Boas Práticas RH

Merck: o desafio constante da mudança

Com foco nas áreas de Life Science, Electronics e Healthcare, a Merck soma ainda esforços na luta contra as doenças cardiometabólicas, sendo que a exploração científica e o empreendedorismo responsável têm sido fundamentais para os seus avanços tecnológicos e científicos. Em Portugal a equipa é composta por 70 colaboradores, e globalmente são cerca de 64.000, em 66 países.

Texto: Redação «human» Fotos: DR

.

Empresa com posição de destaque em ciência e tecnologia, a Merck opera nas áreas de Life Science, Electronics e Healthcare. A primeira inclui a produção de equipamentos, filtros e químicos que apetrecham os laboratórios científicos e empresas farmacêuticas; Electronics abrange o fabrico de ecrãs de telemóvel, ecrãs de LCD, chips para automóveis ou semicondutores eficientes que permitem fazer o processamento de dados de forma mais sustentável; finalmente, Healthcare inclui desde o desenvolvimento de produtos e serviços que aceleram o desenvolvimento e o fabrico de medicamentos, até à descoberta de formas de tratar as doenças mais desafiadoras, em áreas como neurologia, oncologia ou fertilidade, sendo que nesta última já ajudou a fazer nascer mais de cinco milhões de bebés a nível mundial. A Merck soma ainda esforços na luta contra doenças cardiometabólicas como hipertensão, diabetes, distúrbios da tiroide e insuficiência cardíaca. A exploração científica e o empreendedorismo responsável têm sido fundamentais para os avanços tecnológicos e científicos da empresa, e tem sido assim desde a sua fundação, em 1668.

Em Portugal a equipa da Merck é composta por 70 colaboradores, sendo que globalmente são cerca de 64.000, em 66 países. De norte a sul e nas ilhas, a área de atuação é no sector de Healthcare, com destaque para fertilidade, neurologia e imunologia; isto além de medicamentos e soluções terapêuticas para oncologia e imuno-oncologia, com foco aqui sobretudo em prolongar a vida dos doentes. Adicionalmente, há ainda a realçar a área associada ao desenvolvimento de terapêuticas para hipertensão, diabetes, distúrbios da tiroide, distúrbios da hormona do crescimento e insuficiência cardíaca, patologias muito prevalentes em Portugal e com custos associados elevados em termos financeiros. Há ainda em Portugal a área de Lifescience, também para todo o território.

Pedro Moura fala das boas práticas que têm vindo a implementar na Merck em termos de recursos humanos, salientando que «a evolução é inevitável, sobretudo num mundo onde a mudança desafia constantemente».

Pedro Moura, diretor geral da empresa no nosso país, fala das boas práticas que têm vindo a implementar em recursos humanos, salientando que «a evolução é inevitável, sobretudo num mundo onde a mudança desafia constantemente». Refere a pandemia, que «por motivos óbvios levou à adaptação a uma nova realidade», conforme recorda: «Depois de 2020 o mundo mudou e com ele o trabalho, que passou a ser definido por conceitos como transformação digital e trabalho remoto ou teletrabalho. Isso significou, na Merck, a necessidade de adaptação, dando resposta às necessidades dos colaboradores e do próprio negócio, o que passou por abranger uma metodologia de trabalho flexível, que permite que todos possam gerir as suas tarefas entre o trabalho remoto e o presencial, e por um investimento em novas tecnologias, ao permitir que os colaboradores desenvolvam novas competências que serão críticas no futuro.» Pedro Moura refere ainda «questões como a diversidade, com equipas heterogéneas, de diferentes culturas, idades, nacionalidades, educação e géneros; a equidade, através do reconhecimento dos direitos de cada um, com justiça; e a inclusão, com um esforço para que todos os colaboradores sejam incluídos da mesma forma na empresa e na sociedade». Isto implica, diz, «a adoção de novas práticas de recursos humanos, tendo em conta a importância destes mesmos conceitos, que acreditamos serem hoje, e ainda mais no futuro, um fator chave de sucesso». Fruto desta evolução, assinala que «atualmente como CEO [chief executive officer] do Grupo Merck está uma mulher e existem 38% de mulheres na liderança da Merck e 43% na força de trabalho global, sendo que em Portugal mais de metade da liderança é feminina».

