Conclusões da «Workplace Design Conference»

A Associação Portuguesa de Facility Management (APFM) apresentou as conclusões da «Workplace Design Conference», promovida pelo 3g Smart Group em Lisboa, no passado dia sete, em colaboração com a Atrevia.

Num documento da associação pode ler-se: «O mundo do trabalho tem vindo a mudar consoante a evolução dos tempos, e a verdade é que hoje, por exemplo, em diversas áreas já não é necessário um local físico obrigatório onde o colaborador exerça as suas funções. Aqui abordaram-se as tendências da transformação dos espaços e workplace, composta pela nova era digital e por uma sociedade comprometida com a sustentabilidade, o bem-estar, a felicidade e o impacto social.»

 

Contexto e chaves da transformação positiva

No primeiro painel, moderado por Catarina Carvalho, diretora executiva do «Diário de Notícias», estiveram presentes Manon Rosenborn Alves, managing director da Reinvent Yourself, Henrique Martins, chief executive officer (CEO) da Cognitive, David Valero Compte, sales director in major accounts da Ricoh Spain & Portugal, e Sofia Calheiros, executive coach.

Manon Alves, a propósito do tema employer branding and personal branding, referiu que «existe um grande capital de marketing grátis nas empresas que não é aproveitado», sugerindo que mais do que investir em grandes campanhas publicitárias ou de marketing é necessário investir nos colaborados enquanto embaixadores de marca. Por sua vez, Henrique Martins realçou a importância de «adequar os espaços usando a tecnologia que permite captar e reter o talento da organização».

Sobre a transformação dos espaços e o seu impacto nas organizações, David Valero Compte destacou três desafios das empresas: inovar, cocriar e colaborar. Referiu ainda que «a colaboração já não é uma opção, é sim estratégica e produtiva». Por fim, Sofia Calheiros apresentou um novo projeto, denominado «Call Coaching», uma ferramenta de auxílio aos líderes, sobretudo útil para a tomada de decisões.

 

A visão do líder na transformação positiva

O segundo painel foi moderado por Susana Branco, service designer da Busigners, que procurou as chaves para garantir que a transformação tem um impacto positivo nas pessoas e para que sirva como uma alavanca para a criação de um mundo melhor. Participaram Fernando Resina da Silva, sócio da Vieira de Almeida & Associados, Vítor Virgínia, managing director da MSD Portugal, Ana Margarida Ximenes, presidente da Atrevia Portugal, Miguel Amaro, administrador da EDP Imobiliária e da EDP Valor, e Carlos Aguirre, diretor de operações na 3gSmart Group.

Sobre a transformação do local de trabalho e o impacto na produtividade do trabalho, Fernando Resina da Silva referiu que «é mais fácil levar a cabo um processo de transformação começando com elementos sensoriais e só depois indo para as mudanças comportamentais». Deu o exemplo da Vieira de Almeida & Associados: «Aproveitámos a nossa mudança física para aplicar novas mudanças e fazer outro tipo de alterações. Hoje comunicamos mais, sorrimos mais e somos mais solidários uns com os outros. Não conseguimos adaptar o ambiente a cada colaborador, mas podemos identificar tipologias de pessoas e criar espaços de acordo com essas tipologias, criando um equilíbrio entre individualidade e uniformidade.»

No final do evento, Jorge Afonseca, diretor na 3g Office Portugal, lançou um desafio aos líderes, questionando-os sobre como podemos começar o processo de transformação.

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