Quanta Terra
O Douro em espelho num pack especial de Natal

Lado a lado pela primeira vez, o Quanta Terra Gold Edition 2012 e o Quanta Terra Manifesto 2016 são uma espécie de fantasia tornada real para qualquer apreciador de vinho. O pack já se encontra disponível, em quantidades muito limitadas.

Texto: Redação Human

 

Os dois «pesos pesados» do produtor Quanta Terra, projeto com assinatura dos enólogos (e amigos) Celso Pereira e Jorge Alves, vão juntar-se num pack especial criado para celebrar a época festiva que se aproxima. Este inédito conjunto promete estadia curta nas principais garrafeiras nacionais, já que conta com apenas 600 exemplares e um preço de venda ao público recomendado de 112,98 euros.

Seja para desfrutar em casa ou para oferecer a alguém especial, o desafio é servir ambos os vinhos à mesa. O objetivo é promover uma experiência que comprove a emergente dualidade da região do Douro na produção de grandes vinhos: por um lado, o perfil clássico dos seus tintos, por outro, a ousadia dos seus brancos.

A ombrear estarão o Quanta Terra Manifesto 2016, a segunda edição do vinho que pretende recordar, simbolicamente, a tradição de «manifestar» as uvas à antiga Casa do Douro, e o Quanta Terra Gold Edition 2012, um branco «contra a corrente», como gosta de lhe chamar Celso Pereira. Em comum partilham o terroir: o planalto de Alijó, no Douro Superior, em vinhas com cerca de 650 metros de altitude em solos de transição entre xisto e granito.

O Quanta Terra Manifesto 2016 é feito a partir das castas Touriga Nacional (65%) e Touriga Franca (35%). Em destaque está um estágio de 14 meses a que é submetido o que lhe confere um perfil muito estruturado, complexo e aromático. Revela todo o seu potencial à mesa, sobretudo quando acompanhado por pratos como cabrito assado no forno, rabo de boi estufado ou bife com molho de pimenta. No ano em que se estreou, com a colheita de 2015, este vinho recebeu 94 pontos do provador Mark Squires (Robert Parker).

Já o Quanta Terra Gold Edition 2012 é produzido à base das castas Gouveio (50%) e Dorinto, Donzelinho e Boal (50%), é apenas a segunda edição de um vinho que nasceu de um (feliz) acaso. Desde 2011 que os dois enólogos resistem à pressão do mercado e reservam as suas melhores barricas (cerca de mil litros do vinho destinado à produção dos brancos) para testar a sua evolução no tempo. Esta, que é apenas a segunda partilha com o mercado (depois da colheita de 2011), já mereceu 92 pontos da Wine Spectator, uma das mais importantes publicações do sector.

O segredo está mesmo no estágio de seis anos, em barricas usadas de carvalho francês, com capacidade para 228 litros, que potenciou um vinho marcado pela complexidade de aromas, mineralidade e frescura intensa. Desenhado para resistir ao tempo, pode ser desde já consumido, recomendando-se a companhia de pratos de aves de capoeira ou queijos curados e de pasta mole.

O pack de Natal Quanta Terra já se encontra disponível nas principais garrafeiras do país e pode também ser encontrado on-line aqui.

 

Quanta Terra

Os enólogos Jorge Alves e Celso Pereira, residentes na Região Demarcada do Douro, lançaram-se em parceria pelas encostas do Cima Corgo em demanda de solos e vinhas de eleição. Durante dois anos estudaram castas e porta-enxertos, altitudes e exposições ao sol. Quando se ficaram por duas propriedades com os parâmetros ótimos, fizeram microvinificações e decidiram-se por uma – a Quinta do Tralhão, no Douro Superior.

À cota média de 215 metros, exposição sudoeste e uma área de aproximadamente 30 hectares, a quinta tinha 12 hectares de vinha com 20 anos, porém em estado generalizado de abandono. Estava o milénio no fim quando os dois firmaram a sociedade Quanta Terra Lda. O acordo foi o começo de uma época memorável.

A Quinta do Tralhão assistiu assim à maior reestruturação de sempre – terreno sistematizado em patamares de dois bardos, enxertos R110 de castas selecionadas a partir de clones de vinhas velhas (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Sousão).

O vinho com o nome Quanta Terra foi lançado, tendo imediatamente obtido um consenso superlativo por parte da crítica. O mercado reconhecia e acrescentava mais uma referência no prestigiado universo dos vinhos portugueses, e o Quanta Terra respondia briosamente com um crescimento gradual da sua qualidade nas colheitas que se seguiram. Este vinho do Douro obteve recentemente o reconhecimento exigente da crítica norte-americana, com a classificação de 95 pontos (em 100).