Escritor multifacetado que tem encantado o público sobretudo pelo género picaresco dos seus romances, Paulo Moreiras regressa com a história de um espadachim português por terras de Espanha quando a Ibéria estava unida no reinado de um dos Filipes.
Texto: Redação «human»
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«A Vida Airada de Dom Perdigote» (ed. Casa das Letras), o novo romance de Paulo Moreiras, segue-se ao inesquecível «A Demanda de Dom Fuas Bragatela» (2002) e a «Os Dias de Saturno» (2009) e «O Ouro dos Corcundas» (2011).
No início do século XVII, por ocasião do batizado do filho varão, Felipe III de Espanha e II de Portugal promove festejos imperdíveis na cidade de Valladolid, sede da Corte e capital do império. E, se para aquele umbigo do mundo – onde desaguam todos os vícios, velhacarias e vilanias – concorrem nobres e ladrões, damas e rameiras, será mais do que certo que, depois de um périplo por Badajoz, Sevilha, Trujillo ou Toledo, siga também para lá Tanganho Perdigão Fogaça, conhecido por Dom Perdigote, a fim de cumprir o seu destino.
Mas nem tudo se apresenta de feição a este espadachim nascido no ano em que morre Camões; claro que, entre as muitas peripécias vividas, encontra o amor da sua vida e conhece o pintor El Greco, o escritor Quevedo e até o autor de «Dom Quixote de la Mancha»; porém, será envolvido na tentativa de assassinar um dramaturgo que integra a embaixada inglesa, enviada para ratificar a paz entre as duas nações. Quem o irá salvar?