A Inetum é um dos principais players europeus em serviços digitais, apoiando empresas e instituições na sua transformação digital. Tem cerca de 27 mil colaboradores em 19 países, destacando-se a forte presença europeia e uma visão global, mantendo o princípio de proximidade com mais de 140 escritórios.
Texto: Redação «human» Fotos: DeF
«Portugal é um dos quatro países estratégicos do grupo, com papel central na criação de talento e na prestação de serviços especializados para toda a Europa», explica Suzel Caldas, Chief People Officer no nosso país, onde trabalham cerca de dois mil profissionais. A responsável destaca que são «um dos maiores empregadores do sector tecnológico no país», sendo que «esta dimensão reflete não só a liderança no mercado nacional, mas também a importância estratégica de Portugal como hub de conhecimento e serviços para mercados como França, Bélgica e Espanha». A sede global da Inetum é em França, enquanto a sede em Portugal se encontra em Lisboa (havendo ainda presença no Porto, em Bragança e na Covilhã).
Suzel Caldas assinala que na Inetum acreditam que «as pessoas são, e continuarão a ser, o centro da transformação digital e que a experiência dos talentos é determinante para o sucesso da organização». Mais: «A complementaridade das nossas práticas – que combinam oportunidades de desenvolvimento contínuo, flexibilidade alinhada ao propósito da empresa e formação – cria um ambiente saudável, focado no bem-estar e na inclusão.»
Em termos de práticas de recursos humanos (RH), a responsável deixa alguns exemplos:
– Jornada de desenvolvimento contínuo – «Investimos na capacitação dos profissionais através de diferentes canais ou ferramentas de desenvolvimento de talento e potencial. Na Inetum Learning Academy há centenas de cursos técnicos e de soft skills, desenvolvidos in-house. E com a plataforma SkillUp repensámos a aprendizagem digital, centrada na individualidade de cada pessoa (learner centric). Refiro ainda os programas de mentoria e os planos personalizados de carreira, e as academias internas para áreas críticas como SAP, Cloud, IA [inteligência artificial] e Cibersegurança.»
– Ambiente de trabalho seguro (flexibilidade e integração trabalho-vida pessoal) – «Assenta numa liderança que o pratica e incentiva e está alicerçado na flexibilidade de realizar o trabalho com autonomia e responsabilidade, para melhor servirmos os clientes e sermos cada vez mais embaixadores do work-life integration.»
– Importância da empatia (diversidade e inclusão) – «É uma prioridade estratégica e monitorizamos a forma como a fazemos ser essencial. Trabalhamos com mais de 30 nacionalidades e quatro gerações, promovendo igualdade de género através do programa Women@ Inetum. Assinámos a Carta Portuguesa para a Diversidade e estabelecemos parceria com a PWN Lisbon, reforçando o compromisso com um sector tecnológico mais inclusivo. Temos a ambição de atingir 50% de representatividade feminina a curto prazo. E também promovemos a inclusão de pessoas com deficiência através do programa (Dis)Ability.»
– Reconhecimento e proposta de valor – «Nos últimos dois anos, fomos distinguidos como Top Employer Europa e Portugal, o que reflete práticas avançadas de gestão de pessoas e uma proposta de valor que evoluiu muito nos últimos anos: flexibilidade, mobilidade internacional, impacto social (Dia do Voluntariado) e oportunidades reais de crescimento. A nossa cultura assenta na rapidez, na simplicidade e no impacto – valores que orientam as nossas ações.»
Para Suzel Caldas, atendendo aos crescentes desafios do sector onde a Inetum opera, é essencial continuar a melhorar a proposta de valor para as pessoas.

Suzel Caldas destaca também a formação na Inetum, detalhando dois tópicos. Primeiro, a formação em IA, com o programa global Do You Speak GenAI? – «Foi lançado para formar os nossos talentos em GenAI, num investimento que reforça competências digitais e prepara as equipas para integrar as mais recentes disrupções tecnológicas», diz. «Além de melhorar a eficiência interna, contribui para que os talentos se sintam confiantes e preparados para liderar projetos inovadores junto dos clientes.». Depois, o programa One Team, para formação de líderes, sobre o qual partilha: «O processo de transformação acelerada trouxe a necessidade de alinhar a cultura – Inetum Way. Materializar a cultura de uma organização com a dimensão da nossa implica alinhamento constante e consistência top-down. Este programa tem vindo a capacitar as lideranças nos nossos princípios e valores. É disruptivo, assenta na formação experiencial e o seu impacto é evidente na gestão dos talentos, aumentando a produtividade e criando um ambiente mais humano e adaptado às necessidades individuais.»
