Consultoria de capital humano

A gestão de recursos humanos sempre foi uma tarefa complexa, todavia os profissionais desta área viram a sua atividade agravar-se nos últimos dois anos.

Texto: SLOT Recursos Humanos

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Se por um lado a pandemia de Covid-19 agilizou novas formas de trabalho como o trabalho remoto e o híbrido, por outro lado exponenciou a valorização do tempo passado fora do emprego, o aumento da rotatividade de colaboradores e a desvinculação dos mesmos à cultura da empresa.   

Por sua vez, as empresas têm sido cada vez mais pressionadas para repensar os seus modelos de negócio e reduzir custos, num cenário caracterizado por condições adversas como a guerra na Europa, o aumento dos custos energéticos e das matérias-primas e a crescente inflação.

Há, portanto, uma clara dificuldade em reter talento e uma pressão imensa em diminuir despesas, na qual o serviço de consultoria vem, muitas vezes, em auxílio da empresa cliente, que está essencialmente focada em produzir a matéria (ou serviços) e em realizar as tarefas diárias, não tendo por isso tempo ou capacidade para analisar e identificar riscos e necessidades referentes ao seu capital humano. A consultoria possibilita uma visão imparcial da realidade da empresa, visão esta por vezes mais facilmente aceite por ser de uma entidade externa e especializada.

Este serviço também permite a diminuição de custos e o aumento da competitividade empresarial, considerando que os processos de recrutamento (e a respetiva formação do novo colaborador) e de despedimento são mais onerosos do que a avaliação e a requalificação de um colaborador atual da empresa, que já conhece o negócio, a equipa e a cultura da empresa.

Vânia Esteves, executive director da SLOT Recursos Humanos, assinala: «Não se pretende apontar falhas, mas antes identificar os pontos de melhoria, compreender motivações e analisar competências, propondo planos de carreira que exponenciem a prestação de cada profissional, permitindo o seu crescimento.»

A consultoria possibilita uma visão imparcial da realidade da empresa, visão esta por vezes mais facilmente aceite por ser de uma entidade externa e especializada.

Mas como funciona ao certo um projeto de consultoria? Através da realização de assessments e de entrevistas exploratórias é possível analisar características pessoais, procurar traços motivacionais ou medir desempenho dos colaboradores. É criada assim uma «fotografia» do capital humano da empresa, que irá ser orientadora em processos tanto no âmbito da seleção de futuros trabalhadores, como em processos de desenvolvimento dos atuais colaboradores como formação, coaching, desenvolvimento de planos de carreira ou até mesmo melhorar o processo de avaliação de desempenho.

Este tipo de serviços também é muito útil para aferir o clima da empresa ou para analisar chefias. Vejamos o exemplo de um cliente da SLOT, uma multinacional na área de soluções de IT (tecnologias de informação), na qual foram estudadas cerca de 30 chefias intermédias, procurando perceber-se quais os seus perfis e motivações e conhecer as características das suas equipas. Nesta análise foram identificados os principais pontos a melhorar de cada um dos participantes, o que permitiu criar formações à medida das suas necessidades e ainda delinear ações individuais para cada um dos participantes do projeto. Cerca de 95% destes compreendeu as suas lacunas e investiu na sua capacitação, melhorando os seus resultados líquidos e a relação com as equipas.

Para que o projeto seja bem-sucedido Beatriz Portas, human resources consultant da SLOT, refere: «É necessário envolver os colaboradores, através de entrevistas de feedback ou de meios institucionais, nos quais lhes sejam indicados os próximos passos e os mantenham atualizados, não defraudando assim as suas expectativas no projeto.»

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»»»» Vânia Esteves é executive director da SLOT e Beatriz Portas human resources consultant, também na SLOT.