Portugal no lugar 23 do ranking mundial de talento do IMD

A Suíça reteve o título de maior centro de talento do mundo, de acordo com o ranking mundial de talento do IMD 2019, enquanto a Europa lidera na criação de melhores condições para a competitividade numa economia global escassa em trabalho qualificado.

A sexta edição do «IMD World Talent Ranking», que avalia o desempenho dos países nas categorias «investimento e desenvolvimento», «atratividade» e «preparação», posicionou a Dinamarca em segundo lugar e a Suécia em terceiro, após uma subida de cinco lugares. O top 10 é completado por Áustria, Luxemburgo, Noruega, Islândia, Finlândia, Holanda e Singapura.

Portugal surge no lugar 23, caindo seis lugares em relação a 2018. Face ao ano anterior (em que subiu do lugar 24 para o 17 do ranking), o país obteve uma menor pontuação nas três categorias avaliadas, ocupando a posição 13 em investimento e desenvolvimento, a 27 em preparação e a 32 em atratividade.

As áreas em que Portugal registou menor performance foram a formação profissional de trabalhadores (lugar 58 do ranking), a experiência internacional dos quadros superiores (54), o crescimento da força laboral (50), a justiça (50), a prioridade dada à atração e retenção de talento nas empresas (48), a motivação dos trabalhadores (47), a preparação das chefias (45) e a implementação de estágios (41).

Nos pontos positivos, destacam-se a percentagem de mulheres na força laboral (lugar 4 do ranking), a despesa do governo por estudante do ensino secundário (5), as competências linguísticas (7), a menor exposição à poluição de partículas (9), o rácio professor-estudante no ensino secundário (11), o número de licenciados em ciências (11) e a disponibilidade de trabalhadores qualificados (13).

O topo do ranking é dominado por países europeus de pequena e média dimensão. Estas economias têm em comum fortes níveis de investimento na educação e uma elevada qualidade de vida. Com exceção da Estónia e da Lituânia, as economias do leste da Europa figuram na segunda metade do ranking. Fora do top 10 as maiores subidas foram de Taiwan (20), Lituânia (28), Filipinas (49) e Colômbia (54).

De acordo com o ranking, a Suíça lidera a nível mundial no fator atratividade e em áreas como estágios, infraestruturas de saúde, remuneração, captação de trabalhadores estrangeiros altamente qualificados, universidades e programas de gestão.

A Dinamarca é a melhor economia mundial para investimento e desenvolvimento, enquanto Singapura – o único país não-europeu no top 10 – tem a pontuação máxima no que toca ao nível de preparação da força laboral.

Na Ásia, Singapura, Hong Kong e Taiwan lideram em termos de competitividade da força laboral devido ao nível de preparação dos seus trabalhadores. Singapura saltou da posição 13 para a 10 em comparação com o ano passado, enquanto a China se posiciona na segunda metade do índice.

Na região do Pacífico, Austrália (16) e Nova Zelândia (17) confirmam a sua posição enquanto centros de atração de talento. Ambos os países mostram altos níveis de preparação da força laboral e oferecem uma qualidade de vida atrativa para profissionais internacionais.

Os Estados Unidos (12) mantêm a sua posição, enquanto o Canadá (13) cai sete lugares devido a uma diminuição de investimento público na educação e a um declínio geral em todos os domínios de talento analisados.

No Médio Oriente, Israel mantem-se na posição 19, seguido do Qatar (26) e da Arábia Saudita (29).

Na cauda do ranking estão várias economias latino-americanas que têm dificuldade em desenvolver e reter talento. Venezuela (62), México (60), Colômbia (54) e Brasil (61) sofrem de problemas relacionados com a fuga de cérebros e níveis de investimento na educação relativamente baixos.

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O ranking

O ranking mundial de talento do IMD avalia a capacidade de 63 economias em desenvolver, atrair e reter talento. A avaliação é feita com base em três fatores: investimento e desenvolvimento, atratividade e preparação. Estes fatores incluem indicadores que capturam os recursos investidos no desenvolvimento da força laboral local, a capacidade de uma economia atrair e reter talento, e a qualidade das competências dos trabalhadores.

O ranking é elaborado com base em dados objetivos e no «IMD Executive Opinion Survey», inquérito anual que reúne respostas de mais de 6.000 executivos de todo o mundo.

O Centro Mundial de Competitividade do IMD (WCC) é um centro de pesquisa situado na Suíça. Conta com 30 anos de experiência em investigação sobre a competitividade dos países.

 

O Institute for Management Development (IMD)

O IMD é uma das principais escolas de negócios do mundo, reconhecida pela sua orientação para a formação de líderes mundiais. Através das suas equipas, transforma organizações e contribui positivamente para a sociedade. O IMD Business School é uma instituição académica independente, com sede na Suíça, mas com um alcance global, orientada por e para líderes executivos. A escola é liderada por um corpo docente especializado e diversificado, e a abordagem na aprendizagem procura criar um impacto real através de uma combinação única de serviços de ensino, pesquisa, treino e consultoria.