Segurança emocional
Numa «cultura de segurança emocional», é comum os colaboradores da Inetum «participarem com sugestões ou preocupações», explica Suzel Caldas. E adianta: «A escuta ativa é um pilar da nossa cultura e um dos fatores que sustentam a nossa proposta de valor. Ouvir é mais do que recolher opiniões: é criar espaços de diálogo, transparência e participação. Implementámos vários mecanismos que garantem que a voz dos colaboradores influencia decisões e práticas.»
Eis alguns exemplos: Your Voice (ver caixa); Idea Box (plataforma aberta à inovação interna, onde qualquer pessoa pode propor ideias para melhorar processos, produtos ou iniciativas de bem-estar); Let’s Connect (sessões trimestrais on-line com Q&A direto com a liderança, promovendo proximidade e transparência); Feedback contínuo (ciclos regulares de acompanhamento e momentos de avaliação, para alinhar expectativas e apoiar o desenvolvimento individual); Canais colaborativos (fóruns internos e comunidades digitais no Viva Engage, que incentivam a partilha de conhecimento e boas práticas entre equipas); Breakfast with Purpose (reunião informal com o chief executive officer, CEO, de diferentes profissionais, para partilhar ideias em primeira mão com a Direção da empresa). O objetivo, segundo a responsável, é simples: «Garantir que cada pessoa se sente ouvida, valorizada e parte ativa na construção do futuro da Inetum.» Aliás, muitas das políticas da empresa «nasceram do feedback direto das equipas», faz notar.
Suzel Caldas refere ainda «o compromisso com uma inovação responsável e ética, sobretudo no uso da IA». E diz: «Acreditamos que a tecnologia deve andar lado a lado com os valores humanos, promovendo inclusão, transparência e impacto positivo.» Destaca também a abordagem B2B2Society, que «orienta a atuação da Inetum para criar valor para as empresas e para a sociedade». Finalmente, uma nota, sobre o tema da saúde mental, «prioridade na estratégia de bem-estar» da Inetum: «Sedimentar o ambiente seguro e empático, onde cada pessoa se sinta apoiada, é o alicerce para uma cultura de inclusão e respeito. Este ano lançámos a campanha Fica 8 Minutos, inspirada na regra dos 8 minutos, para reforçar que pequenos gestos – como ouvir, perguntar ou estar presente – podem fazer a diferença. É um convite à ação e à construção de uma cultura onde cuidar da saúde mental é responsabilidade de todos.»
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EM FOCO
Uma experiência de colaborador mais rica
Para a Chief People Officer da Inetum em Portugal, atendendo aos crescentes desafios do sector onde operam, é essencial continuar a melhorar a proposta de valor para as suas pessoas. Essa proposta, diz, «reflete as mudanças no mercado e as expectativas das novas gerações, integrando dimensões que tornam a experiência do colaborador mais rica, flexível e alinhada com o propósito da empresa». E destaca alguns tópicos:
– Flexibilidade e integração trabalho-vida – «Substituímos o conceito tradicional de work-life balance por work-life integration, para que cada colaborador desenhe o seu dia com maior autonomia, sem comprometer produtividade.»
– Formação contínua e mobilidade – «Reforçámos a aposta em programas de up skilling e reskilling por trabalharmos de forma global, exigindo às equipas o conhecimento de vários idiomas, e disponibilizamos uma plataforma de aprendizagem de línguas, a GoFLuent).»
– Propósito e impacto social – «Iniciativas como o Dia do Voluntariado, que dá a cada colaborador um dia por ano para apoiar causas sociais, reforçam a ligação entre os nossos valores e a comunidade.»
– Diversidade e inclusão – «São pilares estratégicos, promovendo a igualdade de género e a inclusão de pessoas com incapacidade.»
– Reconhecimento e bem-estar – «Os reconhecimentos que obtivemos refletem práticas avançadas de gestão de pessoas e uma cultura que valoriza a saúde mental, o equilíbrio e o desenvolvimento.»
– Escuta ativa – «Através do Your Voice, a nossa pesquisa anual de engagement’ recolhemos feedback direto das equipas para ajustar políticas e lançar novas iniciativas. Assim, as decisões refletem as expectativas e necessidades dos colaboradores.»
