaboradores

No passado dia cinco de novembro, a Comissão Executiva da The Navigator Company teve conhecimento do aviso prévio de greve dos trabalhadores da empresa que está agendada para o dia 13 de novembro, a partir das 00H00 até às 24H00 do dia 16 de novembro.

Conhecidos os objetivos da greve constantes do referido aviso prévio, a Navigator não encontra justificação para esta greve tendo em conta que reduziu o horário de trabalho de 40 para 39 horas semanais em 2019 e para 38 horas semanais a partir de 2020, e garantiu o fundo de pensões a todos os seus colaboradores e atribuiu, nos últimos cinco anos, prémios de performance que totalizaram mais de 80 milhões de euros. Mais, 58% dos colaboradores foram promovidos em termos de carreira nos últimos quatro anos.

Ao longo deste ano a empresa já distribuiu um prémio de desempenho no valor de 23 milhões de euros, o valor mais elevado na sua história, aos cerca de 3.200 colaboradores. A empresa aumentou os seus custos anuais com os colaboradores num milhão de euros, realidade que se tem refletido em aumentos generalizados nos ordenados e nos subsídios.

A atualização salarial sofreu aumentos entre 1,5% e 2%, sendo a este propósito de realçar que enquanto em Portugal o salário médio mensal é inferior a 1.000 euros, o salário médio pago pela Navigator é cerca de 2,5 vezes superior.

Foram ainda atualizados o subsídio mensal de alimentação (7,85 euros), o subsídio de infantário até aos 12 meses (70 euros) e o subsídio mensal de apoio especial aos filhos dos trabalhadores portadores de deficiência (100 euros).

Além desta atualização salarial, a The Navigator Company aumentou, também, o subsídio anual de livros para os filhos de todos os trabalhadores, entre o primeiro ciclo e o ensino superior, cujos valores se situam agora entre os 95 euros e os 340 euros, incrementando, também, para 500 euros, o valor da bolsa de estudo anual atribuída aos filhos que melhor desempenho escolar obtenham.

A este conjunto de regalias junta-se, ainda, o aumento no número de feriados de laboração contínua (pagamento de 11 feriados à taxa horária de 240%, independente da realização ou não de trabalho), a redução do número de horas de trabalho, de 40 para 39 horas semanais e de 39 horas para 38 horas em 2020, entre outros benefícios sociais concedidos a todos os colaboradores e que incluem seguro de vida, seguro de saúde e fundo de pensões.

Em 2018, a The Navigator Company comprou a fornecedores nacionais 1,2 mil milhões de euros, tendo suportado, em Portugal, um total de 102 milhões de euros em impostos.

Nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de 500 milhões de euros em Portugal e aumentou o seu efetivo em 620 novos colaboradores. É a terceira maior exportadora portuguesa e representa, aproximadamente, 1% do PIB nacional e 2,4 das exportações nacionais de bens.

No ano de 2018, a The Navigator Company registou um volume de negócios de cerca de 1,6 mil milhões euros, o que representa um incremento de 3,3% em relação a 2017.

Com vendas de 1.248 milhões de euros, o segmento de papel representou 74% do volume de negócios, a energia 10% (173 milhões de euros), a pasta também cerca de 10% (167milhões de euros) e o negócio de tissue 5% (91 milhões de euros).

 

A empresa

A The Navigator Company é um produtor integrado de floresta, pasta e papel, tissue e energia, cuja atividade está alicerçada em fábricas modernas de grande escala, com tecnologia de ponta e que constituem uma referência de qualidade no sector.

A produção de pasta e papel por parte da The Navigator Company é feita através de utilização de florestas que são plantadas exclusivamente para esse efeito. Todos os anos os seus viveiros dão vida a mais de 12 milhões de árvores. Estes viveiros, os maiores da Europa, produzem 135 espécies diferentes de árvores e arbustos, grande parte não tendo viabilidade económica, sendo financiadas pela Navigator com o objetivo e manter a diversidade e de garantir que é mantida a continuidade da espécie.

As florestas sob gestão da The Navigator Company em Portugal, por exemplo, tinham, em 2017, um stock de carbono, excluindo o carbono no solo, equivalente a 5,4 milhões de toneladas de CO2. Este montante é o equivalente às emissões que seriam geradas por 1,5 milhões de carros a percorrer uma distância equivalente ao perímetro do planeta Terra.

A The Navigator Company assumiu formalmente o compromisso de atingir a neutralidade carbónica em 2035, antecipando em 15 anos as metas estabelecidas pela União Europeia e por Portugal. Tornou-se, assim, a primeira empresa portuguesa, e uma das primeiras a nível mundial, a definir este ambicioso objetivo.

Este compromisso é o culminar de uma estratégia de sustentabilidade que já havia sido distinguida, no início de 2019, com a classificação pelo Carbon Disclosure Project (CDP) de líder global no combate às alterações climáticas, alcançando um lugar de destaque na lista A desta organização. A The Navigator Company foi reconhecida pela sua atuação, em 2018, na redução de emissões, diminuição dos riscos climáticos e desenvolvimento de uma economia de baixo impacto de carbono, sendo a única empresa portuguesa a obter a classificação máxima, integrando o lote das únicas cinco empresas a nível mundial do sector de pasta, papel e floresta que receberam esta distinção.

A empresa é a terceira maior exportadora portuguesa, representa aproximadamente 1% do produto interno bruto (PIB) nacional e 2,4% das exportações nacionais de bens, sendo a que gera o maior valor acrescentado nacional. Em 2018, a The Navigator Company teve um volume de negócios de cerca de 1,6 mil milhões de euros, cerca de 91% dos produtos do grupo são vendidos para fora de Portugal e têm por destino aproximadamente 130 países.

Com uma atividade florestal verticalmente integrada, o grupo dispõe de um instituto de investigação florestal próprio, referência mundial no melhoramento genético do eucalyptus globulus. Gere em Portugal uma vasta área florestal, 100% certificada pelos sistemas internacionais FSC (FSC C010852) e PEFC (PEFC/13-23-001). Dispõe de uma capacidade instalada de 1,6 milhões de toneladas de papel, de 1,6 milhões de toneladas de pasta (80% integradas em papel), 120 mil toneladas de tissue produto acabado, produzindo cerca de 2,5 Twh de eletricidade anualmente, sendo responsável por cerca de 4% da produção de energia de Portugal e de 52% da energia produzida a partir de biomassa.