Os 25 anos da Primavera BSS

A tecnológica portuguesa Primavera Business Software Solutions (BSS) assinalou 25 anos de existência com um jantar de gala, no Porto, no passado dia 28 de setembro. O evento, apresentado pela comunicadora televisiva Maria Cerqueira Gomes, reuniu cerca de 500 participantes entre colaboradores, parceiros, clientes e outros convidados na sala principal do espaço Alfândega, junto ao Douro.

Um vídeo com a história de uma vida, a história de um ecossistema que irradia o espírito Primavera, abriu o evento, deixando bem marcadas as ideias de 25 anos de relações fortes com cada um dos elementos da equipa, de promover as parcerias de negócio, de apostar na transparência nas relações com os clientes e de ter a inovação no ADN.

 

Uma viagem impressionante

Jorge Batista, co-chief executive officer (co-CEO) da Primavera BSS, interveio no início, partilhando que quando viaja no tempo percebe que a viagem tem sido impressionante, a viagem de uma start-up de dois amigos, na altura com pouco dinheiro, mas com capacidade, e também com sorte, quando ainda não havia o suporte da Internet. Recordou uma ida a Paris, 1.700 quilómetros para cada lado, «num carro a cair de podre», e os contactos que fizeram. Recordou também o facto de terem acreditado no «Windows» para o software e como a introdução do Euro e o bug do ano 2000 levaram a que a empresa conseguisse milhares de clientes. E destacou como principais drivers positivos a inovação («muita inovação»), de produto, de marketing, nas pequenas coisas, e a opção por avançar por caminhos diferentes, a rede de parceiros, os clientes de todas as dimensões, a ética negocial, a aposta na colaboração científica (com destaque para a Universidade do Minho, «o grande parceiro do conhecimento, com inúmeros projetos, colaboração, estágios, mestrados…»). A Primavera «nunca se fechou numa caixinha, nunca escondeu a tecnologia, trabalhou com dezenas de empresas no desenvolvimento». «A troca é o pilar fundamental», assegurou Jorge Batista, destacando os cerca de 300 colaboradores altamente qualificados, a presença em diversos países e as dezenas de milhares de clientes. Mais de 500 mil pessoas em Portugal recebem os salários com recurso a processamento com soluções Primavera, e a empresa tem no nosso país 20% de quota de mercado, além de uma posição de destaque em África. Quanto ao futuro, a aposta é em novas soluções para a «nuvem» e na inteligência artificial (IA), e na «coragem de voltar a ser uma start-up, sem receio de inovar, de mudar o mundo».

 

Começar com a licença 10.000

Mais tarde, José Dionísio, também, co-CEO da tecnológica, destacou um cliente antigo com a licença 10.024, revelando que em 1994 resolveram logo começar com a licença 10.000. Lembrou uma terça-feira de há 25 anos, o primeiro software, desenvolvido em quatro meses, e como acreditavam que «tinham de fazer diferente». E acrescentou: «Não imaginávamos que 25 anos passados estaríamos a gerir um projeto líder em Portugal e também no exterior. Parceiros, é a palavra mágica. Vivemos o seu sucesso como vivemos o nosso, e o mesmo se passa com os erros.» Destacou ainda a relação com a Câmara Municipal de Braga, também com a Universidade do Minho, sendo que fazem parte do mesmo ecossistema, e revelou que «a corrida não era de 25 quilómetros, era e é de muitos mais.» Finalmente, falou de alguns produtos, uns em primeira versão, outros já com novas versões e em grande destaque. Manifestou a desejo de triplicar a presença em Lisboa e objetivos fortes em Angola.

Na sua intervenção, Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, revelou que foi para Braga há exatamente 25 anos. Viu como a cidade cresceu, e como cresceu com a Primavera. «A história da empresa confunde-se com a da cidade, uma cidade mais cosmopolita, aberta», disse. Partilhou a forma como testemunhou a ligação da tecnológica à Universidade do Minho, acrescentando ainda. «A cidade reconhece-se nesta empresa, um símbolo seu. Há muitas empresas tech em Braga, mas a Primavera está muito à frente.»

Dois prémios com trofeus inspirados num vulcão em erupção («Talents Awards», para colaboradores, e «Partners Awards», para parceiros) ocuparam a parte final da gala, que foi encerrada com um concerto em que a figura principal foi o maestro Rui Massena.