Procura por profissionais de supply chain dispara em Portugal

De acordo com a Michael Page, empresa global com destaque em recrutamento especializado, a procura por profissionais no sector de Supply Chain Management (SCM) disparou em Portugal, nomeadamente de quadros médios e superiores. Neste segmento, são necessários pelo menos entre 5 mil a 10 mil profissionais para dar resposta às necessidades imediatas do mercado de trabalho de SCM. As zonas com maior procura de profissionais continuam a ser as metrópoles, como a Grande Lisboa e o Grande Porto, seguindo-se as cidades de Setúbal, Braga, Leiria e Guarda. Os perfis mais procurados pelas empresas, incluem diretor de compras e supply chain, logistics manager industrial, responsável de fluxos e distribuição, supply planner e gestor de tráfego.

Num sector que está a passar por uma profunda transformação, tendo em conta o crescimento do e-commerce e a industrialização dos centros logísticos, há funções em crescimento e transformação. Observa-se, assim, uma elevada procura de profissionais para desempenhar as funções de responsável de transportes, category manager, supply planning manager e supply chain specialist

O forte dinamismo do sector de SCM tem sido impulsionado por fatores como a pandemia, alterações de stocks e perturbações geopolíticas, que motivaram as empresas a reforçar os seus departamentos de Supply Chain com a contratação de colaboradores profissionalizados e especializados. Estes fatores têm contribuído para que a procura por profissionais de supply chain tenha aumentado significativamente nos últimos anos, sendo que os profissionais que têm entrado no sector não estão a colmatar as atuais necessidades das empresas.

Filipe Forte, senior manager de Logistics, Procurement & Supply Chain da Michael Page, sublinha: «As tendências do supply chain passam pelo acompanhamento do digital, do e-commerce, da profissionalização do sector (ainda um pouco tradicional), na adaptação ao last-mile, bem como pela preocupação na satisfação do cliente, que é cada vez mais exigente. Candidatos que acompanhem estas tendências estarão mais perto de ter sucesso neste sector».

Do ponto de vista do recrutamento, o sector de SCM apresenta novas oportunidades, apelando a candidatos mais qualificados, variação de perfis e competências transversais. Desta forma, as empresas estão cada vez mais focadas nas soft skills e procuram, sobretudo, candidatos que conjuguem a vertente pessoal (dinamismo, proatividade, humildade, empatia e assertividade) com boas capacidades analíticas e de gestão. 

Num sector que está a passar por uma profunda transformação digital, ritmo de inovação e obsolescência de determinadas competências, o futuro das funções será necessariamente diferente. A tendência será a procura de funções mais analíticas, com forte enfoque em processos e melhoria contínua, assim como funções com forte componente de gestão de equipas e gestão operacional, prevendo-se que outras funções tendam a desaparecer a médio prazo, nomeadamente mais administrativas/ de suporte e com pouca vertente analítica ou operacional.

«A adaptação do sector, tornando-se mais ágil, resiliente e focado na economia circular, é uma alavanca para um mundo mais sustentável e crucial para todas as empresas. Em Portugal, tem existido uma excelente capacidade de reação e de adaptação ao mercado, as empresas têm conseguido ajustar-se, na sua maioria, às novas tendências, aconselhando-se connosco e reajustando tanto os perfis como as suas necessidades», acrescenta Filipe Forte.

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