Sofia Mendoça, da McDonald’s
«É cada vez mais importante apoiar os colaboradores e as suas famílias.»

A diretora de recursos humanos da McDonald’s Portugal, Sofia Mendoça, fala de um programa interno da empresa, direcionado para os colaboradores. O «McDonald’s Cuida de Mim», bem recente, tem na promoção do bem-estar o principal objetivo.

Texto: Redação «human» Foto: McDonald’s Portugal

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Como surgiu o novo programa interno da McDonald’s, direcionado para os colaboradores, e a que necessidades procura responder?

Para a McDonald’s Portugal é cada vez mais importante continuarmos a apoiar os colaboradores e as suas famílias, pelo que reforçamos diariamente o compromisso com as nossas pessoas e a preocupação que temos com a sua segurança e o bem-estar. Foi neste sentido que surgiu o programa «McDonald’s Cuida de Mim».

O «McDonald’s Cuida de Mim» é um programa interno com a promoção do bem-estar como principal objetivo, e que procura responder a necessidade dos colaboradores da McDonald’s em quatro grandes áreas: bem-estar físico, o que inclui parcerias com ginásios e incentivo à prática do desporto; bem-estar emocional, com formações e webinars sobre gestão de stresse e saúde mental; bem-estar financeiro, com sessões sobre gestão financeira e parcerias com entidades em diversos sectores – telecomunicações, cultura, desporto, viagens; e bem-estar social, com iniciativas que celebram a diversidade de culturas e nacionalidades nos restaurantes da McDonald’s em Portugal.

Podemos dizer que programas como este marcam uma nova realidade do mundo empresarial, se compararmos com o que se passava há meia-dúzia de anos?

Sim, sem dúvida que atualmente esta é uma realidade mais transversal. O papel das empresas assume hoje uma responsabilidade muito mais abrangente para com os seus colaboradores. Na McDonald’s, a preocupação com o bem-estar dos colaboradores sempre se verificou desde a chegada da marca ao país, sobretudo concretizada a partir de iniciativas locais dos franquiados. O que agora trazemos é uma iniciativa de âmbito nacional, que corresponde a um marco muito importante e do qual muito nos orgulhamos. Trata-se do mesmo processo, por exemplo, do programa interno de bolsas de estudo que existia desde 2008 em alguns restaurantes, e que em 2020 se transformou no Projeto UP – Programa Nacional de Bolsas de Estudo, alargado a todo o território nacional, com a atribuição anual de 200 bolsas de estudo a colaboradores que frequentam o ensino superior.

Acredita que as empresas começam mesmo a ter um foco nas suas pessoas, a par dos respetivos negócios?

Naturalmente que sim, e a McDonald’s sempre apostou nas suas pessoas. Inclusão, integridade, comunidade, família e servir são, para a McDonald’s, os valores que conduzem a nossa forma de estar na sociedade, no sector e no mercado de trabalho. E, deste modo, garantimos que o bem-estar dos nossos colaboradores se mantém no topo das nossas prioridades.

E as pessoas, estão no mercado de trabalho com uma nova visão do que procuram em termos profissionais, do equilíbrio que querem para as suas vidas, nas diversas vertentes?

Sim, cada vez mais as pessoas procuram, legitimamente, esse equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. Na McDonald’s facilitamos o emprego em regime de tempo parcial (part-time), pois sabemos que esse equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal é uma mais-valia e uma prioridade. Procuramos conjugar as necessidades de cada colaborador com as do restaurante, permitindo conciliar o trabalho com estudos, com outro trabalho ou outra atividade de investimento pessoal.

Deixando um pouco a visão geral sobre o mundo das empresas, e particularizando a McDonald’s, o que é que vos distingue como empregador? Podemos inclusive ir um pouco mais além do termo empregador, para um conceito mais global de experiência em termos de trabalho?

