«Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro»
Quarta edição a caminho

A quarta edição do livro «Snu e a Vida Privada com Sá Carneiro», da jornalista Cândida Pinto, chega às livrarias na próxima semana, numa altura em que estreia a longa-metragem sobre a vida da fundadora das Publicações Dom Quixote.

Texto: Redação Human

 

Editado originalmente em 2011, o livro revive uma das mais emocionantes histórias de amor já vividas em Portugal, uma história inspiradora interrompida apenas pelo trágico acidente/ atentado de Camarate, onde ambos perderam a vida. Revivendo a história de Snu e Sá Carneiro, o leitor terá ainda a oportunidade de viajar por alguns dos capítulos mais importantes da história da democracia em Portugal, nos quais Sá Carneiro era um dos protagonistas.

A «princesa que veio do frio», como se referiam a Snu, era uma mulher obstinada, forte e cheia de vida. Fundadora das Publicações Dom Quixote, criou uma linha editorial que não se cansava de enfrentar o regime com os seus famosos cadernos. A sua grande paixão desafiou todas as leis do Estado Novo, e em especial a Igreja. Por Sá Carneiro, Snu pediu o divórcio, o que era um escândalo na época. Por Snu, Sá Carneiro abandonou um casamento ultra conservador (não conseguindo nunca o divórcio). Contra tudo e contra todos, assumiram uma união de facto, muito mal vista na época, e comportavam-se como marido e mulher. Mesmo sabendo que a sua carreira política poderia ficar ameaçada, o então primeiro-ministro não desarmou nunca, chegando a dizer inclusive em 1977 que «se a situação for considerada incompatível com as minhas funções, escolherei a mulher que amo».

Com prefácio de Hanna e António Damásio, dois grandes amigos de Snu, Cândida Pinto contou com a ajuda de amigos e familiares da dinamarquesa para escrever a biografia que sucede ao documentário emitido em 2005 e que lhe valeu o «Grande Prémio Gazeta». Jornalista de rádio e televisão, Cândida Pinto é diretora adjunta de informação da RTP. Estudou Comunicação Social no Instituto de Ciências Sociais e Políticas. Começou na rádio, primeiro na Antena 1 e depois na TSF. Fez parte do grupo fundador da SIC. A 17 de setembro de 2001, passou a dirigir a SIC Notícias; posteriormente, foi diretora adjunta do «Expresso». Fez parte do grupo fundador da SIC, onde coordenou o programa «Grande Reportagem».