No palco do Teatro Aberto, em Lisboa, a peça «O Pai», que tem encenação de João Lourenço, está a revelar-se um verdadeiro êxito. Tanto que a sua carreira acaba de ser prolongada até 12 de março. O autor do texto, o dramaturgo francês Florian Zeller, já marcou presença.
Por Francisca Rodrigues
Depois de o ministro da Cultura e o primeiro-ministro terem já assistido ao espetáculo, será a vez de o presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, marcar presença na Praça de Espanha, em princípio no próximo dia 26.
«O Pai» tem versão de João Lourenço e Vera de San Payo de Lemos (que assina a dramaturgia). Os cenários estão a cargo de António Casimiro e João Lourenço, os figurinos de Dino Alves, a luz de Alberto Carvalho e João Lourenço e o vídeo de Luís Soares. No elenco surgem Ana Guiomar, João Perry, João Vicente, Patrícia André, Paulo Oom e Sara Cipriano
Na casa do palco do Teatro Aberto, o pai não sabe onde deixou o relógio, nem sequer em que casa está. E suspeita de que andem a roubá-lo. Inclusive de que lhe queiram ficar com a casa. O tempo, o lugar, as pessoas, o mundo à sua volta, tudo isso, tudo se torna cada vez mais estranho. Mas quem é que está esquecido, confuso, errado? Será mesmo o pai? Ou será a filha? Ou até o genro? Ou outros que aparecem para ajudar?
No labirinto em que a vida se transformou, são muitas as encruzilhadas. É sobre isso que nos é despertada a reflexão. Porque as grandes questões da existência irrompem na normalidade do quotidiano, sendo certo que é preciso encontrar soluções para a perda de autonomia, para o desvanecer da identidade e também para a solidão. E é preciso continuar a viver.
A peça é apresentada de quarta a sábado às 21H30 e aos domingos às 16H00. Preços (euros): Inteiro – 15; Jovem (até 25 anos) – 7,5; Sénior (mais de 65 anos) – 12. Reservas: tel. 213 880 089; e-mail bilheteira@teatroaberto.com.
Disponibilizamos quatro vídeos abaixo.