A gestão e a flexibilidade de horário, o bom ambiente de trabalho, a formação contínua e as oportunidades de carreira são valorizadas e reconhecidas por quem trabalha connosco. O nosso compromisso é o de proporcionar um emprego que permita o desenvolvimento contínuo de carreiras e talentos, contribuindo para a qualificação de profissionais em Portugal.

Como é que este novo programa está a ser implementado e o que esperam dele?

O «McDonald’s Cuida de Mim» foi lançado no início do mês de março na plataforma de comunicação interna on-line Workplace, e temos já um plano de atividades mensais programadas até fevereiro do próximo ano. Tem sido muito bem recebido pelas equipas e estou certa de que iremos em breve ter excelentes feedbacks de colaboradores que tenham melhorado algum aspeto da sua vida pessoal.

A McDonald’s tem em curso uma campanha de recrutamento de milhares de pessoas, que podem chegar a 4.000, quando têm em Portugal cerca de 10.000. O que levou a esta necessidade massiva, se assim podemos dizer, de recrutamento?

Dada a sazonalidade do nosso negócio – o verão é uma altura de grande afluência aos restaurantes –, temos todos os anos necessidade de reforçar as equipas de todos os nossos restaurantes, atualmente 195.

Este ano estamos a recrutar, entre equipas de funcionários e equipas de gestão – operador/a, relações-públicas e treinador/a, assistente de gerência, de marketing ou administrativo/a – 4.000 pessoas até ao final do primeiro semestre de 2023. Procuramos candidatos que pretendam um bom ambiente de trabalho, inclusivo e flexível, com oportunidades de crescimento e apoio ao seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Em que é que apostam mais em termos de atração, e também retenção, de pessoas para a empresa? O programa tem a ver com este recrutamento tão significativo?

Para além da remuneração – o salário mínimo de entrada na McDonald’s é atualmente de 800 euros/ mês –, os colaboradores da McDonald’s podem ainda usufruir de um conjunto de benefícios, incluindo seguro de saúde, e prémios que reconhecem a contribuição para o sucesso da empresa. Um bom ambiente de trabalho, flexibilidade de horários para conciliar o trabalho com os estudos e o acesso ao Centro da Formação da marca, são aspetos muito valorizados por quem trabalha na McDonald’s.

O programa «McDonald’s Cuida de Mim» surge naturalmente na McDonald’s Portugal pela auscultação permanente que fazemos das nossas pessoas. Nem esta nem outras iniciativas internas se prendem com a atual campanha de recrutamento, mas sabemos que as nossas práticas são valorizadas pelos candidatos.

Como associam ao programa, ligado a bem-estar, físico e emocional, e também benefícios, etc, as questões da remuneração?

Temos a preocupação de reconhecer e recompensar a contribuição dos nossos colaboradores para o sucesso da empresa. Deste modo, à retribuição fixa acresce a remuneração variável, com vista a recompensar o desempenho e o empenho dos colaboradores (prémios de desempenho, prémios de fecho, prémios para o funcionário do mês, gerente do ano, entre outros).

Para além disso, oferecemos um conjunto de benefícios, como por exemplo seguro de saúde e, dependendo da função, seguro de vida, telemóvel e viatura de empresa.

Existem ainda iniciativas internas que contribuem de forma significativa para incentivar, motivar e reforçar o espírito de equipa e o sentimento de pertença ao grupo, como por exemplo o Workplace, desde junho de 2021.

Associamos as pessoas que trabalham convosco a gente bastante jovem. Faz sentido pensar numa multiplicidade de gerações para a McDonald’s, chegando a pessoas da geração dos pais dessa gente mais jovem?

Sem dúvida. O facto de a McDonald’s ser uma das melhores empresas para os jovens trabalharem é uma realidade, uma vez que proporciona boas condições de trabalho, flexibilidade de horário, oportunidades de desenvolvimento profissional e formação adequada aos diferentes níveis de função. Mais de metade (52%) dos colaboradores têm menos de 25 anos, e 70% está abaixo dos 30 anos. Para muitos, trata-se da primeira oportunidade de emprego, e trabalhar na McDonald’s possibilita o desenvolvimento de competências profissionais e interpessoais, uma verdadeira formação para a vida que prepara os colaboradores para uma carreira dentro ou fora da empresa.

