A propósito do Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 8 de março, a Michael Page, empresa global com destaque em recrutamento especializado, reforça a importância da liderança das mulheres e a necessidade de construção de um local de trabalho livre de preconceitos de género, estereótipos e discriminação. Apesar de as empresas se mostrarem a favor de uma maior diversidade e inclusão, na prática os cargos de liderança ainda são fortemente dominados pelos homens e a evolução das carreiras das mulheres é mais lenta, sendo prejudicada por preconceitos, assinala a Michael Page.
A falta de representação das mulheres em funções de topo é significativa em determinados sectores, como bancário, financeiro e engenharia. Apenas 6% dos chief executive officers (CEO) nos serviços financeiros são mulheres e apenas 9% das funções de presidência são ocupadas por mulheres (de acordo com um estudo recente da empresa de consultoria de gestão Oliver Wyman), estando ainda subrepresentadas em funções na vida pública.
Este ano, o tema do Dia Internacional da Mulher, «Break the Bias», coloca em destaque as assimetrias e o preconceito no local de trabalho baseado em género. Conforme divulgado num relatório recente das Organizações das Nações Unidas (ONU), que analisou 75 países, quase 90% dos homens e mulheres têm algum tipo de preconceito contra as mulheres, concluindo ainda que não há igualdade de género em nenhum país do mundo.
«Embora as organizações estejam mais conscientes sobre a necessidade de redução do gap entre géneros, a realidade é que as mulheres ainda estão sub-representadas nas posições de poder. A mudança deverá refletir-se nas oportunidades de emprego que deverão ser apresentadas às mulheres de forma equitativa, na forma de contratação, no reconhecimento do talento e na evolução das carreiras», refere Silvia Nunes, diretora da Michael Page.
Atualmente, muitas mulheres sofrem ainda de algum tipo de discriminação ao longo das suas carreiras. Como o preconceito baseado em género afeta todos – não apenas as mulheres –, a Michael Page defende a responsabilidade de agir e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo, livre de preconceitos e estereótipos, onde todos possam prosperar.
Entre os fatores que contribuem para explicar a desigualdade de género, destacam-se a referência à falta de candidatos. No contexto do recrutamento, um argumento comum utlizado pelas empresas na atração de talento para cargos de liderança superior é de que não conseguem encontrar a mulher certa para uma função específica. Neste sentido, é importante definir abordagens que possam ser utilizadas pelas empresas nos processos de recrutamento que impulsionem a igualdade de género e reavaliar os programas de aprendizagem e desenvolvimento das organizações.
Assim, a Michael Page destaca um conjunto de procedimentos que contribuem para que mais mulheres possam ter uma voz na sua organização. A criação de modelos a seguir por outras possíveis mulheres, programas de mentoring, a definição de um campo de ação equitativo, o suporte dos colegas no reconhecimento das funções de liderança desempenhadas por mulheres, o incentivo ao diálogo interno de forma aberta, a mudança do diálogo sobre a flexibilidade e a obtenção de novos talentos e diversificação das equipas, são fatores importantes para ajudar a melhorar o equilíbrio de género, particularmente ao nível sénior.
«A desigualdade de género ainda é um problema, embora tenha sido comprovado que uma força de trabalho diversificada e inclusiva é uma grande vantagem para as organizações. Uma maior diversidade de género pode impulsionar a produtividade das empresas e a dimensão das economias em alguns países até 35%. Mais mulheres na chefia de topo é, por conseguinte, uma decisão sensata do ponto de vista financeiro», refere Silvia Nunes.
O Dia Internacional da Mulher é assinalado pela Michael Page com uma campanha de sensibilização sobre a construção de um local de trabalho sem preconceitos de género, e participação em debates. A empresa vai promover ainda um webinar sobre o tema «Mulheres na Engenharia».