Equilíbrio entre vida profissional e vida privada

As mudanças provocadas pela recente pandemia, os conflitos em curso em diferentes partes do mundo e a crescente preocupação com o ambiente levaram as pessoas a reconsiderar os seus estilos de vida e de trabalho. Enquanto algumas pessoas foram obrigadas a mudar de empresa devido a uma vaga de despedimentos, outras, como as gerações mais jovens, abriram caminho a novas tendências de trabalho. Neste sentido, a Jakala, multinacional MarTech com destaque no mercado europeu, apresentou os resultados de um estudo recente da Maize – empresa de design estratégico pertencente ao Grupo Jakala – sobre a perceção do trabalho entre as diferentes gerações. DE assinalar que Martech junta as palavras «Marketing» e «Technology».

O estudo, intitulado «Generations Debate», recolhe histórias e dados quantitativos e qualitativos de quatro gerações distintas: Baby Boomers (nascidos em 1946-1964, atualmente com 77-59 anos), Gen X (1965-1980, atualmente com 58-43 anos), Gen Y (1981-1996, atualmente com 42-27 anos) e Gen Z (1997-2010, atualmente com 18-26 anos), oferecendo uma visão multifacetada do mundo do trabalho atual. Excluiu os trabalhadores independentes para se centrar nos trabalhadores de organizações, pequenas e grandes, privadas e públicas, foi realizado através de um inquérito com 30 perguntas a mais de 2.000 pessoas – 500 de cada geração – em cinco países europeus: Espanha, França, Itália, Alemanha e Suécia.

O «Generations Debate» apresenta uma panorâmica das tendências do emprego e desmistifica crenças populares para ajudar as empresas a adaptarem-se melhor à evolução do mercado de trabalho. Por um lado, os dados do inquérito a nível europeu revelam que o equilíbrio entre a vida profissional e familiar é a prioridade número um para todas as gerações, seguido de ter um emprego seguro e duradouro. Outros aspetos como melhorar os conhecimentos e as competências, trabalhar numa organização que partilha os nossos valores e ter o controlo das tarefas profissionais são importantes apenas para um terço dos inquiridos, com poucas variações entre gerações.

Por outro lado, entre as conclusões mais destacadas, o estudo revela que a Geração Z é notoriamente mais empreendedora do que as gerações anteriores. Um fenómeno que pode estar influenciado pela economia dos criadores de conteúdos. Além disso, verifica-se uma mudança significativa na forma como as gerações interagem digitalmente, promovendo uma maior proximidade entre pares e tornando os espaços digitais locais fundamentais para a discussão e a recolha de informações. Em contrapartida, relativamente ao escritório físico,  continua a ser relevante para a maioria dos inquiridos, apesar das mudanças provocadas pela pandemia e pelo aumento do trabalho remoto. Embora as diferentes gerações digam que precisa de evoluir para se tornar mais funcional.

O estudo refere ainda que, apesar das diferenças geracionais, existe uma forte procura por parte dos trabalhadores de todas as idades para que as organizações prestem um maior apoio em diferentes períodos da sua vida ativa. Este facto reforça a necessidade de as empresas adotarem políticas de bem-estar e benefícios adaptadas à evolução das necessidades da sua força de trabalho.

Pedro Freire, diretor da Jakala Iberia em Lisboa, assinala: «Este estudo não só fornece um retrato atual do mundo do trabalho e das suas gerações, como também desafia algumas das narrativas predominantes, proporcionando uma maior compreensão das complexidades e dinâmicas em jogo. Além disso, o confirma a importância de compreender as prioridades dos trabalhadores de diferentes gerações, a fim de proporcionar condições de trabalho que não só atraiam, mas também retenham o talento.»

Mais informações sobre o estudo aqui.

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