Perfumes & Companhia

Quatro gerações de colaboradores

Texto: Redação «human» Foto: DR

Com 129 pontos de venda em todo o território nacional, incluindo Madeira e Açores, além da loja on-line, a Perfumes & Companhia (P&C) tem uma posição de destaque no mercado de cosmética seletiva em Portugal. Vanessa Neves, a diretora de recursos humanos, partilha que enquanto atividade de retalho estão «expostos aos desafios característicos do sector: o dinamismo, a incerteza dos mercados e das cadeias de abastecimento, a extensão dos horários de funcionamento e a rotatividade das escalas, as exigências de um consumidor cada vez mais informado e digital, mas também a inovação ou a disrupção com o modelo tradicional». Assim, equilibram «uma atividade diária reconhecidamente desgastante com a paixão pelo cliente e pelo produto, focados em continuar líderes de mercado», o que conseguem porque acreditam no modelo de atendimento «assente num profundo e consolidado conhecimento técnico e de produto» e porque se destacam «pelo fator serviço no ponto de venda».

A empresa passou nos últimos oito anos por um rebranding e pela introdução de novos conceitos de loja, bem como de modelos mais emocionais no processo de venda que acompanha a jornada do consumidor. «Estas mudanças», assinala Vanessa Neves, «têm sido reconhecidas pelo mercado através de diversos prémios, nacionais e internacionais». Refere ainda que o colaborador dos anos 90 do século passado, tempos de abertura dos primeiros pontos de venda da empresa, tem poucos traços comuns com o colaborador que entra hoje no mercado de trabalho. «Contamos com quatro gerações a conviver e a trabalhar em simultâneo nas nossas lojas e a usufruir da riqueza e das especificidades de cada uma», partilha, fazendo notar que isso exige «uma gestão que tem tanto de complexo como de diversificado e aliciante».

A responsável fala ainda do desafio ligado à tipologia das pessoas da empresa, maioritariamente mulheres (96%), destacando: «O papel que a sociedade ainda atribui à figura da mulher e da mãe reflete-se na gestão diária das equipas, sobretudo num negócio que se desenvolve em espaços comerciais com horários rotativos e períodos de funcionamento muito alargados. Este é um desafio que exige um esforço adicional de recrutamento e formação dos elementos que substituem quem está ausente, em virtude de licenças parentais, mas acima de tudo é um desafio partilhado entre colaboradores e empresa na gestão dos horários e na compatibilidade entre as necessidades do negócio e da vida familiar de cada pessoa.»

Outra questão importante tem a ver com «a humanidade e o respeito, que encabeçam o tratamento individual de cada colaborador, por um lado, e o compromisso e o amor à insígnia, por outro», acrescenta a responsável. Prova disso é que mantêm uma antiguidade média próxima dos 10 anos, numa população superior a 900 colaboradores, sendo que alguns das pessoas estão na empresa há mais de três décadas.

Práticas em destaque

Um dos pilares na gestão das pessoas da Perfumes & Companhia é a sua valorização e o seu desenvolvimento através de novas competências ou conhecimentos. «Este pilar é operacionalizado através do programa de mentoria que visa o acompanhamento individual, em contexto de loja, por um mentor, colega do mesmo ponto de venda, reconhecido pelos seus pares e pela equipa de formação, pelos seus conhecimentos e pelos resultados», explica Vanessa Neves, partilhando que em 2023 este programa contou com 138 duplas de mentor/ mentorado, num total de 276 colaboradores, em 64 pontos de venda; e permitiu a evolução profissional e o crescimento da performance comercial de mais de 100 conselheiros pessoais de beleza e, em simultâneo, impactou diretamente a qualidade de serviço e a satisfação do cliente final.

Uma outra medida, implementada já este ano para todas as pessoas, nasceu da escuta das equipas e da preocupação crescente com a saúde mental e o bem-estar. Trata-se do programa Happy People, que visa proporcionar a cada colaborador (e à sua família direta) um acompanhamento nas vertentes de saúde mental, área financeira e jurídica. «Ainda não dispomos de resultados, pela sua muito recente operacionalização, mas o entusiasmo com que o programa foi recebido no seio das equipas permitiu-nos, desde logo, perceber que tinha sido a escolha acertada para este ano», partilha a responsável.

Desde o verão passado, a empresa vem testando um modelo de trabalho híbrido nas equipas de backoffice, onde a sexta-feira se assume como o dia de teletrabalho coletivo, cujo horário termina, sempre que possível, pelas 14H00. Esta concentração de esforços em quatro dias e meio obriga a uma maior organização e a um maior foco das equipas ao longo da semana, mas os primeiros resultados apontam para um crescimento muito significativo nos níveis de satisfação e motivação, mantendo-se a produtividade esperada numa semana regular.

De referir ainda que a empresa lança com frequência ações de reconhecimento dos melhores, nas suas áreas de atuação, seja ao nível dos incentivos relacionados com as vendas ou simplesmente em ações de teambuilding, a nível nacional. Um exemplo ocorreu em 2023 com um concurso interno que levou 150 colaboradores de todo o país ao concerto dos Coldplay, em Coimbra, após um almoço-festa na Mealhada, que contou com a presença de elementos da Administração, dos pontos de venda, do entreposto logístico e dos escritórios centrais.

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