Será possível a qualquer um de nós, no contexto contemporâneo, viver absorto de literacia e educação financeira? Dificilmente. Para onde quer que olhemos e para (quase) qualquer atividade que realizamos, a necessidade de lidar com dinheiro há de surgir algures no processo.
Texto: Rita Quaresma
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No entanto, se isto se aplica ao nível individual, esta realidade torna-se também relevante no sector empresarial. As empresas só terão a ganhar se investirem na educação financeira dos seus colaboradores.
Neste artigo, partilho o porquê de a educação financeira desempenhar um papel crítico no sucesso e na rentabilidade empresarial a longo prazo.
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Decisões informadas reduzem o risco
Uma tomada de decisões informadas, eficazes e eficientes minimiza em muito a probabilidade de perdas, falemos de decisões de investimento mal informadas, má gestão de risco ou até a possibilidade de a empresa ser vítima de fraude, tenha esta origem interna ou externa.
Conhecer os riscos permite identificá-los e, consequentemente, mitigá-los. Qualquer iniciativa é apenas tão forte quanto o seu elo mais fraco e, ao falarmos de maiores corporações, pequenas ações podem ter réplicas a uma escala de maior magnitude.
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Produtividade
A nível empresarial, garantir o investimento em educação financeira pode vir a ser uma mais-valia. Sendo que todos colaboradores têm direito a formação, porque não investir em programas de educação financeira? Ajudá-los-á a eles e à empresa como um todo, podendo mesmo reter algum do talento por ordem das iniciativas ofertadas.
Por norma, funcionários dão primazia a empresas que mostram interesse no seu bem-estar e que apostam no seu desenvolvimento profissional, reduzindo assim as despesas e as burocracias associadas à rotatividade de colaboradores. Saem todos a ganhar.
Muitos métodos podem ser aplicados ao nível individual e empresarial, para que se otimize processos e se estimule a produtividade, globalmente. Investir na educação financeira pode parecer uma despesa no imediato, mas traz grandes lucros a longo prazo.
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Promoção de um bom ambiente, da legalidade e da ética
Um por todos, todos por um. É mais provável que exista um sentido de união num espaço em que a mesma oferta educativa financeira está ao alcance de todos. Esta cultura empresarial positiva consegue-se à custa de um apoio mútuo no desenvolvimento financeiro.
A existência de uma relação de confiança colaborador-empresa, mas também de colaborador-colaborador, gera uma visão positiva à larga escala, onde é mais propícia a lealdade e a cultura de unidade. Muitas empresas pecam por relegar para segundo plano a promoção de um ambiente pleno de recursos, educação e abertura.
O desconhecimento das implicações financeiras de determinadas ações pode mesmo acarretar problemas ao nível da ética, e até mesmo jurídico no que toca à prestação de serviços e produtos. Uma educação financeira bem estruturada pode evitar colocar empresas e colaboradores em situações legais comprometedoras.
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Permanentes mudanças económicas
Uma empresa é um microcosmos inserido num macrocosmos. O mundo dos negócios está em permanente mutação e singrado à economia em geral, introduzindo oscilações económicas e uma plenitude de desafios, sempre novos e imprevistos, aos quais é preciso dar resposta e adaptarmo-nos rapidamente.
Quanto mais elevado for o padrão de educação financeira da sua força laboral, mais facilmente a empresa se adapta como um todo aos constantes momentos de transição, muitas vezes difíceis. A educação financeira concede a capacidade de ser pró-ativo na tomada de decisões, existindo um alinhamento geral para o sucesso e o crescimento da empresa.
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Portanto, educação financeira nas empresas é uma boa aposta?
O acesso à educação financeira por parte de empresas é hoje uma mais-valia. Se visamos desenvolver uma sociedade mais justa, capaz e leal, o conhecimento é a arma mais poderosa no arsenal de qualquer entidade.
Desde a tomada de decisões informadas para a redução de riscos, aumentos de produtividade e retenção de talento, à promoção de uma cultura interna mais capaz, a educação financeira nas empresas está na pole position para assegurar o sucesso de todos os envolvidos.
No altamente competitivo mundo económico do século XXI, os quadros administrativos de empresas devem seriamente ponderar apostar no futuro da sua empresa, de dentro para fora, adotando e disponibilizando formação financeira a toda a escala, especialmente talhado para o seu sector de operação.
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Nota: foto CréditoConsolidado.pt.
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»»»» Rita Quaresma é gestora do projeto Crédito.Consolidado.pt, um site gerido pela Gestlifes, marca de intermediação de crédito da JPCOM Unip Lda vinculada no Banco de Portugal, número 0001409, desde 2015. O CréditoConsolidado.pt Já ajudou mais de 2.200 clientes, num total de cerca de 29 milhões de euros em créditos cedidos por todo o país.