A Mastercard divulgou novos dados do seu estudo global sobre segurança digital, realizado em parceria com a Harris Poll, que abrange 13 mercados, incluindo cinco países europeus (Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha).
Depois de em outubro ter revelado que a cibersegurança é um tema cada vez mais presente no quotidiano dos europeus, os mais recentes resultados mostram como esta preocupação se intensifica durante a época festiva – um período em que a conveniência das compras on-line convive com novos riscos, mas as atitudes mudam – e nem sempre para melhor.
O inquérito abordou temas centrais:
Hábitos de segurança: a Mastercard identifica padrões globais nas práticas de utilização de passwords, na adoção de biometria e na prevenção de burlas – oferecendo uma visão sobre a forma como as pessoas protegem a sua vida digital.
Confiança digital: os insights recolhidos em toda a Europa mostram como a tecnologia pode ajudar a reduzir o fosso da confiança, permitindo que os indivíduos se sintam mais seguros e confiantes nas suas interações on-line.
Inteligência Artificial (IA) e Cibersegurança: o aumento de conteúdos gerados por inteligência artificial está a suscitar novas preocupações, sobretudo porque muitos consumidores sentem que não têm capacidade para identificar e responder às ameaças emergentes.
Compras na época festiva e segurança: com a aproximação do período festivo, o estudo revela de que forma os consumidores equilibram conveniência e prudência – dando prioridade à segurança enquanto gerem os seus gastos sazonais.
As principais conclusões sobre a fase de compras de fim de ano são as seguintes:
Comportamentos de pesquisa e compra: os europeus compram em websites desconhecidos – mesmo desconfiando deles (durante a época festiva, 72% dos consumidores compram em websites desconhecidos, mas apenas cerca de metade faz uma pesquisa rigorosa antes de avançar; 12% admitem não fazer qualquer pesquisa, 12% fazem apenas uma verificação mínima, 23% realizam uma análise moderada, 25% fazem uma pesquisa extensiva e apenas 28% evitam totalmente lojas não familiares).
Grau de cuidado durante a época festiva: apesar de 31% afirmarem que são mais cuidadosos nesta fase do ano, 57% mantêm os mesmos hábitos e 12% tornam-se até menos cautelosos (promoções relâmpago, prazos curtos e pressão para encontrar o «presente perfeito» levam frequentemente a decisões mais impulsivas).
Práticas de segurança: muitos consumidores afirmam adotar hábitos de segurança on-line mais robustos durante a época festiva, mas nem todos os cumprem (30% dos consumidores europeus verificam os extratos bancários com maior frequência durante a época de compras, 22% analisam com mais atenção a segurança dos websites e 18%utilizam métodos de pagamento diferentes nesta altura para reforçar a proteção; ao mesmo tempo, 14% admitem estar mais dispostos a experimentar websites desconhecidos em busca de promoções e 11% dizem estar mais dispostos a ignorar avisos ou a fazer compras através de Wi-Fi público; 37% não alteram os seus hábitos de segurança de forma alguma).
Sinais de alerta que afastam os consumidores: preços demasiado baixos (51%), erros ortográficos ou gramaticais na página (51%), website com aspeto pouco profissional (45%), pedido de informação pessoal desnecessária (44%), ausência de avaliações ou comentários (43%).
Experiências negativas são comuns: apesar da intenção de serem cautelosos, muitos consumidores acabam por enfrentar problemas: 14% dizem que as encomendas nunca chegaram, 10% receberam produtos contrafeitos, 8% foram cobrados incorretamente, 8% tiveram os seus dados de pagamento comprometidos; ainda assim, 64% afirmam não ter tido incidentes nas compras anteriores.
Apesar destes resultados, os primeiros resultados de outubro já eram claros: 72% dos europeus estão mais preocupados com a cibersegurança do que há dois anos, e dois terços (66%) consideram mais difícil proteger os seus dados on-line do que garantir a segurança das suas próprias casas. A maioria (53%) pensa no tema uma ou mais vezes por semana e quase metade (49%) discutiu assuntos ligados a cibersegurança com a família no último mês.