Contudo, temos também um vasto leque de colaboradores de faixas etárias mais elevadas, alguns mesmo acima dos 50 anos. A incorporação de colaboradores mais velhos permite trazer uma grande maturidade às equipas. Por outro lado, o carácter menos formal e mais jovem que os colaboradores mais novos usam na sua dinâmica diária motiva bastante todos os que se integram nestas equipas, promovendo um ambiente descontraído e divertido naquilo que é o trabalho desempenhado por todos. A convivência das gerações é no nosso caso um fator muitíssimo positivo.

Ao longo destes mais de 30 anos, a McDonald’s formou líderes que cresceram com a marca em todas as vertentes. As oportunidades de carreira na McDonald’s são uma realidade. Prova disso é que mais de 90% dos gerentes McDonald’s começaram a sua carreira como funcionários nos restaurantes, e cerca de 50% dos colaboradores da sede da McDonald’s em Portugal iniciaram a sua carreira nos restaurantes, e ocupam hoje lugares de destaque em várias áreas da empresa, quer em Portugal, quer no estrangeiro. A McDonald’s pauta-se pela estabilidade e pelo crescimento na empresa, sendo disso reflexo a média de antiguidade, que é de 14 anos.

Como vê o seu desafio profissional neste tempo da McDonald’s?

Sabemos da necessidade de estarmos constantemente a evoluir para irmos ao encontro das expectativas das nossas pessoas.

Na McDonald’s, enquanto entidade empregadora que somos, a aposta no desenvolvimento dos nossos profissionais tem pautado o nosso caminho. Para além de iniciativas como o «McDonald’s Cuida de Mim», o programa de bolsas de estudo e as mais de 250.000 horas de formação anuais, promovemos o desenvolvimento de competências comportamentais, de forma ajustada a cada função, com a aposta na otimização dos níveis de liderança, da capacidade de adaptação, do espírito de equipa e comunicação. Vamos continuar a apostar nesta estratégia, de modo a afirmarmos a nossa liderança no mercado, constituindo uma empresa cada vez mais coesa, motivada e dinâmica.

Este recrutamento fará crescer em muito a vossa equipa? Ou tem a ver com um ciclo natural de substituição de pessoas que procuram outros desafios profissionais?

As nossas necessidades de recrutamento até ao final do primeiro semestre deste ano prendem-se com as necessidades dos restaurantes de fazerem crescer as suas equipas, tendo em conta também o turnover esperado.

A sua equipa de Recursos Humanos irá crescer com este recrutamento? E o próprio programa que acabam de apresentar poderá também obrigar a que a equipa cresça?

A equipa de Recursos Humanos na sede da McDonald’s, responsável pela criação de dinâmicas nacionais e apoio aos restaurantes, tem vindo a crescer ao longo dos anos e é atualmente constituída por cerca de 20 pessoas. Localmente, os restaurantes têm responsáveis de recursos humanos que estão encarregues do recrutamento e do acompanhamento das suas equipas.

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»»»» Sofia Mendoça, licenciada em Direito, apostou desde cedo numa carreira na McDonald’s na área de gestão de recursos humanos. Integrou a equipa de Recursos Humanos da Sistemas McDonald’s Portugal em 1997, desenvolvendo funções na área jurídico-laboral, onde foi responsável por apoiar o crescimento interno e externo da empresa. Em 2002 foi nomeada gestora do Departamento de Recursos Humanos. Desde 2012 que assume a Direção de Recursos Humanos da McDonald’s Portugal, sendo responsável por garantir a melhor estratégia e as melhores práticas de recursos humanos, junto dos restaurantes McDonald’s e dos seus franquiados, sendo responsável por uma equipa de cerca de 10 mil pessoas.