O grupo IWG, detentor de insígnias de coworking como Regus e Spaces, realizou um estudo que revela que 55% dos portugueses trabalha mais de dois dias por semana fora do escritório da empresa, recorrendo a outros espaços.
Durante décadas, as empresas optaram por escritórios com uma localização fixa e um horário das nove às 18. Mas um número sem precedentes de empresas está agora a adotar um modelo de trabalho muito diferente, conforme revela o estudo.
O estudo (realizado junto de mais de 18 mil profissionais de 96 países de todo o mundo) revela que 55% dos portugueses trabalham 2,5 dias por semana fora do escritório, 11% trabalha fora do escritório da empresa cinco dias por semana e 25% desenvolve a sua atividade em outros espaços pelo menos uma vez por semana.
Mark Dixon, fundador e chief executive officer (CEO) do grupo IWG, assinalou: «Profissionais de Seattle a Singapura, de Londres a Lagos, já não precisam de um espaço específico. Estamos a entrar na era dos espaços de trabalho flexíveis, o que é muito excitante. Não só para os funcionários das empresas, como também para os empresários. Isto é uma grande mudança no mundo do trabalho a nível global, e os empresários estão a avaliar o que esta tendência significa para as suas empresas.»
Segundo o estudo, os empresários portugueses reconhecem que oferecer locais de trabalho flexíveis aos colaboradores lhes traz inúmeros benefícios. 93% concorda que este novo modelo incrementa o crescimento dos negócios e 96% defende o aumento da competitividade. O trabalho flexível também ajuda à produtividade (70%), além de permitir a atração de novos talentos (76%) e maximizar o lucro (88%).
Por outro lado, 77% dos empresários referem que estão a optar por espaços de trabalho flexíveis a pedido dos colaboradores.
De salientar ainda que Portugal está acima de média global (dos países inquiridos para o estudo), uma vez que os resultados mostram que 53% dos profissionais trabalham 2,5 dias por semana fora do escritório.
O estudo, monitorizado pela MindMetre Research, concluiu que o trabalho flexível aumenta a produtividade, a satisfação no trabalho e até a criatividade. A isto somam-se as vantagens financeiras e estratégicas para as empresas.
De assinalar ainda que 61% dos empresários portugueses inquiridos nasceram entre 1965 e 1980. Foram ouvidos 100.