Para a época natalícia que se aproxima, a Mastercard reuniu sete passos simples e práticos para ajudar a proteger dados pessoais e financeiros, mantendo a conveniência das compras on-line. Quer se trate de adquirir presentes para familiares e amigos, quer de compras pessoais, estas medidas contribuem para uma experiência mais segura e tranquila.
Compras sem stress e sem burlas:
São as seguintes as sete medidas inteligentes da Mastercard para compras sem stress e sem burlas:
1. Utilizar palavras-passe fortes Considerar a palavra-passe como a chave da porta de entrada – não seria distribuída a estranhos. Criar uma palavra-passe única para cada conta, combinando letras, números e símbolos. Evitar nomes de animais de estimação ou datas de aniversário, frequentemente adivinhados por cibercriminosos. Um gestor de palavras-passe pode ajudar a organizar todas as credenciais.
2. Reforçar a segurança com autenticação de dois fatores (2FA) Mesmo a melhor palavra-passe pode ser comprometida. A autenticação de dois fatores acrescenta uma camada adicional de proteção, como um código enviado para o telemóvel, dificultando significativamente o acesso indevido. Ativar a autenticação multifator sempre que possível.
3. Comprar apenas em websites seguros Verificar se o endereço do website começa por https:// e se apresenta o ícone do cadeado antes de inserir dados pessoais ou de pagamento. Na ausência destes elementos, ou caso o site pareça suspeito, deve evitar-se avançar com a compra. Uma experiência segura começa por identificar plataformas fiáveis.
4. Evitar preços «bons demais para ser verdade» Burlões recorrem frequentemente a preços irrealistas para atrair consumidores, sobretudo em produtos de elevada procura. Ao comprar em retalhistas desconhecidos, é recomendável consultar avaliações online e confirmar a legitimidade da entidade.
5. Partilhar apenas o essencial Ser criterioso quanto aos dados pessoais fornecidos. Preencher apenas os campos necessários para concluir a compra. A tecnologia de tokenização da Mastercard protege os dados de pagamento, substituindo o número real do cartão por um token digital seguro que não é partilhado com o comerciante.
6. Monitorizar contas em tempo real Acompanhar regularmente movimentos bancários e transações de cartão para detetar cobranças suspeitas. Ativar alertas instantâneos por SMS ou aplicação permite ser informado de imediato sobre atividade inesperada, funcionando como um mecanismo adicional de vigilância financeira.
7. Estar atento a conteúdos gerados por IA Burlões utilizam cada vez mais inteligência artificial para criar vozes, imagens e vídeos falsos com aparência convincente. Perante pedidos urgentes de pagamento – mesmo quando parecem vir de alguém conhecido –, confirmar sempre a autenticidade da solicitação através de um contacto fiável antes de agir.
Compromisso com a cibersegurança
Ao longo dos anos, a Mastercard reforçou significativamente o seu compromisso com a cibersegurança, através de aquisições, ferramentas inovadoras e parcerias estratégicas – investindo mais de 10,6 mil milhões de dólares em inovação nesta área desde 2018. Recentemente, comprou a Recorded Future, a maior empresa de inteligência de ameaças do mundo. A Mastercard está focada em estabelecer um standard superior de confiança no ecossistema de pagamentos, democratizando o acesso à cibersegurança para gerar novas oportunidades para as empresas. A sua oferta de serviços de cibersegurança inclui avaliação de exposição ao risco cibernético, soluções baseadas em IA e outras inovações tecnológicas para proteger o ambiente digital, e avanços contínuos na organização da confiança para pessoas e empresas a nível global.
No centro deste esforço está o European Cyber Resilience Centre (ECRC, ver aqui), um centro dedicado à colaboração e liderança em cibersegurança. O ECRC reúne os sectores públicos e privados com o objetivo de proteger a rede da Mastercard, salvaguardar os clientes e reforçar a cooperação com os reguladores. Através da partilha de inteligência sobre ameaças, análise avançada e colaboração com as autoridades, o ECRC lidera uma resposta coordenada contra ameaças digitais.
Ao analisar milhares de milhões de transações em tempo real, a Mastercard impediu 50 mil milhões de dólares em fraude nos últimos três anos, monitoriza 32 milhões de eventos de risco por dia e recorreu à IA generativa para detetar cartões comprometidos duas vezes mais depressa.
