Grandes mudanças para os próximos cinco anos

Uma iniciativa anual da IBM denominada «IBM 5 in 5», cuja mais recente edição teve os seus resultados revelados já este mês, mostra cinco inovações científicas e tecnológicas que se prevê venham a mudar a forma como as pessoas irão trabalhar, viver e interagir nos próximos cinco anos. Baseia-se em tendências sociais e de mercado, bem como nas tecnologias emergentes dos laboratórios de investigação e desenvolvimento (I&D) da empresa um pouco por todo o mundo que tornam estas transformações possíveis.

As cinco inovações são as seguintes:

– Saúde mental – Daqui a cinco anos, o que dizemos e escrevemos será usado como indicador da nossa saúde mental e do nosso bem-estar físico. Padrões de fala e de escrita analisados ​​pelos novos sistemas cognitivos, como o «IBM Watson», irão fornecer sinais fidedignos de um estágio inicial de doença mental e neurológica, o que pode ajudar a melhor prever, monitorizar e acompanhar estes distúrbios.

– Visão de super-herói – Novos dispositivos de imagem, que tiram partido de tecnologias de hyperimaging e inteligência artificial (IA), irão permitir dentro de cinco anos ver amplamente além do domínio da luz visível, combinando várias bandas do espectro eletromagnético para revelar informações valiosas ou potenciais perigos que, de outra forma, estariam ocultos aos nossos olhos. Mais importante ainda, esses dispositivos serão portáteis e acessíveis, de tal modo que a visão de super-herói tornar-se-à parte das nossas experiências diárias. Por exemplo, estes novos dispositivos tornar-se-ão imprescindíveis para o tráfego automóvel ou como ferramentas de apoio a carros autónomos.

– Entender a complexidade da Terra – Devido à Internet of Things (IoT), novas fontes de dados surgem de milhões de objetos conectados (frigoríficos, lâmpadas e até sensores remotos como drones, câmaras ou satélites). Já existem mais de seis mil milhões de dispositivos conectados, que geram dezenas de exabytes de dados por mês, com uma taxa de crescimento de 30% ao ano. Depois da digitalização de informações, transações comerciais e interações sociais, assistimos agora ao processo de digitalização do mundo físico que nos rodeia. Em cinco anos, usaremos algoritmos de machine learning e de software que nos ajudarão a organizar informações sobre o mundo físico para dar uma nova visão e uma nova compreensão a todos  esses dados. A este instrumento chamamos «macroscópio» – ao contrário do microscópio que permite ver a uma escala mínima, ou do telescópio, que aproxima o que está longe, é um sistema de software e algoritmos que irá reunir todos os dados complexos da Terra e analisar o seu significado.

– Detetives para despistar doenças à nanoescala – Em cinco anos, novos laboratórios médicos (lab-on-a-chip) servirão como detetives de nanotecnologia para a saúde – rastreiam pistas invisíveis nos fluidos corporais e informam imediatamente se temos razões para consultar um médico. O objetivo é reduzir a um único chip de silício todos os processos necessários para analisar uma doença que normalmente seria realizada num laboratório de bioquímica em grande escala. Esta tecnologia poderá em última instância ser incorporada num dispositivo portátil conveniente de modo a permitir que as pessoas, rápida e regularmente, meçam a presença de biomarcadores em pequenas quantidades de fluidos corporais, a partir de casa, enviando esta informação por streaming a partir da cloud.

– Detetar a poluição à velocidade da luz – Daqui a cinco anos, novas tecnologias de deteção de gases, implementadas perto de poços de extração de gás natural, nas instalações de armazenamento e ao longo de condutas de distribuição, permitirão que a indústria identifique em tempo real esses vazamentos invisíveis. Redes de sensores de IoT, conectadas de forma wireless à cloud, fornecerão uma monitorização contínua da vasta infraestrutura de gás natural, permitindo que estes vazamentos sejam detetados numa questão de minutos em vez de semanas, reduzindo a poluição e os resíduos e a probabilidade de eventos catastróficos.
Nota: mais informações sobre a iniciativa «IBM 5 in 5» aqui.