Quarta geração do SEAT Leon
Como o novo modelo foi camuflado

O novo compacto da  SEAT inspira uma camuflagem baseada na técnica de mosaicos trencadis, antes da sua apresentação mundial.  Foram usados 20 metros quadrados de vinil fundido especial para ocultar os segredos do design da quarta geração do SEAT Leon. O novo modelo vai ser apresentado pela primeira vez sem a sua camuflagem.

Texto: Redação Human

 

O desenvolvimento de um novo modelo de automóvel na SEAT é um processo que envolve anos de dedicação dos designers e dos engenheiros. Trata-se de um trabalho que deve ser absolutamente confidencial até ao dia da sua apresentação. Apenas a umas horas da sua apresentação mundial, o novo SEAT Leon é exibido com uma camuflagem inspirada no modernismo e na cidade de Barcelona.

 

Do Cubismo ao Modernismo

A origem da técnica de camuflagem vem de uma tática militar usada em navios durante a Primeira Guerra Mundial, a Camuflagem Dazzle. Esta técnica consistia em pintar com padrões geométricos a preto e branco para desfocar as suas formas e confundir o inimigo. «Conta a História, que os artistas que criaram estes padrões de camuflagem se inspiraram nas pinturas cubistas. É o mesmo princípio usado para camuflar os veículos», explica Edgar Aneas, especialista em camuflagem de automóveis.

 

Uma escultura sobre rodas

Neste caso, a inspiração vem da técnica de mosaicos trencadis, que inspirou os designers Color&Trim da SEAT. Jordi Font, responsável do desenvolvimento Color&Trim da SEAT, assinala: «O novo SEAT Leon tem uma grande personalidade e é muito difícil de camuflar, porque é uma escultura sobre rodas que exprime  a natureza emocional da SEAT. O Leon nasceu aqui e devido ao relacionamento especial que temos com Barcelona, procuramos sempre inspiração na cidade.»

 

Do preto e branco às cores

O desafio de quebrar com os projectos estabelecidos levou os designers de Color&Trim a realizar vários testes preliminares. O design usado até agora foi sempre a preto e branco. Cada marca tem a sua e algumas até as patenteiam. Jordi Font prossegue: «Esta é a primeira vez que não usamos camuflagem convencional. Foi um desafio, porque o objetivo principal é distorcer as formas do veículo. Trabalhámos em várias versões para desfocar as linhas, mas queríamos enviar uma mensagem clara – somos de Barcelona, somos Mediterrâneos e somos coloridos. Queremos dar sentido à nossa escultura.»

 

Design com tratamento térmico a 45°

A camuflagem não tem só uma função estética, mas também deve suportar as condições climáticas e de condução extremas. O material utilizado é um vinil fundido especial que resiste a estas condições. Edgar Aneas refere: «Os veículos são camuflados para que possam ser testados em diferentes situações climatéricas, temperaturas abaixo de zero, longa exposição à chuva e ao calor no deserto. Este vinil é produzido com um material muito resistente, com características especiais que evitam que se descole ou se deteriore.»

Foram usados para este modelo  20 metros quadrados de vinil. Nas janelas e nos faróis, o vinil é microperfurado para permitir que a luz passe e se veja para o exterior, mas não o contrário. O vinil camuflado é aplicado com temperaturas de 45°graus para que se ajuste perfeitamente ao formato do carro.

 

Quebrar com os moldes tradicionais

Para camuflar um novo modelo, é necessário fazer um estudo preliminar dos elementos mais representativos do veículo e de todas as suas principais alterações. É necessário romper com as linhas e as cores. As áreas mais complicadas para cobrir com vinil são os espelhos retrovisores, as zonas com curvas e os spoilers. E o que é mais importante camuflar? «Os faróis, a forma das luzes traseiras… São as características esculturais do veículo,  o nosso ADN», afirma Jordi Font.

O novo SEAT Leon é revelado hoje, sem camuflagem.