O livro «Seis Drones: novas histórias do ano 2045», de António Ladeira, foi lançado este mês pela editora On y va. Trata-se do segundo volume da duologia iniciada com «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045».
Texto: Redação Human
Ano: 2045. Um mundo onde os drones são simultaneamente uma necessidade vital e uma ameaça. Onde os carros autónomos são a norma e a condução convencional é proibida. Onde é ilegal possuir e ler livros em papel. Onde os aeroportos se transformam em cidades e as cidades em aeroportos. Onde há quem recupere, lentamente, da segunda ciberguerra mundial. Onde há quem, no fim da vida, descubra que tudo o que viveu foi um sonho digital; um sonho maravilhoso mas alheio, sonhado por um misterioso comité.
Com «Seis Drones: novas histórias do ano 2045», segundo volume de «contos de fadas tecnológicos», completa-se a duologia iniciada com «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045» (On y va, 2018), duologia onde a intersecção de temas como tecnologia, ética e regimes autoritários/ ditatoriais é abordada.
Estes textos serão – à sua maneira e em graus diversos – devedores das tradições literárias satíricas, fantásticas e de ficção científica. No entanto (como é frequente nessas tradições), ocupam-se de questões que não poderiam ser nem mais reais nem mais atuais, neles se identificando influências de George Orwell, de Jonathan Swift, de Franz Kafka, de Ray Bradbury e de muitos outros autores.
António Ladeira nasceu na Cova da Piedade (Almada), e 1969, tendo vivido em Sesimbra até sair de Portugal, em 1993. Licenciado em «Estudos Portugueses» (Universidade Nova de Lisboa) e doutorado em «Línguas e Literaturas Hispânicas» (Universidade da Califórnia), é professor de literaturas lusófonas e diretor do programa de português da Texas Tech University, nos Estados Unidos (lecionou também na Universidade de Yale, onde foi leitor do Instituto Camões, e no Middlebury College).
Os seus interesses académicos (publicações em revistas como «Colóquio-Letras», «Vértice», «Relâmpago», «Luso-Brazilian Review», «Hispania», «Bulletin of Hispanic Studies», etc) incluem as literaturas da diáspora portuguesa nos Estados Unidos e no Canadá e as representações do género e da masculinidade nas literaturas contemporâneas de Portugal e Brasil.
Publicou os livros de poesia «As Sombras do Silêncio» (Produções Derrame, 1987), «Todas as Línguas São Estrangeiras» (O Contador de Histórias, 1995), «A Minha Cor Favorita É a Neve» (Escritor, 2000), «Eu Vi Jardins no Inferno» (Palimpsesto, 2010) e «Somos Infelizes» (Licorne, 2018). E ainda os livros de contos «Os Monociclistas e outras histórias do ano 2045» e «Seis Drones: novas histórias do ano 2045» (On y va, 2018).
Fez rádio, é tradutor, colaborou no «DN Jovem» e foi crítico literário no «Diário de Notícias». É letrista do cantor-compositor luso-brasileiro Felipe Fontenelle e da cantora de jazz norte-americana Stacey Kent, nomeada para os Grammy.