Formação sem autonomia hipoteca o futuro e a competitividade das empresas

Texto: Sandra Henriques Imagem: Freepik

O mercado de trabalho mudou radicalmente e isso exige que os profissionais evoluam junto com ele. Inteligência artificial (IA), automação e novas formas de colaboração exigem profissionais que pensem criticamente, que questionem o status quo e que se adaptem com autonomia – não apenas que cumpram ordens. A realidade é clara: o talento que se limita a obedecer está condenado à irrelevância.

É nesse contexto que se percebe a insuficiência de uma formação que apenas transmite conteúdos. É preciso desenvolver autonomia, pensamento estratégico e capacidade crítica – competências que vão muito além de gerar horas ou preencher requisitos de compliance.

Uma verdadeira cultura de aprendizagem não se agenda: vive-se. Ela infiltra-se na arquitetura da empresa, moldando decisões, abordagens e a forma como as responsabilidades são assumidas. Organizações presas a métricas de presença ou horas de formação ignoram o que realmente importa: o impacto real no comportamento e na mentalidade da equipa.

Mudar este paradigma exige coragem institucional. Os líderes devem criar espaços seguros para o desconforto intelectual, onde perguntas difíceis são bem-vindas e a crítica construtiva é rotina. Aprender é liberdade e responsabilidade pessoal. É desaprender hábitos automáticos e desenvolver consciência sobre cada ação tomada. Aprender não é um evento, é um compromisso.

O erro mais comum é confundir evidência administrativa com resultado real. Certificados provam que a formação aconteceu, não que transformou. O foco estratégico deve ser o impacto no negócio, a mudança de mentalidades e o desenvolvimento de autonomia. Empresas que medem apenas presença ou horas desperdiçam recursos e ignoram o verdadeiro valor da aprendizagem.

A aprendizagem eficaz acontece de forma orgânica, nas interações informais, no feedback honesto, nas decisões do dia-a-dia. Transforma-se de serviço externo em necessidade interna, exigida pela equipa. No competitivo mercado de talentos, é também ferramenta de retenção e catalisador de engajamento: profissionais valorizam empresas que investem no crescimento integral.

Empresas que hesitam em mudar arriscam-se a ficar para trás. Aqueles que internalizam a aprendizagem como cultura preparam-se para o futuro, construindo equipas resilientes, criativas e autónomas. Formação não é investimento superficial em competências técnicas. É investimento estrutural em pensamento crítico, ética profissional e capacidade de decisão em ambientes complexos.

Quem procura apenas eventos pontuais, marca datas. Quem almeja excelência, abre espaço real para a mudança.

A hora de reformular a formação é agora. O desafio vai muito além de slides ou apresentações. Requer edificar uma cultura que desperte consciência, promova autonomia e transforme cada profissional no protagonista ativo da sua própria aprendizagem. Só assim a formação deixa de ser um evento e torna-se a força propulsora que move organizações em direção à relevância, à inovação contínua e à sustentabilidade a longo prazo.





Sandra Henriques
, Formadora na High Skills


A High Skills foi criada a 14 de abril de 2014. Com atividade em diversos países do espaço lusófono e baseada em Lisboa, destaca-se pela paixão por desenvolver e capacitar pessoas. Ao longo de mais de uma década, acumulou conquistas notáveis, transformando a vida de milhares de indivíduos e impactando positivamente o mercado de trabalho português e nos PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa).

Os dados seguintes são bem reveladores das conquistas da High Skills:

– mais de 10.000 alunos formados em diversas áreas, desde cursos de idiomas a formações técnicas e de desenvolvimento pessoal;

– uma equipa de profissionais altamente qualificados e experientes, dedicada a oferecer um ensino de excelência e um atendimento personalizado;

– uma metodologia de ensino inovadora e eficaz, que combina teoria e prática, preparando os alunos para os desafios do mercado de trabalho;

– uma ampla variedade de cursos, abrangendo diferentes áreas de conhecimento e necessidades dos alunos;

– uma forte presença on-line, com plataformas de ensino a distância que facilitam o acesso à educação de qualidade para pessoas de todos os países;

– um compromisso com a responsabilidade social, através de projetos que promovem a inclusão e a igualdade de oportunidades.

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