No âmbito de uma reportagem da revista «human» sobre o tema «gerir o potencial tecnológico e o potencial humano nas empresas», Filipa Carmo, people director da Critical Software, mostrou-nos a realidade da tecnológica fundada em Coimbra e com forte presença internacional. Deixamos aqui a entrevista completa, onde se destaca a ideia de estarmos perante uma empresa que tem nas pessoas e no respetivo potencial a sua essência.
Texto: Redação «human» Foto: DR
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Quais são os principais desafios da Critical Software, ligados a inovação e tecnologia?
A inovação faz parte do ADN da Critical desde a sua génese e está inscrita nos nossos valores – engineering ingenuity. Enquanto empresa de base tecnológica que opera em alguns dos mercados mais exigentes e desafiantes, como Aeronáutica, Transportes, Banca ou Dispositivos Médicos, esta dimensão está sempre no topo das nossas preocupações. Só assim conseguimos garantir a qualidade das soluções técnicas que oferecemos aos nossos clientes, conquistando a sua confiança.
Como integram esses desafios com a vossa estratégia de recursos humanos?
Procurando, por um lado, atrair o melhor talento que nos permita alcançar o objetivo de ter pessoas curiosas, criativas, ávidas por aprender e partilhar conhecimento. Por outro lado, promovendo um ambiente vibrante e colaborativo, em que todos são convidados a contribuir para a procura de soluções cada vez mais inovadoras e ambiciosas, que nos permitam ser bem sucedidos na resolução dos problemas que os nossos clientes nos apresentam.
«A inovação faz parte do ADN da Critical desde a sua génese e está inscrita nos nossos valores – engineering ingenuity.»
Que tipo de pessoas e de competências procuram para a empresa?
Mais do que um incrível rol de competências técnicas, procuramos atitude, capacidade para trabalhar em equipa, num contexto extremamente dinâmico e que requer capacidade de adaptação e flexibilidade. Vontade de fazer parte de uma empresa que tem um propósito claro e uma missão: ajudar a fazer do mundo um lugar melhor através da tecnologia.
Como caracteriza, grosso modo, os tipos de perfis de pessoas que têm na empresa?
Não é fácil fazer uma caracterização grosso modo, como assinalado, quando se trata de pessoas, da nossa comunidade. Cada um dos nossos colaboradores enriquece a Critical com a sua própria experiência, as suas vivências… Destaco a diversidade – o que nos permite estar mais bem preparados para enfrentar os desafios de um mundo em constante mudança.
Como olha para o seu desafio na gestão do capital humano, tendo em conta as duas vertentes tecnologia e pessoas?
De forma pragmática: não são dimensões concorrentes, mas antes duas faces de uma mesma moeda. A tecnologia pode resolver problemas complexos das pessoas, e as pessoas são fundamentais para darem vida à tecnologia. Por outro lado, na Critical estamos muito focados na melhoria contínua e na otimização dos nossos processos, e também nesse domínio a tecnologia é claramente um aliado, que nos permite libertar todo o potencial dos nossos colaboradores para as tarefas que verdadeiramente são relevantes e de elevada complexidade.
«Acredito que as pessoas continuarão a desempenhar um papel primordial enquanto criadores, utilizadores ou mesmo juízes da tecnologia.»
Em que medida o negócio da empresa assenta na tecnologia? E nas pessoas?
Já fui respondendo nas questões anteriores: em suma, é uma empresa tecnológica, que atua nesse sector, mas que tem nas pessoas e no seu potencial a sua essência.
Podemos dizer que estas são as duas vertentes mais importantes para a generalidade das empresas, no tempo que vivemos e no que se perspetiva para o futuro?
Sem dúvida que a tecnologia já não é algo opcional nas empresas que queiram ser bem sucedidas, nem como ferramenta para endereçar os principais desafios do nosso tempo e dos que se avizinham. Acredito que as pessoas continuarão a desempenhar um papel primordial enquanto criadores, utilizadores ou mesmo juízes dessa mesma tecnologia.
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»» Filipa Carmo é natural de Lisboa e tem 41 anos. Formada em Comunicação Social, iniciou o seu percurso profissional como jornalista na imprensa local. A precariedade do sector acabou por proporcionar uma mudança para a área de Recursos Humanos, onde agora conta cerca de 10 anos de experiência. Começou na Critical Software, como rececionista, tendo feito um caminho em crescendo que culminou com o cargo de people director e membro de Management Board, função que desempenha há cerca de dois anos. É uma leitora ávida, cinéfila e fã de futebol. Para o futuro, ambiciona continuar a ter a oportunidade de aprender, a ser desafiada e a fazer crescer as suas equipas dando lugar a novas lideranças.
A Critical Software, fundada em 1998, é uma empresa multinacional de tecnologia, especializada no desenvolvimento de soluções de software e fornecimento de serviços de engenharia para suporte a sistemas críticos e confiáveis, orientados à segurança, à missão e ao negócio de empresas. A empresa colabora com clientes internacionais em sectores tão diversos como espaço, aeronáutica, energia, defesa, finanças, e-commerce, dispositivos médicos e transportes. Atualmente, conta com mais de 1.000 colaboradores nos seus escritórios em Portugal, no Reino Unido e na Alemanha, sendo uma das poucas empresas tecnológicas no mundo a ter processos de desenvolvimento de software ágeis e em cascata classificados com CMMI Nível 5. A empresa alcançou o estatuto de Investors in People Gold e é certificada pela B Corp, refletindo o seu compromisso com a sustentabilidade, social e ambiental, e transparência no desenvolvimento de negócios para o bem comum.