A Sonae lançou esta semana um prémio no valor de 100 mil euros com o objetivo de facilitar o acesso e promover a inovação no ensino em Portugal. O «Prémio Sonae Educação» vai distinguir e apoiar projetos inovadores de melhoria dos modelos de aprendizagem e de promoção do acesso à educação, contribuindo para eliminar ou mitigar fatores de desigualdade ou exclusão social.
As candidaturas estão abertas para iniciativas em todas as fases do ciclo de aprendizagem, desde o pré-escolar até à formação superior, passando pela formação e requalificação ao longo da vida de profissionais no ativo ou no desemprego.
De acordo com o regulamento, podem concorrer ao «Prémio Sonae Educação» entidades coletivas, com ou sem fins lucrativos, com projetos centrados no impacto social da sua intervenção na área da Educação, qualificação ou requalificação, em qualquer fase de maturidade. Os projetos devem ter como objetivo eliminar ou mitigar fatores de desigualdade ou exclusão, contribuindo para a melhoria das qualificações da população.
As candidaturas à primeira edição do prémio já estão abertas, aqui, e prolongam-se até ao dia 30 de junho. Os vencedores serão conhecidos no último trimestre do ano, podendo beneficiar de até 50 mil euros por projeto.
João Günther Amaral, membro da Comissão Executiva da Sonae, afirma a propósito da iniciativa: «Vivemos numa sociedade em profunda mudança, onde o que hoje estudamos amanhã já estará obsoleto. É fundamental garantir o acesso contínuo a modelos de educação inovadores que se reinventem ao longo do tempo. A educação desempenha, por isso mesmo, um papel fundamental no desenvolvimento social e económico das nossas sociedades, ao ser essencial para a existência de indivíduos informados e tolerantes, para o crescimento sustentável e para combater as desigualdades. Daí a nossa aposta num prémio de educação, que privilegia o acesso inclusivo e a modernização dos atuais modelos de ensino, a maior parte deles sem evolução ao longo das últimas décadas.».
A educação e a formação foram sempre uma prioridade de Belmiro de Azevedo, que promoveu o investimento nas pessoas, por considerar que o seu próprio percurso só foi possível devido às oportunidades que teve para desenvolver o seu potencial através dos estudos. Esta sua luta extravasou as fronteiras da Sonae, tendo conduzido à criação de um grupo de reflexão dedicado à educação, ao surgimento do Colégio Efanor, que é hoje líder no ranking das escolas em Portugal, e a uma política de responsabilidade corporativa da Sonae que tem na educação um dos seus principais eixos de investimento e atuação.
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Composição do júri e requisitos do prémio
O júri do «Prémio Sonae Educação» é composto por Domingos Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Educação, Neuza Pedro, investigadora no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, Inês Sequeira, fundadora e diretora da Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, David Justino, da Fundação Belmiro de Azevedo e membro do conselho EDULOG, e João Günther Amaral, membro da comissão executiva da Sonae.
No âmbito da sua avaliação, o júri valorizará: i) Projetos focados na criação de oportunidades de educação, qualificação ou requalificação e que prevejam na sua atuação a inclusão de beneficiários em situação de desigualdade no acesso a estas oportunidades; ii) Projetos focados no impacto, que procurem mudanças efetivas para os beneficiários e tenham como objetivo criar oportunidades no âmbito da educação, qualificação ou requalificação, seja ao nível do acesso a abordagens e conteúdos ou à aquisição de competências específicas; iii) Projetos que introduzam fatores de inovação na forma de ensinar e/ou aprender; iv) Projetos que evidenciem potencial de escala ou replicação; v) Projetos que definam como indicadores de sucesso as melhorias conseguidas pelos beneficiários nos seus níveis de educação, qualificação ou requalificação e/ ou emprego; e vi) Projetos que atuem em qualquer fase do ciclo de aprendizagem, da pré-escola ao reskilling no mundo do trabalho.
Mais informações sobre o prémio aqui.