A Aon, empresa com posição de destaque global em serviços profissionais nas áreas do risco, reforma e saúde, divulgou o «2023 Global Wellbeing Survey», um estudo que mostra o impacto que a aposta no bem-estar dos colaboradores tem no desempenho das organizações. O estudo revela que as organizações estão a aumentar o seu compromisso na definição de estratégia de bem-estar, tanto em termos de apoio como de investimento financeiro. E melhorar a estratégia de bem-estar pode impactar o desempenho da organização em pelo menos 11%.
81% das empresas em Portugal afirma que o bem-estar é mais importante para a sua organização desde 2020, com mais 18 pontos percentuais quando comparado com os resultados globais (63%). Quando a análise recai sobre a prioridade do bem-estar dos colaboradores, desde 2020, os dados nacionais estão em linha com os dados globais, com 48% e 47%, respetivamente.
No que diz respeito às iniciativas de bem-estar que as organizações estão a desenvolver, nove em cada 10 empresas em Portugal (92%) têm pelo menos uma iniciativa em vigor, o que representa mais 5% do que os resultados globais (87%). Quando questionados sobre as questões empresariais que poderiam ser impactadas por iniciativas de bem-estar, o top três nacional refere: o desempenho dos colaboradores, com 54%; a satisfação dos colaboradores, com 50%; e a lealdade e a retenção dos colaboradores, com 39% das respostas obtidas.
Uma vez que as estratégias de bem-estar e de talento tem impacto no negócio como um todo, as organizações conseguem obter melhores resultados quando têm definida uma estratégia de bem-estar integrada com os objetivos das organizações. 50% das empresas portuguesas consideram que têm uma estratégia integrada com os objetivos da organização, comparando com os 41% a nível global.
O investimento no bem-estar está a aumentar, com cerca de metade das empresas a alocar 2% a 5% dos seus benefícios para o bem-estar. Globalmente, 43% das empresas afirmam ter aumentado o investimento em estratégias de bem-estar, cenário semelhante ao nacional (44%).
Catarina Galvão, human resources solutions director wealth and wellbeing da Aon Portugal, analisa a atual situação económica, com as organizações a enfrentarem a volatilidade e a incerteza sob a forma de inflação, receios de choques económicos, e conflitos internacionais. E refere: «Seria razoável pensar que as iniciativas e a estratégia de bem-estar poderiam diminuir em importância e prioridade para as organizações. Mas não é isso que verificamos no ‘2023 Global Wellbeing Survey’, que nos mostra que a implementação de iniciativas de bem-estar tem uma relação direta com o desempenho das organizações. Melhorar as estratégias de bem-estar pode melhorar o desempenho da organização em pelo menos 11%, podendo ir até 55%. É importante que as organizações adotem estratégias como um todo a longo prazo, uma vez que a atração e a retenção de talento é uma das principais prioridades para as organizações (58%), seguido do bem-estar dos colaboradores (54%).»
O estudo revela ainda na análise nacional que o work-life balance é o risco com maior impacto de bem-estar nas empresas (73%), seguido do stresse (68%) e do burnout (64%). Por outro lado, verifica-se que as principais preocupações das organizações no desenvolvimento de iniciativas de bem-estar são os modelos de trabalho flexível (64%), as políticas de saúde mental (50%) e o ambiente de trabalho (46%).
O «2023 Global Wellbeing Survey» foi realizado em parceria com a Ipsos, durante 10 semanas, em 46 países. Participaram responsáveis de recursos humanos de mais de 1.100 empresas, refletindo as suas perceções e os seus insights.