«ICF Converge 2017»

A executive coach Ana Teresa Penim, presente no «ICF Converge 2017», em Washington DC (Estados Unidos), partilha com a «human» e a sua comunidade testemunhos, curiosidades e novidades do maior evento global sobre coaching.

A ICF é a International Coach Federation.

 

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«ICF Converge 2017»

Dia 1: Inspiração, diversidade e cocriação

Por Ana Teresa Penim

 

«Estamos a fazer as perguntas corretas?» Foi esta a questão impactante com que o keynote speaker Hal B. Gregersen, diretor executivo do MIT Leadership Center, abriu a sessão plenária do «ICF Converge 2017», dirigindo-se a uma sala imensa com mais de 1.500 coaches provenientes de 62 países.

Tal como haviam referido Magdalena N. Mook (Polónia), executive director e chief executive officer (CEO) da ICF, e Hilary Oliver (Reino Unido), chair da ICF Global Board, alguns minutos antes, na sessão de abertura, a grande novidade desta edição do evento é a dinâmica de cocriação e interação com os participantes, que até serviu de critério à escolha dos oradores e dos temas.

Por isso, também Hal B. Gregersen foi colocando aos participantes uma série de perguntas poderosas sobre as suas práticas de coaching e as práticas de liderança dos seus clientes.  Perguntas que despertaram silêncios, aplausos e debates entre os participantes. Gregersen desafiou coaches e líderes a descobrirem onde  erram, a experimentarem o desconforto e a escutarem mais.

Robert Biswas-Diener (Estados Unidos), autor de vários livros, dos quais destaco e recomendo «Practising Positive Coaching», defendeu de forma acérrima que a prática do coaching deve estar suportada por conhecimento científico. Diener desafiou os coaches a observarem e partilharem o que corre mal nas suas práticas, tendo em vista um debate mais sincero e aberto no seio da comunidade. A ICF Portugal está por isso de parabéns ao promover, de forma sistemática, os workshops em que os coaches debatem as suas dúvidas.

Na apresentação de Diener ficou bem clara a importância dos vários tipos de atenção aplicadas ao coaching.

E porque a liderança é uma questão da maior relevância, confrontando-se hoje em dia com um contexto e com situações altamente desafiadoras e inesperadas, a apresentação de Lisa Hale (Estados Unidos) revelou uma especial sensibilidade, com o tema «Bringing Leadership Home: the art of fierce ownership». Um modelo que ilustra a relação entre ter medo, esconder-se e culpabilizar-se.

Jacinta Jiménez (Estados Unidos) convidou a uma interessante reflexão sobre motivação e mudança, ainda que as perspetivas apresentadas não tenham sido propriamente inovadoras.

Interessante também a dinâmica criada por Marta Koonz (Estados Unidos), para que os participantes pudessem identificar as características e as aplicações mais adequadas de uma série de instrumentos de assessment ao coaching e ao team coaching.

Muitos foram os coaches que quiseram conhecer mais dicas e truques para otimizarem a sua presença na Internet, no workshop sobre o tema, como por exemplo: nunca partilhe algo de outrem sem fazer o seu próprio comentário.

Aspeto tão importante como as 31 apresentações e workshops que o dia contemplou, colocando-nos perante desafiadoras tomadas de decisão sobre qual a sala a escolher em cada momento, foi o networking entre participantes e as interações com os expositores, com soluções, ferramentas e formações em coaching provenientes de várias partes do mundo.

E porque também eu tenho que tomar a dolorosa decisão de concluir, deixo uma curiosidade…

Descobri hoje que o Departamento de Defesa do Governo Norte-americano tem 160 coaches internos, com formação certificada pela ICF. Afinal, parece que o mundo pode estar mais descansado…

Darei mais notícias.

Até breve!