A Fundação Santander Portugal acaba de estabelecer uma parceria inédita com a Fundação Aga Khan Portugal no âmbito do programa Escolas2030, tornando-se na primeira entidade portuguesa a integrar este movimento internacional dedicado a valorizar a autonomia e a iniciativa dos professores.
A parceria, que prevê um investimento de 300.000 euros para os próximos três anos, incluirá o apoio à investigação científica e a formação de 1.500 professores e líderes escolares até 2026/27, com base nas melhores práticas e ferramentas testadas nas escolas que integram o programa.
Em Portugal a iniciativa está a decorrer em 108 escolas, pertencentes a 17 agrupamentos de sete cidades – Alcanena, Golegã, Gondomar, Lisboa, Marinha Grande, Porto e Sintra –, e tem como parceiros científicos a Universidade do Porto e o ISCTE-IUL, que irão colaborar no desenvolvimento de um programa de capacitação de professores.
Já este ano, o programa irá constituir uma bolsa de 30 formadores, que mais tarde irão permitir escalá-lo para outras escolas a nível nacional.
Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander Portugal, assinala: «Estamos muito entusiasmados em fazer parte deste projeto transformador, que não só reflete a missão da fundação, mas também reafirma o nosso compromisso com a transformação da educação em Portugal. Os professores e os educadores são a espinha dorsal do sistema educativo, essenciais para desenvolver iniciativas inovadoras que melhorem a aprendizagem.»
«O Programa Escolas2030 traduz o compromisso de um consórcio global com a transformação do sistema educativo a partir do fortalecimento da agência dos professores, tendo em vista a melhoria das aprendizagens holísticas de crianças e jovens em todo o mundo. É com grande entusiasmo que acolhemos a Fundação Santander neste consórcio», afirma por sua vez Karim Merali, chief executive officer (CEO) da Fundação Aga Khan Portugal.
Lançado em 2020, o Escolas2030 é um programa inovador que abrange 1.000 escolas públicas e centros de aprendizagem em 10 países: Afeganistão, Brasil, Índia, Paquistão, Portugal, Quénia, Quirguistão, Tajiquistão, Tanzânia e Uganda. Com uma rede de 50 mil professores e meio milhão de alunos, o programa visa melhorar a aprendizagem e dotar as crianças – sobretudo nos principais anos de transição no percurso de aprendizagem, que ocorrem aos cinco, 10 e 15 anos – com as competências do futuro: da literacia à numeracia, passando pelas competências socio-emocionais e pela capacidade de resolução de problemas.
O programa dá especial importância à autonomia e à iniciativa dos professores, reconhecendo-os como o principal agente promotor de mudança, e assenta numa metodologia de três passos: i) a identificação de problemas de aprendizagem; ii) o desenvolvimento de soluções e iii) o showcase das melhores práticas para potenciar a sua replicação noutros contextos.
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