Ser ou não ser, eis a questão!

 

«Lançaram-me o desafio de ser o novo líder da minha equipa. Não sei se sou capaz… Há pessoas que estão cá há mais tempo do que eu e são mais velhas. Acho que não vou aceitar…»

Texto: Patrícia Barardo

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Em sessões de coaching individuais, deparamo-nos com estes receios. Colaboradores que, apesar de terem menos anos de idade e de experiência, são desafiados pelas empresas a assumirem cargos de liderança. Cargos esses para serem desempenhados nas suas próprias equipas. Ou seja, serem líderes dos seus pares.

Naturalmente que esta questão traz alguns receios e alguma ansiedade. Se por um lado há o desafio de assumir um cargo de liderança, com toda a sua autonomia e responsabilidade, por outro levantam-se questões de como gerir relações com pessoas que até então foram colegas de secretária e que passarão a fazer parte da equipa que irá liderar.

Deixo alguns aspetos importantes que o novo líder deve estar atento para aceitar este desafio:

Missão: clarificar internamente qual é de facto a sua nova missão, quais os objetivos, as responsabilidades e os limites no processo de tomada de decisão.

Informação: garantir a forma como a nova função vai ser comunicada à equipa – importante que seja o mais rapidamente possível (que os colegas não saibam por outras vias) e que a mensagem seja clara, objetiva e positiva.

Expectativas: explicar à equipa qual o seu novo papel, quais as expectativas e de que forma pretende abordar esta nova missão.

Benefícios: levar a equipa a identificar o que eles vão ganhar pelo facto de terem uma nova liderança.

Personalização: falar com cada elemento da equipa individualmente para «sentir» as suas reais preocupações, conversarem sobre este processo de mudança e assegurar que mecanismos ambos podem implementar para continuar a promover a relação que já tinham anteriormente.

Disponibilidade: criar espaços na agenda regulares para estar com a equipa de forma informal.

Feedback: garantir momentos de feedback constantes, de reforço e de melhoria, de modo a que o feedback seja algo que faça parte do ADN enquanto equipa.

Cada vez mais as empresas apostam nas competências do colaborador (independentemente da idade) e não nos «anos de casa». Mais do que a componente técnica, é valorizada a componente humana.

Na GO Coaching, trabalhamos com estes novos líderes as competências, as atitudes e as formas de comunicar necessárias para que este desafio seja de sucesso e que impacte positivamente na vida de todos os elementos das equipas.

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»»»» Patrícia Barardo é partner e coach da GO Coaching.

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Nota: imagem GO Coaching.