.

Melhorar a colaboração e a proximidade

Têm sido várias as iniciativas internas criadas com o objetivo de melhorar o nível de colaboração e proximidade, e uma delas é o «Breakfast with the Managing Director». Trata-se de encontros mensais, informais, onde cinco a seis pessoas conversam com o diretor geral sobre temas que mais impactam a atividade, expondo questões ou dúvidas e fazendo sugestões de melhoria da organização. Outra é o «Me in Your Shoes», que visa proporcionar a experiência a um colaborador de um determinado departamento que queira vivenciar as atividades de rotina de um outro departamento, fazendo com que todos tenham um maior entendimento sobre as necessidades e tarefas dos colegas e desta forma aumentando o engagement interno.

Estas iniciativas integram-se de uma forma natural na estratégia de recursos humanos da empresa. «Vão ao encontro dos nossos valores e princípios», diz Pedro Moura. «O nosso crescimento enquanto empresa depende muito da nossa força para inovar, e por isso o envolvimento dos colaboradores em todos os sectores em que atuamos é essencial, o que passa por ouvir o que têm para dizer e de não só estar abertos, mas sobretudo incentivar a partilha de ideias.» Aqui, o responsável destaca as caixas de sugestões físicas e virtuais, onde os colaboradores partilham (se quiserem de forma anónima) ideias, sugestões ou pedidos de melhoria, e que são mensalmente avaliados pela Administração. Isto a par dos grupos de trabalho que anualmente são constituídos para melhorar um tópico na organização, em consequência dos resultados do inquérito anual interno.»

Para a Merck, as boas práticas devem estar alinhadas com as estratégias e ir ao encontro dos desejos e das necessidades dos colaboradores, «o ativo mais importante», frisa Pedro Moura. E conclui: «Tendo em conta que a nossa ambição passa por nos mobilizarmos para o crescimento e nos tornarmos pioneiros globais em ciência e tecnologia, e que a nossa estratégia consiste em libertar todo o nosso potencial para levar a empresa ao próximo nível, precisamos de todos os colaboradores e de lhes criar condições para poderem continuar empenhados e dedicados a gerar impacto, como sempre têm feito, na vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Destaco com orgulho o exemplo de uma boa prática que tem alavancado a nossa reputação externa além de ter contribuído para o nosso posicionamento e que derivou de uma sugestão dos colaboradores – a participação no Great Place to Work, e consequente selo, que temos desde 2021.»

.

»» DESTAQUE

Atenção às novas gerações

A força motriz do negócio da Merck «passa por uma cultura que proporciona aos colaboradores um forte sentimento de pertença», partilha Pedro Moura, referindo ainda: «Incorporamos no nosso dia-a-dia os nossos valores, concentrando-nos no desempenho, na confiança e na capacitação. Isto não só aumenta a produtividade, mas cria uma vantagem competitiva e mantém o talento existente. Procuramos compreender as necessidades das pessoas e, por isso, além de realizarmos regularmente inquéritos aos colaboradores, promovemos a nossa cultura de feedback todos os dias, porque acreditamos que somos mais bem sucedidos com uma comunicação aberta entre gestores e colaboradores para identificar oportunidades de melhoria.»

O responsável fala ainda da atenção dada na empresa às novas gerações, referindo dados da McKinsey, que até 2030 os millennials representarão 75% da força de trabalho e que a geração Z começa também a ocupar o seu espaço. «As organizações devem estar atentas aos seus desejos, às suas ambições e ao que pensam», diz, acrescentando: «A Merck sabe disso e, nesse sentido, realizou um inquérito junto dos jovens destas gerações de 12 países da Europa, um dos quais Portugal, procurando perceber o que os move em áreas como sustentabilidade, saúde – mental e física –, avanços tecnológicos (nomeadamente inteligência artificial) ou família. Porque precisamos de os compreender para não só os ajudar a crescer no mercado de trabalho, como torná-los agentes de mudança. Nesse sentido, realizámos uma conferência, com o apoio da Escola Superior de Comunicação Social, que juntou vários especialistas e muitos jovens, onde se debateu este tema e se falou sobre o presente e o futuro das novas gerações.»

Scroll to Top