Em parceria com a Universidade Aberta (UAb), a RHmais promoveu na manhã da passada quinta-feira, dia 24, a quinta edição dos «Momentos Singulares», dedicada à dicotomia associada às redes sociais enquanto ferramentas de comunicação das organizações. Em debate no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Lisboa, estiveram oradores de diversas áreas de atividade profissional, cujo denominador comum é a gestão da comunicação através de plataformas digitais.
«As Redes Sociais e as Organizações: Valor Acrescentado ou Dor de Cabeça?» foi o mote lançado por Paulo Loja, diretor comercial e de marketing estratégico da RHmais, e por José António Porfírio, pró-reitor da UAb, moderadores do painel que reuniu António Filipe Pimentel (diretor do Museu Nacional de Arte Antiga), Cecília Carmo (diretora de comunicação do Comité Olímpico de Portugal), Mónica Quartim (social media manager da TAP Air Portugal), Paula Figueiredo (diretora de mercado e cliente da Worten) e Vanessa Andrade (diretora da ALICE, YoungNetwork).
A opinião dos oradores no que respeita aos prós e contras, ao valor acrescentado ou à dor de cabeça trazida pelo «Facebook», pelo «Instagram» e pelo «Twitter» (entre outras ferramentas) foi consensual. Por um lado, as redes sociais têm um alcance elevado, permitem segmentar o público-alvo das mensagens e criam ou reforçam relações com os clientes ou consumidores, constituindo canais de comunicação que implicam um investimento relativamente baixo. Por outro lado, o risco associado a avaliações menos positivas feitas a partir de perfis pessoais dos colaboradores, facilmente transferíveis para a marca ou a empresa, assim como a visibilidade incontornável de críticas negativas e de comentários pejorativos que se podem tornar virais, integram o revés destes novos media.
Os «Momentos Singulares» fazem parte do protocolo de parceria estabelecido entre a RHmais e a Universidade Aberta, que visa contribuir para uma maior interligação entre o mundo empresarial e o mundo académico, promovendo o conhecimento.
Deixamos a seguir algumas citações dos oradores do debate:
– António Filipe Pimentel: «As redes sociais são fundamentais. Vivemos num mundo de comunicação informal e as redes sociais têm um papel importante, visto que a sociedade que está carregada de informação e estas permitem às pessoas escolher e ter liberdade.»
– Cecília Carmo: «As organizações não usam as redes sociais apenas para resolver problemas dos clientes. Temos de ter muita atenção tanto à forma como respondemos como ao modo de transmitirmos as nossas mensagens. É importante balizar aquilo que comunicamos. Não podemos defraudar expectativas.»
– Mónica Quartim: «É necessário adequar o tom e a forma de atender as pessoas em função do canal e da sua dinâmica, assim como do target que utiliza o mesmo. As redes sociais são vistas como um meio muito mais imediato, pelo que o tempo de resposta é muito importante.»
– Paula Figueiredo: «Transmitir os valores da marca, comunicar conteúdos relevantes e dar suporte são os principais propósitos das redes sociais. Mas têm riscos: as redes sociais são um canal muito visível e comentários negativos podem tornar-se virais.»
– Vanessa Andrade: «O papel das redes sociais é criar relações com as comunidades que estamos a construir a partir de um interesse comum. Temos de trabalhar esta relação e a consistência é fundamental, porque a comunicação é diária. Somos humanos a falar com humanos, pelo que, para o digital, não existem receitas nem um pacote-chave que caiba a todos.»